Friday, December 13, 2019

A REVELAÇÃO DO ANTI CRISTO, A TECNOLOGIA DA INFORMÁTICA E AS CRIPTO MOEDAS - XXI

666 - O GRANDE GOLPE - 2a Edição - Revisada e Ampliada

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ACONTECIMENTOS E FATOS HISTÓRICOS QUE COMPROVAM A VERACIDADE DA BÍBLIA SOBRE O FIM DOS TEMPOS
Para melhor explanar esta parte, com a qual eu pretendo finalizar este livro, vou abordar basicamente as profecias e relatos históricos que fazem parte daquilo que encontramos no livro do profeta Daniel. Desde a interpretação dos sonhos do rei Nabucodonosor até as visões que são narradas depois do capítulo seis do mesmo. Para tal vou dividir esse importante assunto em algumas partes, procurando juntar relato e cronologia, para que o leitor possa entender que aquilo que hoje podemos afirmar em termos de profecias sobre o fim dos tempos se baseia não somente em palavras ou possíveis visões, mas sim em fatos históricos incontestáveis. 
PARTE – I 
OS QUATRO ÚLTIMOS GOVERNOS MUNDIAIS
{ O SONHO DE NABUCONOSOR E AS VISÕES DE DANIEL} (Daniel 2.31-45; 7.1-27; 8.1-27)
Antes do reino de Babilônia o mundo já havia conhecido dois grandes impérios, o egípcio e o assírio, mas nenhum deles com a força, o alcance, o domínio e o poder desses que se conhecem como os quatro grandes impérios ou governos mundiais.
A formação do Segundo Império Babilônico ocorreu no ano de 612 a.C.. Após os caldeus terem derrotados os assírios, a Babilônia passou a ser dominada pelos caldeus. Com a morte do rei assírio Assurbanípal (690–627a.C.), o governante da Babilônia, Nabopolasar (625–605 a.C.), reafirmou alianças com os povos medos e persas e concretizou a derrota assíria.
As primeiras cidades que os caldeus tomaram após a derrota dos assírios foram Assur e Nínive (cidade que tinha a maior biblioteca da Antiguidade). Com a destruição de Nínive, surgiu o intitulado Segundo Império Babilônico pois foi o segundo império, após a queda do Império Paleobabilônico que teve como capital, a cidade de Babilônia. Este foi de 604 a 561 a.C.
O sucessor do rei Nabopolasar, seu filho Nabucodonosor, tentou restaurar a época de Hamurábi. Reconstruiu a cidade da Babilônia, construiu templos para vários deuses, especialmente o de Marduque, e cercou a cidade com uma enorme muralha.
Embora o Segundo Império Babilônico tenha perdurado por menos de um século, o filho de Nabopolasar, Nabucodonosor (r. 605–563 a.C.), transformou a Babilônia num centro cultural e arquitetônico. As conquistas realizadas pela expansão territorial babilônica fizeram com que Nabucodonosor adquirisse imensas riquezas, o que o possibilitou a realização de grandiosas obras arquitetônicas como o zigurate e os Jardins Suspensos da Babilônia.
Segundo o que a Bíblia e a história nos informam, Nabucodonosor para aumentar o seu poderio empreendeu várias guerras de conquista que incluíram o Egito e Israel, além dos outros reinos menores a sua volta.
O sistema de governo empregado por Nabucodonosor era o de nomear um rei para a nação conquistada e aplicar pesados tributos anuais, que deveriam ser pagos tanto em ouro, prata, bronze e ferro, assim como por meio de outros artigos como sal, trigo, frutas, especiarias, tecidos, peles, etc. Além de levar como cativos muitos jovens de classes nobres e casais para serem educados de acordo com a cultura dos caldeus. Tudo isso aumentava o poder material de Babilônia e tornava muito difícil que esses povos conquistados conseguirem sozinhos se libertar do domínio.
No terceiro ano de Jeoaquim como rei de Judá, em 605 antes de Cristo, o rei Nabucodonosor, atacou Jerusalém, e os seus soldados cercaram a cidade. Nabucodonosor conquistou a cidade e pilhou objetos de valor que estavam no Templo de Jerusalém. Como parte do seu projeto de conquista o rei Nabucodonosor chamou Aspenaz, o mordomo chefe dos serviços do palácio, e mandou que escolhesse entre os prisioneiros israelitas alguns jovens da família do rei e também das famílias nobres.
