Monday, November 6, 2023

QUAL SERÁ A HORA OU O MOMENTO CERTO PARA UM LIDER SE AFASTAR DA LIDERANÇA DE UMA IGREJA OU DE UM MINISTÉRIO?






QUANDO SERÁ A HORA CERTA DE UM OBREIRO SE AFASTAR DA LIDERANÇA DE UM MINISTÉRIO?


(autor desconhecido)


Nem sempre é fácil identificar o momento certo para deixar o pastorado. Todo obreiro responsável procura desenvolver o trabalho atento a qualquer evidência de que chegou o tempo de sair. Neste texto, temos um relato, uma experiência, um referencial. Desejamos contribuir para a reflexão.

Pastoreei uma mesma igreja durante 15 anos. Neste período houve várias ocasiões em que eu poderia ter dito adeus; em algumas, até desejei que isto acontecesse, mas não senti à vontade para tomar esta decisão. Em certa ocasião, pensei seriamente em sair e dizer adeus, mas não pude; senti que esta não era a vontade de Deus; então continuei realizando o ministério para o qual fui designado pelo Senhor.

Assumi o pastorado desta igreja com o compromisso, com Deus e comigo mesmo, de não permanecer no ministério por menos de dez anos, a despeito de qualquer problema que viesse a existir. Sempre achei que o pastorado de curta duração é um dos maiores problemas que a igreja enfrenta. Por isso dispus-me a ficar o tempo suficiente para alcançar determinadas metas, supondo que algumas mudanças só começam a ocorrer, efetivamente, por volta do sétimo ou oitavo ano de ministério.

No decorrer dos anos, enquanto trabalhava para alcançar tais metas, defrontei-me com algumas barreiras ao longo do caminho. Havia um pequeno grupo na igreja que promovera a saída de alguns pastores que me antecederam. Em várias ocasiões, este grupo se esforçara ao máximo para criar este tipo de situação comigo. Durante os primeiros oito anos do meu ministério, sobrevivi a estes esforços. Nossa denominação, naquela época, realizava uma avaliação de dois em dois anos com o propósito de rever o relacionamento entre o pastor e a igreja, e as condições de continuidade do trabalho. Numa dessas avaliações, fui aprovado pela igreja por uma diferença inexpressiva de votos; contudo, me firmei no propósito que havia feito de ficar pelo menos dez anos, e continuei.

Os bons anos vieram. Muitas coisas começaram a acontecer com uma rapidez incrível. A igreja começou a prosperar financeiramente; novos membros foram sendo acrescentados à família cristã a cada ano; remodelei o santuário para construir um bonito salão para o culto. Os anos se tornaram frutíferos à medida que a igreja crescia, conforme previam os especialistas.

Foi justamente neste estágio que enfrentei outro obstáculo. Uma família importante na igreja, que há muito tempo era formada pelos maiores e mais fiel contribuintes comunicaram que estava saindo da igreja. Meu compromisso de administrar a igreja por no mínimo dez anos chocou-se com a opinião desta família, de que um pastor deve transferir-se de cinco em cinco anos. Para eles eu já tinha ficado por muito tempo.

No momento da escolha entre o pastor e a maior contribuição financeira na arrecadação semanal, muitos membros do conselho estavam dispostos a me dispensar e conservar a oferta. Eu tinha a certeza de que Deus não havia revelado nada com relação a minha saída. Sempre mantive o compromisso de dez anos que assumi comigo e com Deus. Não me senti dispensado a ir.

Foi durante aquele tempo de desordem que programei um retiro na Costa, e pedi a um outro pastor local para ser o nosso preletor. Sem nenhum incentivo da minha parte, ele sentiu o desejo de utilizar o final de semana para falar sobre o relacionamento entre o pastor e as pessoas. Naqueles dias, por várias vezes, ele mencionou que o pastor é uma pessoa de Deus, escolhido por Deus, e colocado numa congregação específica para dirigi-la também por Deus. Ninguém pode tentar transferir o pastor, disse ele, sem que Deus mostre que deve ser assim. Num determinado momento durante o retiro, o pastor fez uma afirmação que imobilizou de tal maneira um dos membros do conselho, que ele pediu para que ele repetisse o que fora dito. Ele então repetiu, dizendo: “Se uma pessoa ou um grupo de pessoas ameaçam sair de suas igrejas, caso o pastor não saia deixe-nas ir. O pastor é uma pessoa de Deus, no lugar de Deus, no tempo de Deus, sob a nomeação de Deus. Não é dado a ninguém o direito de tomar as decisões por Deus”.

Agradeço a misericordiosa direção de Deus e as palavras corajosas do meu amigo pastor, o conselho da igreja decidiu que poderíamos ficar sem o nosso tão grande patrocinador. Decidimos confiar em Deus e deixar que ele suprisse as nossas necessidades. Dentro de algumas semanas, novas famílias começaram a assistir as nossas reuniões e as ofertas começaram a crescer novamente. Não houve um domingo sequer em que sofrêssemos financeiramente por causa daquela perda.

A marca dos dez anos veio e foi. Tornei-me o pastor que por mais tempo permaneceu na igreja, nos seus 70 anos de história. De fato, eu estava alcançando rapidamente o dobro da margem atingida pelos pastores anteriores; muitas já haviam sido quadruplicadas. A média de permanência tinha sido um pouco mais de dois anos. Enquanto isso, eu não sentia nenhum desejo de sair.

Quando os primeiros dez anos se completaram, aconteceu um fato significativo. Aquele grupo que havia sido responsável pela saída de vários pastores por décadas aos poucos perdeu sua influência. Percebi então que isto era uma das coisas que Deus queria que eu fizesse ao me enviar para aquela igreja. Contudo, foi o compromisso de ficar no mínimo dez anos à frente daquele ministério que muitas vezes me fez prosseguir.

Recordo-me de ter escutado Bill Yeager, um experiente pastor da Primeira Igreja Batista em Modesto, Califórnia, contar uma história sobre uma grande rã em um pequeno açude. A grande rã, dizia ele, tem tão alto e bem conhecido coaxo que todas as pequenas rãs escutam e coaxam juntamente com ela. Se ela pula, as outras também pulam. A resposta para a síndrome da grande rã nas pequenas igrejas o sugere, é construir outro açude e gradualmente mover todas as pequenas rãs da esfera e influência da grande rã. Um dia ela coaxará e ninguém estará escutando. Era o que nós tínhamos feito.

Estava no meu 13º ano de ministério quando um novo problema estourou. Cinco pessoas, um casal e outras três, que tinham atuado no meu ministério e haviam se tornado os meus mais fortes defensores, participaram de uma reunião do conselho onde encaminharam uma solicitação para que eu deixasse a igreja. Cada um tinha razões diferentes, mas o que todos desejavam era a substituição. Eles queriam outra voz no púlpito, outra mão no leme. Eles expressaram suas insatisfações detalhadamente.

Isso aconteceu no mês de dezembro, e vale ressaltar que o meu natal foi arruinado ( não que celebrar o natal em sí seja algo tão importante). Mas é interessante como quase sempre as pessoas que mais amamos e mais confiamos, mais cedo ou mais tarde acabam por se colocar contra nós. Naquele ano não houve nenhum clima para a celebração familiar, embora este assunto não fosse algo que discutíssemos com as crianças. Eu e minha esposa oramos muito durante as semanas que se seguiram, mas Deus parecia permanecer inflexível; não revelava se estava na hora de sairmos. Fiquei tão magoado que o meu desejo era partir, mas sabia em meu coração que ainda não era a hora certa. Então resolvi ficar e iniciar-me num processo de cura interior da ferida que me marcou.