Todos eles deviam ter boa aparência e não ter nenhum defeito físico; deviam ser inteligentes, instruídos e ser capazes de servir no palácio. E precisariam aprender a língua e estudar os escritos dos babilônios. Entre os que foram escolhidos estavam Daniel, Hananias, Misael e Azarias, todos da tribo de Judá. Aspenaz lhes deu outros nomes babilônicos, isto é, Beltessazar, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, respectivamente. 
O cativeiro de Israel, embora em decorrência da desobediência do povo aos preceitos do Deus Eterno, se tornou parte de um grande plano divino que em tempos futuros iria influenciar no destino de toda a humanidade. Isso começa de maneira quase trágica, quando após ter sonhado, devido a complexidade do sonho e provavelmente por não conseguir lembrar com clareza dos detalhes do mesmo, ter decidido por em prova a capacidade dos seus sábios, conselheiros, astrólogos e videntes, e por não ter o seu desejo atendido por eles, o rei Nabucodonosor determina que todos eles deveriam ser mortos; por estarem incluídos entre os sábios de Babilônia, Daniel e seus companheiros foram detidos por Arioque o chefe da guarda real, pois todos deveriam ser executados. Aqui vemos o fator Deus na vida de um homem fiel. Apesar de ser um escravo hebreu Daniel (Beltessazar), falou com o rei e conseguiu o prazo de uma noite para trazer ao rei o sonho e sua interpretação. A Bíblia relata em Daniel 2.19, que Deus revelou para Daniel numa visão todo o teor do sonho do rei, assim como o seu significado. Assim a Bíblia nos relata esse episódio: 

Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua; esta estátua, que era imensa, cujo esplendor era excelente, e estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível.
A cabeça daquela estátua era de ouro fino; o seu peito e os seus braços de prata; o seu ventre e as suas coxas de cobre;
As pernas de ferro; os seus pés em parte de ferro e em parte de barro.
Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou.
Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como pragana das eiras do estio, e o vento os levou, e não se achou lugar algum para eles; mas a pedra, que feriu a estátua, se tornou grande monte, e encheu toda a terra. (Daniel 2:31-35)
Tu, ó rei, és rei de reis; a quem o Deus do céu tem dado o reino, o poder, a força, e a glória.
E onde quer que habitem os filhos de homens, na tua mão entregou os animais do campo, e as aves do céu, e fez que reinasse sobre todos eles; tu és a cabeça de ouro.
E depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu; e um terceiro reino, de bronze, o qual dominará sobre toda a terra.
E o quarto reino será forte como ferro; pois, como o ferro, esmiúça e quebra tudo; como o ferro que quebra todas as coisas, assim ele esmiuçará e fará em pedaços.
E, quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro, e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois viste o ferro misturado com barro de lodo.
E como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte, e por outra será frágil.
Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro.
Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre,
Da maneira que viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro; o grande Deus fez saber ao rei o que há de ser depois disto. Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação. (Daniel 2.37-45)
Usando como figura uma estátua, pois os reis pagãos se apegavam muito a esses símbolos, de uma só vez e para mostrar que apesar de permitir que os homens reinem sobre a terra, e até mesmo dominem o Seu povo, Deus revelou para Nabucodonosor não somente o que ele era, e que o reino dele teria curta duração, mas também que outros reinos ou impérios surgiriam, os quais embora em escala menor de riqueza mas maior em poderio e domínio, seriam subjugados em tempo próprio, até o último deles. Ou seja, o quarto grande governo, que num dado momento da história seria atingido por uma pedra, tirada de um monte, a qual acertaria os pés da estátua e enquanto esta seria pulverizada, a pedra se tornou um monte que encheu toda a terra.
Depois de ouvir de Daniel a narrativa completa do seu sonho e a interpretação do mesmo feita de maneira muito sábia e prudente pelo jovem profeta, o rei Nabucodonosor, cai aos pés de Daniel e o adorou como se ele fosse um Deus. o nomeou como governador geral da cidade de Babilônia, colocando-o como uma espécie de líder de todos os sábios do seu reino.