Com o auxilio do conselho de membros, encontrei-me com cada um dos cinco que desejavam a minha saída. Saímos para almoçar, conversarmos em casa, tivemos alguns encontros na igreja que viraram a noite. Aplicando princípios básicos para resolução de conflitos, chegamos a um entendimento. Resolvemos as novas expectativas de cada um. Chegamos a um entendimento sobre a chamada de Deus e a escolha do momento certo para todas as coisas, e assim prosseguir.

Um ano mais tarde, com novas famílias vindas para a igreja, e com meu ministério tão livre e eficaz como jamais tinha sido Deus começou a mostrar que era hora de partir. Sonhos que tinham permanecido em minha mente por anos, começaram a despontar à superfície. Possibilidades para expandir o ministério começaram a povoar meus pensamentos. Idéias começaram a fluir como a explosão repentina de um poço artesiano.

Compartilhando com a minha esposa o que estava acontecendo em minha mente, ela disse que havia tido pensamentos semelhantes. Entretanto, Deus estava apontando para outra direção. Começamos a orar e, dentro de poucas semanas, sabíamos que logo chegaria a hora de ir. Os sonhos que Deus havia plantando em meu coração para um ministério mais amplo tinham urgência de serem realizados.

Planejamos a nossa marcha de acontecimentos com oração. O líder de meu campo ele me falou sobre a direção de Deus, confirmando meus dons e talentos para a área para a qual Deus estava me apontando, e insistiu para que eu seguisse adiante. Outros pastores de minha inteira confiança fizeram a mesma confirmação.

Planejamos nossa saída para depois de seis meses. Desejoso de estar seguindo a direção de Deus fiz um propósito perante ele. Disse: “Pai, estou indo pregar como jamais preguei antes. Estou indo liderar um trabalho intensamente dinâmico. Se o Senhor deseja que eu fique, mostre um sinal que confirme esta tua vontade. Caso contrário, aprove a minha ida.” Passados três meses, tive a confirmação. Senti-me completamente livre para ir. Deus mostrou claramente que havia chegado a hora de dizer adeus.

Muitos pastores, principalmente os iniciantes, têm a tendência de querer abandonar o ministério tão logo surjam os primeiros problemas. É fácil entregar-se às pressões. Damos ouvido com mais facilidade à opinião das pessoas do que à orientação de Deus. Hoje percebo que, de dois dos ministérios por onde passei, saí cedo demais. Somente neste último posso dizer que realmente fiz o que era certo.

Algumas sugestões para entender o tempo suficiente de um ministério, e a hora certa de dizer adeus.

1. Inicie um ministério com o compromisso de ficar o tempo determinado por Deus — pode significar que você poderá até se aposentar nesse pastorado; você permanecerá até que cumpra o propósito estabelecido por Deus, até que conclua a obra que ele pôs em suas mãos.

2. Não se deixe oscilar pela opinião dos outros — se um grupo de pessoas reunirem-se para forçar sua exoneração, mantenha-se firme; não tome nenhuma decisão sem primeiramente consultar a Deus. Seja qual for a vontade D’Ele, Ele a revelará primeiro a você.

3. Não se deixe vencer pelo desânimo ou pelo cansaço — não deixe que as horas de águas paradas o convençam a abandonar o ministério, sem que você experimente as chuvas da Primavera, onde a maré do rio começa a encher novamente. A água parada significa que não está acontecendo nenhum tipo de decisão, o que faz muitos pastores perder os mais produtivos anos de ministério de suas vidas.

4. Para qualquer decisão, espere por uma confirmação da parte de Deus — lembre-se que o ministro é uma pessoa de Deus, no lugar onde Deus quer no tempo de Deus. Quando há pessoas que desejam a sua saída, ou você mesmo deseja sair, não sendo esta a vontade de Deus, pode ocorrer um conflito interior que abale sua vida.

5. Decida sair somente num momento de serenidade, e não em meio às tempestades — saía em condições favoráveis a todos, em que Deus seja glorificado e seus propósitos para a igreja não sofram solução de continuidade.