No capítulo sete, naquele que foi o primeiro ano de Belsazar, que na verdade não era rei mas apenas uma espécie de regente do reino, em decorrência do fato de seu pai Nabonido estar em campanha militar da qual não voltou com vida. Daniel teve uma visão de quatro animais muito estranhos que se se levantaram do meio do mar (das nações). Assim a Bíblia apresenta esta visão:
No primeiro ano de Belsazar, rei de babilônia, teve Daniel um sonho e visões da sua cabeça quando estava na sua cama; escreveu logo o sonho, e relatou a suma das coisas.
Falou Daniel, e disse: Eu estava olhando na minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o mar grande.
E quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar.
O primeiro era como leão, e tinha asas de águia; enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas as asas, e foi levantado da terra, e posto em pé como um homem, e foi-lhe dado um coração de homem.
Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne.
Depois disto, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha quatro asas de ave nas suas costas; tinha também este animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio.
Depois disto eu continuei olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres.
Estando eu a considerar os chifres, eis que, entre eles subiu outro chifre pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas. (Daniel 7.1-8)
Na continuação do capítulo, depois de ficar muito abalado com a força do que vira, Daniel, que certamente não se encontrava na terra mas sim num plano superior, diz que se achegou para perto de alguém que ele não menciona quem é, mas que no capítulo 9.21 revela ser o anjo Gabriel, e lhe perguntou o que significava tudo aquilo. Do anjo ele ouve que aqueles animais correspondiam aos mesmos quatro reinos da estátua do capítulo dois (7.17), e demonstrou uma preocupação especial com a figura do quarto animal, pois o mesmo não se parecia com nada que ele já tivesse visto. É muito interessante que a própria Bíblia relata que não foi um anjo qualquer, mas sim um ser para quem ele chamou de “ancião de dias” o qual podemos identificar como o próprio Deus Eterno. E este lhe diz que aquele animal seria o quarto reino sobre a face da terra, mas que no fim dos tempos esse reino seria derrotado e um reino eterno se estabeleceria. (Daniel 7.22-27)
Dois anos depois desse acontecimento, no terceiro ano de Belsazar, a revelação acerca dos dois próximos reinos se amplia e Daniel viu o império Medo-Persa como um carneiro com dois chifres, sendo que um deles cresce mais do que o outro, indicando não somente a presença de dois povos, medos e persas, mas também que um deles, os persas iriam ser mais fortes e dominariam o império. 
Em seguida, Daniel viu um bode peludo com apenas um chifre que aponta para Alexandre, o Grande, mostrando também que depois de um tempo aquele chifre seria quebrado e dele surgiriam quatro chifres menores. A história mostra que apenas três anos depois de conquistar todo o mundo conhecido, Alexandre morreu e seu reino foi dividido entre quatro generais do seu exército. 
Nesse ponto apareceu uma figura nova, um chifre pequeno (Daniel 8.8-27). Esse chifre pequeno que cresce muito para o Sul (meio dia), para o Leste e para o Norte, aqui chamado de a terra formosa ou seja, Israel e mais precisamente Jerusalém. Esse chifre pequeno, que a história mostra ter sido um homem chamado Antíoco Epifânio, extremamente cruel, o qual se apoderou do poder utilizando-se de artifícios, nada mais é do que um tipo do Anticristo, pois o seu final se compara aquele que esse personagem escatológico deverá ter (Daniel 7.21; 8.11,25).
O QUARTO IMPÉRIO – ROMA: SUA FORÇA, PODERIO, ASCENSÃO E QUEDA.
No sonho de Nabucodonosor no capítulo dois de Daniel, o quarto império é representado pelas duas pernas de ferro apoiadas em dois pés mesclados por ferro e barro, onde a pedra (Cristo Jesus - o Senhor) vai bater e destruir por completo. Mas na visão do capítulo sete, versos 7 a 11 ele é representado por um animal de aspecto terrível com grandes dentes de ferro e dez chifres, que mordia e devorava tudo o que via e ainda pisoteava e esmagava aquilo que não conseguia comer, tal qual a história nos revela ter sido feito pelo império romano. 
No versículo oito Daniel vê que de repente do meio dos 10 chifres surge um chifre pequeno e ao aparecer este três outros são tirados, e nesse chifre, que na verdade é o próprio Anticristo, apareciam olhos e uma boca que falava de maneira grandiosa, própria dos grandes oradores, políticos, etc. Embora Daniel não tenha dito isso certamente devido ao impacto da visão, esse chifre tomava a aparência não de um reino apenas, mas sim de uma pessoa que apesar de, a princípio, parecer insignificante, de repente se torna hostil, forte, e violenta.
Mais do que em qualquer outra parte da visão podemos aqui identificar esse personagem escotológico e saber sem sombra de dúvidas que ele vai surgir daquilo que foi, representa ou restou do Império Romano. Vai surgir de maneira inesperada no meio dos remanescentes fortes do império, com aparência de pequenês e humildade mas rapidamente vai se sobressair. Aqui cabe uma colocação muito interessante pois aquilo que hoje representa o Império Romano nada mais é do que o poderio da Igreja Católica Apostólica Romana, cuja sede está na cidade de Roma na Itália, que foi a capital do grande Imperio Romano num lugar chamado VATICANO {A área do Vaticano é de 0,44 km². Tem uma área total de 44 hectares, 440.000m2 apenas; algo pequeno, aparentemente fraco, com aparência de humildade e simplicidade, mas cheio de toda a malícia e engano.Ele está situado no meio da capital italiana, Roma. Por isso, não possui área costeira. A defesa do país é da responsabilidade da Itália, enquanto que a segurança do Papa fica a cargo da Guarda Suíça. Tem uma área total de 44 hectares (0,44 km²), 440.000m2 apenas; algo pequeno, aparentemente fraco, com aparência de humildade e simplicidade, mas cheio de toda a malícia e engano. Fora da Cidade do Vaticano, o Estado possui vários edifícios em Roma e Castel Gandolfo (a residência de Verão do Papa) que gozam de direitos extraterritoriais. A cidade império do Vaticano, partilha todas as suas fronteiras com o território italiano. } (fonte: wikipedia.org)
O Império Romano se dividiu em dois no ano 286 da era cristã e desapareceu 190 anos depois, permanecendo no entanto o Império Romano do Oriente com sede em Constantinopla, atual Istambul na Turquia.
Quando o Império Romano do Ocidente desapareceu, em seu lugar 10 tribos bárbaras que existiam acabaram por formar as maiores potências econômicas, culturais, financeiras, políticas e religiosas da era moderna e pós moderna; países que se conhece hoje como sendo a união europeia. 
Como parte da profecia vemos que três chifres desaparecem, histórica e geograficamente podemos identificar esses três chifres com os Vândalos, Ostrogodos e Herulos que desapareceram completamente da face da terra.
Vejamos aqui com um pouco mais de detalhes aquilo que Daniel viu e aquilo que hoje vemos, assim como o que a profecia, a história antiga e o momento atual nos indicam que vai acontecer.
 "Depois disto, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível, espantoso e sobremodo forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez chifres." (Daniel 7.7)
O quarto animal era tão diferente dos demais que o profeta não pôde encontrar nada na natureza para descrevê-lo. O Império Romano conquistou o que restava do Império Grego dividido em 4 partes. Note que os dentes de ferro do animal monstruoso equivalem às pernas de ferro da imagem descrita em Daniel 2. Os pés da imagem relatada emDaniel 2 possuíam dez dedos, o quarto animal tinha dez chifres. Os dez dedos da imagem podem portanto corresponder às dez divisões do Império Romano, assim como os dez chifres do quarto animal também representam as nações européias que emergiram do Império Romano. As dez divisões do Império Romano são identificadas na história como: Germanos, Ostrogodos, Visigodos, Francos, Vândalos, Suevos, Burgúndios, Hérulos, Anglo-saxões e Lombardos. 
A fase final da visão do capítulo 2 é a queda da pedra que destruiu a imagem, estabelecendo o reino de Cristo. No capítulo 7, acontece algo novo. O profeta fala sobre o mesmo tema do capítulo 2, mas acrescenta novos detalhes à visão. No capítulo 7, há uma ênfase aos acontecimentos que ocorrerão antes da volta de Cristo. 