6. Na hora certa de sair, confidencie a sua decisão a amigos mais próximos antes de anunciá-la publicamente — programe um tempo para conversar com pastores colegas de sua inteira confiança, ore e busque a direção de Deus conjuntamente com eles.

7. Nunca decida ficar, se Deus já respondeu que é hora de sair — em quaisquer circunstâncias, ouça a voz de Deus. Ele é o único cujo julgamento não é tendencioso.

8. Não receie em transparecer suas sinceras emoções — abraços, ombros molhados de lágrimas representam o reconhecimento das pessoas e a consolidação do seu ministério. Muitos poderão até dizer: Estou perdendo você, pastor, mas sei que está seguindo a vontade de Deus.

9. O período de despedida é oportuno para se dizer adeus, mas também para expressar arrependimentos, e tratar de feridas encobertas — esse pode ser o momento de feridas que porventura ainda não tenha sido tratadas e curadas ser resolvidas, relacionamentos ser restaurados e expressões de louvor e gratidão a Deus ser vivenciadas.

10. Faça de sua saída um momento de comemoração dos anos de ministério e das amizades — finalmente você poderá dizer: sinto-me bem com a minha decisão. Era o tempo de Deus; não podia ser mais cedo ou mais tarde. Você é uma pessoa de Deus, no lugar de Deus, no tempo de Deus, fazendo as coisas para a glória de Deus.

Naturalmente que embora pudesse ser, esta não é a minha história, mas pode vir a ser a sua. Eue e você fomos chamados por Deus para trabalhar para Ele, e somente Ele é quem sabe quando devemos nos afastar.

Com exceção de Josué que reduziu sua área de influência e ainda viveu alguns anos, tendo sido substituido por Otniel que era genro de Caleb, quase todos os outros grandes, pequenos, bons ou maus líderes, pararam quando chegou o dia de sua morte. Mas isso não inclui Davi que escolheu e mandou coroar Salomão enquanto ainda vivia.

Saber o momento certo de parar, jubilar, reformar-se ou se aposentar do ministerrio pastoral não deve jamais ser uam escolha ou decisão própria do homem, mas sim por um direcionamento de Deus.

{ REVISADO E ATUALIZADO COM ADIÇÕES PELO PASTOR ELIEL GOMES DA SILVA - Johannesburg - South Africa, 07.11.2023



Thursday, January 16, 2020

COM TOQUE DE TROMBETA OU SILÊNCIO ABSOLUTO: COMO SERÁ O ARREBATAMENTO DA IGREJA?


ANALISANDO, CONFRONTANDO E REFUTANDO A DOUTRINA DO ARREBATAMENTO SECRETO

Introdução


Existe uma doutrina muito conhecida no meio  evangélico, especialmente entre pentecostais,  que afirma que o retorno de Jesus Cristo será dividido em duas fases. Essa doutrina, nascida no reino unido nos idos de 1830, é defendida majoritariamente por muitos teólogos pentecostais, tanto europeus como norte americanos. Mas me proponho a provar neste estudo analítico, que a mesma já estava prevista na Bíblia para acontecer em nossos tempos, como parte do esfriamento da Igreja e consequente apostasia que se apoderaria dela.

A primeira fase consiste no retorno de Cristo  para vir buscar os seus escolhidos, o que se dará  imediatamente depois da ressurreição dos mortos. Este evento irá acontecer antes da grande tribulação.  Este retorno de Cristo segundo os que assim ensinam, será invisível;  o mundo não irá ver nada. Os motivos que se usam podem ser representados em um só que é este: a grande tribulação é um periodo no qual Deus irá derramar a Sua ira ardente no mundo e a Sua igreja não foi destinada para ira. Para sustentar tal coisa são tomados os exemplos de Ló e Noé, os quais foram colocados ao seguro antes que Deus derramasse a Sua ira sobre os ímpios. 
Logo após esse arrebatamento secreto da igreja, será manifestado o homem do pecado ou seja o anticristo, o qual irá perseguir os hebreus que durante este período se converterão a Cristo como também aqueles cristãos frios ou desviados que no ‘retorno de Cristo’ serão deixados na terra porque não estavam preparados para o encontrar e que durante o reino do anticristo se converterão  mas com o custo da suas próprias vidas.
A segunda fase consiste no retorno de Cristo com os seus santos, que acontecerá de forma visível depois da grande tribulação. 
Essa como as muitas outras mentiras que ganharam força de doutrina bíblica pelo peso da afirmação de homens e mulheres que se deixaram enganar por Satanás, repito, já estavam previa e cuidadosamente previstas na Palavra de Deus