Daniel 7.8: "Estando eu a observar os chifres, eis que entre eles subiu outro pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava com insolência."
Nos últimos dias da história, surgiria o poder do chifre pequeno. Interessante é obeservarmos que OLHOS E BOCA embora possam apontar para a figura da pessoa que vai dirigir esse reino, também nos levam a inferir que esse império usando de alta tecnologia vai poder VER E FALAR quase que ao mesmo tempo com todo o mundo conhecido. Isso aponta naturalmente para algo ainda mais avançado do que a tecnologia dos telefones celulares, fibra ótica, etc.
Se os dez chifres representam a divisão do Império Romano, o chifre pequeno representa um poder que se levantaria entre esses dez, diante do qual três deles seriam completamente destruídos. As nações exterminadas foram os Hérulos, os Vândalos e os Ostrogodos
Até este ponto, a História tem seguido fielmente a profecia, como um mapa preciso. Deus falou sobre Babilônia e Medo-Pérsia, mencionou nominalmente o rei Ciro, descreveu a Grécia, falou sobre Alexandre, o Grande, referiu-se aos quatro generais gregos que se tornariam reis de um pequeno pedaço do Império Grego cada um. Disse que o Império Grego também cairia e que Roma governaria o mundo. Revelou as dez divisões do Império Romano, o que realmente aconteceu no período de 351 a 476 d.C. Isso meus amados não é uma ilação, uma suposição mas sim história perfeitamente provada e documentada. Vejamos a continuação da visão do profeta.
Daniel 7.9: "Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião de Dias Se assentou; Sua veste era branca como a neve, e os cabelos da cabeça, como a pura lã; o Seu trono eram chamas de fogo, e suas rodas eram fogo ardente."
Temos aqui a descrição da cena de um julgamento. O Juiz do Universo é descrito como uma pessoa. A expressão "Ancião de Dias" significa que Ele existe desde a eternidade. Sua veste é branca como a neve, indicando Sua pureza e perfeição. Seu cabelo é como a lã pura, significando autoridade patriarcal e sabedoria. Seu trono é de fogo ardente. O fogo purifica, esteriliza e destrói toda corrupção. A pureza de Deus é absoluta. As rodas indicam mobilidade. Deus é onipresente. 
Daniel 7.10: "Um rio de fogo manava e saía de diante dEle; milhares de milhares O serviam, e miríades de miríades estavam diante dEle; assentou-se o tribunal, e se abriram os livros."
A julgar pelos símbolos e imagens fornecidos, o julgamento não ocorre na Terra, mas no Céu. E já está determinado o dia em que esse julgamento acontecerá e também QUEM VAI SER O JUIZ. (Atos 17.31)
Daniel 7.11: "Então, estive olhando, por causa da voz das insolentes palavras que o chifre proferia; estive olhando e vi que o animal foi morto, e o seu corpo desfeito e entregue para ser queimado.
Daniel 7.12: "Quanto aos outros animais foi-lhes tirado o domínio; todavia, foi-lhes dada prolongação de vida por um prazo e um tempo."
A atenção de Daniel volta-se do Céu para a Terra. Aqui ele chama a atenção para a destruição final do animal, o qual é atirado às chamas. O Juiz da Terra pronunciou o veredito final. 
Daniel 7.13: "Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do homem, e dirigiu-Se ao Ancião de Dias, e O fizeram chegar até Ele."
Daniel 7.14: "Foi-Lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas O servissem; o Seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o Seu reino jamais será destruído."
Está claro que essa passagem não se refere a um mero ser humano. Trata-se da pessoa de Jesus como nosso Sumo Sacerdote, intercedendo por nós diante do Ancião de Dias, no santuário celestial. Portanto, o Reino Eterno, que não passará e jamais será destruído, será entregue ao Senhor Jesus Cristo, o Rei dos reis e Senhor dos Senhores.
Naturalmente como homem Daniel ficou extremamente perturbado com a força das revelações que recebera. 
Daniel 7.15: "Quanto a mim, Daniel, o meu espírito foi alarmado dentro de mim, e as visões da minha cabeça me perturbaram."
Daniel 7.16: "Cheguei-me a um dos que estavam perto e lhe pedi a verdade acerca de tudo isto. Assim, ele me disse e me fez saber a interpretação das coisas:"
Daniel queria entender a visão e estava ansioso para saber o futuro do povo de Deus. Então o Senhor providenciou para que ele entendesse: 
Daniel 7.17: "Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis que se levantarão da terra."
Aqui está a confirmação de que os quatro animais representam quatro reinos, assim como os quatro metais também os representavam na estátua do sonho de Nabucodonosor. 
Daniel 7.18: "Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e o possuirão para todo o sempre, de eternidade em eternidade."
Esta parte da revelação soa como uma promessa para todos os que são fieis ao todo poderoso. Não importa o que Satanás planeja fazer e como vai fazer mas sim que no tempo certo o reino será nosso por toda a eternidade.
O QUARTO ANIMAL E TUDO AQUILO QUE ELE PODE SER
Daniel 7.19: "Então, tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros, muito terrível, cujos dentes eram de ferro, cujas unhas eram de bronze, que devorava, fazia em pedaços e pisava aos pés o que sobejava;"
Daniel não teve dificuldade para entender o significado dos três primeiros animais. Leão, urso e leopardo eram animais conhecidos para ele. Mas o quarto animal era algo que ele nunca tinha visto antes. 
Daniel 7.20: "e também a respeito dos dez chifres que tinha na cabeça e do outro que subiu, diante do qual caíram três, daquele chifre que tinha olhos e uma boca que falava com insolência e parecia mais robusto do que os seus companheiros."
Como um profeta de Deus e familiarizado com a linguagem própria do santuário, Daniel sabia que chifres falam de poder, domínio, autoridade e força, por isso ele se interessou em especial pela figura do chifre pequeno com olhos e uma boca insolente, o qual apesar de pequeno parecia ser mais forte do que os outros e tinha autoridade bastante para guerrear contra o povo santo e os servos de Deus e vencê-los.

Daniel 7.21: "Eu olhava e eis que este chifre fazia guerra contra os santos e prevalecia contra eles,"

Daniel 7.22: "até que veio o Ancião de Dias e fez justiça aos santos do Altíssimo; e veio o tempo em que os santos possuíram o reino."
Deus tem o domínio completo e absoluto de tudo. Ele vai permitir que Satanás tenha uma breve vitória, para que seu povo possa ver a diferença entre viver debaixo da autoridade de Deus e da escravidão do Diabo, mas depois, Ele mesmo, Deus, derrotará nosso inimigo definitivamente e nos dará a liberdade total e eterna.
Daniel 7.23: "Então, ele disse: O quarto animal será um quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços."
Daniel 7.24: "Os dez chifres correspondem a dez reis que se levantarão daquele mesmo reino; e, depois deles, se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis."
Daniel 7.25: "Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo.”
O que Deus mostrou e revelou para Daniel nesses quatro versículos do capítulo sete não tinha só a ver com acontecimentos futuros na vida de Israel como povo e nação, mas também revela tudo o que vai acontecer, não somente com o povo judeu, mas também com a Igreja e com toda a humanidade. PRESTE ATENÇÃO EU REPITO ISTO: Esta profecia é uma das poucas, senão a única, que além de ter dia certo para começar, tem tempos certos para acontecer e boa parte dela, na verdade mais de 90% do seu todo, já se cumpriu literalmente e a história está aí para comprovar isso.
Tudo naquele quarto animal era estranho e diferente para Daniel; sua aparência e os elementos extraordinários que faziam parte do seu aparato exterior: dez chifres, um chifre pequeno que surgia no lugar de três que desapareciam e principalmente o que aquele chifre pequeno fazia, pois certamente tomava uma forma humana para ter olhos, boca e reunir um exército que fazia guerra contra os “Santos do Altíssimo”, nisso estão incluídos não somente o povo de Israel, mas também todos os que seriam justificados e santificados pela palavra e pela presença de Deus. Veja que no versículo 25 está escrito que ele, aquilo que antes parecia ser um chifre pequeno, já certamente estabelecido como uma figura cheia de poder temporal vai atacar violentamente Israel e a Igreja, e vai de alguma forma conseguir fazer alterações no tempo e nas leis, tanto naturais como humanas, o que nos leva a crer que ele, nessa altura, terá domínio sobre toda a terra. Além disso vai fazer o que quiser com todo o povo de Deus por aproximadamente três anos e meio.
RACIOCINE COMIGO: Se praticamente tudo o que Daniel viu, revelou e profetizou já aconteceu, por que essa pequena parte, estes 10% da profecia que ainda faltam também não se cumprirão?
A PROFECIA DAS 70 SEMANAS – ISRAEL – A IGREJA E O ANTICRISTO
(Daniel 9.1-27)
De todas as revelações proféticas recebidas por Daniel esta certamente é uma das que mais impressiona, não somente pela clareza dos detalhes, mas também porque pela primeira vez Deus determina um evento facilmente hoje identificado e com datas precisas para começar e se desenvolver, pois há documentos antigos que provam isso.
Esta revelação foi dada ao profeta aproximadamente 4 anos depois da primeira constante do capítulo sete, quando Dario o primeiro dos reis medo persas. O segundo versículo do capítulo nove assim descreve o início dessa revelação: 
“ No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, entendi pelos livros que o número de anos, de que falou o Senhor ao profeta Jeremias, em que haviam de acabar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos.” (Daniel 9.2)
Aqui vemos que Daniel era um estudioso das profecias do seu tempo, visto que ele próprio foi contemporâneo de Jeremias e também de Ezequiel. Esses livros eram rolos e pergaminhos, assim como cartas que circulavam entre Jerusalém e Babilônia, pois mesmo tendo permitido que seu povo fosse vencido e escravizado Deus não os abandonara. Essa profecia dada por Jeremias encontra-se no capítulo 25.8-12; depois desse estudo e entendimento o profeta dedicou-se a orar acerca desse assunto, mas essa oração obedeceu quatro pontos ou fases, o que a tornara muito importante: 
“E eu dirigi o meu rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração, e rogos, e jejum, e pano de saco, e cinza” (Daniel 9.3)
Observemos como Daniel orou ao Senhor: não foi certamente a oração que ele de forma costumeira fazia três vezes por dia como todo judeu ortodoxo normalmente faz, mas houve uma mudança na forma de orar: rogos, jejum, pano de saco e cinza. 
Rogos: ele não se limitou a um mero pedido mas sim repetiu muitas vezes o pedido e com grande intensidade;
Jejum: Daniel fez acompanhar esse propósito com a abstinência de alimentos;
Pano de Saco: literalmente ele despiu suas vestes normais, que refletiam sua posição e autoridade, e se vestiu apenas com uma roupa feita de um saco que era cortado em três partes para deixar passar a cabeça e os braços;
Cinza: enquanto orava, rogava, jejuava e clamava ele ainda lançava cinza sobre a sua cabeça, isso era um sinal de extrema humilhação pessoal. 
Algumas vezes precisamos nos despir de nossa vaidade e hábitos pessoais para mais rapidamente atirgirmos o coração de Deus.
A oração de Daniel, não somente pela forma como ele se apresentou diante de Deus, mas também pelo seu conteúdo, é uma grande lição para todos nós. Nesses 16 versículos que registram aquilo que ele orou podemos observar que em nenhum momento Daniel se colocou numa posição, ainda que levemente, superior a ninguém, mas ele se incluiu com todos e aceitou a culpa de todos como se fosse dele próprio. Tão diferente do que vemos hoje quando as pessoas brincam de orar, se exibem, mudam a empostação de voz, escolhem palavras difíceis e outras coisas mais, como se isso fosse adiantar alguma coisa diante de Deus. Não me admira portanto que mesmo antes dele terminar de orar (Daniel 9.20,21), Deus mandou o anjo Gabriel não somente com uma resposta completa, mas também com explicações bem claras de como tudo isso iria suceder.
Vejamos como foi o recado de Deus trazido pelo anjo Gabriel para o profeta Daniel.
Ele me instruiu, e falou comigo, dizendo: Daniel, agora saí para fazer-te entender o sentido.
No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para to declarar, porque és mui amado; considera, pois, a palavra, e entende a visão.
Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo.
Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos.
E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações.
E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.
Daniel 9.21-27