A ORIGEM DO "ARREBATAMENTO SECRETO" 

Começamos por dizer que o arrebatamento secreto da igreja foi introduzido como uma espécie de crença ou doutrina, em 1830 por uma jovem escocêsa de nome Margaret MacDonald. Esta jovem fazia parte do movimento Irvingita, e  no ano de 1830 afirmou ter tido uma visão sobre o arrebatamento secreto dos crentes ou melhor sobre o retorno de Cristo (invisível aos olhos do mundo)dos céus. Eis as palavras de MacDonald:
primeiro em  inglês:
” . . . now look out for the sign of the Son of man. Here I was made to stop and cry out, O it is not known what the sign of the Son of man is; the people of God think they are waiting, but they know not what it is. I felt this needed to be revealed, and that there was great darkness and error about it; but suddenly what it was burst upon me with a glorious light I saw it was just the Lord himself descending from Heaven with a shout, just the glorified man. even Jesus; but that all must, as Stephen was, be filled with the Holy Ghost, that they might look up, and see the brightness of the Father’s glory. I saw the error to be, that men think that it will be something seen by the natural eye; but ’tis spiritual discernment that is needed, the eye of God in his people. . . . be filled with the Spirit.’
E agora em português:
“…agora tenhas atenção no sinal do filho do homem. Aqui fui feita parar e chorar. Não se sabe o que é o sinal do filho do homem: o povo de Deus pensa que está esperando, mas não sabe do que se trata. Eu senti que isto deveria ser revelado, e que tinha uma grande obscuridão e erro em volta disto; mas, de repente, aquilo que me apareceu com uma luz gloriosa eu vi que era o Senhor que descia do céu com um grito, próprio o homem glorificado, ou seja Jesus. Mas todos devem ser cheios do Espìrito Santo como foi o Estevão, para poder olhar para cima e ver o esplendor da glória do Pai. Eu vi qual era o erro, ou seja que os homens pensam que será alguma coisa vista de maneira natural; ma este è o discernimento espiritual do qual è necessario: o olho de Deus no seu povo…sejais cheios do Espìrito.
(Essa é somente uma parte do relato escrito por Margaret Macdonald a propósito da sua revelação, como aparece no Robert Norton’s Memoirs of James e George Macdonald of Port-Glasgow,1840,pàginas 171-176)
Notai que a ‘gloriosa luz’ que apareceu a Margaret induziu-a a acreditar que o Senhor Jesus quando voltar não será visto com olhos naturais, mas com ‘o olho de Deus no seu povo’, e que para apoiar esta coisa ela fez referência a visão que o Estevão teve na frente do Sinédrio, na qual ele viu o Filho de Deus na direita do Pai, referência que foi totalmente errada fazer, porque aquela de Estevão foi uma visão de Jesus nos céus que somente ele teve naquela ocasião, mas o retorno de Cristo do céu não será uma visão que terão os crentes pelo que o mundo não poderá ver o retorno de Cristo, mas será um evento bem visível seja aos crentes quanto aos não crentes.
Edward Irving (1792-1834) que era o pastor daquela jovem, aceitou aquela revelação e a divulgou durante algumas conferências proféticas que começaram em Dublin (Irlanda) naquele mesmo ano.
Aquela nova doutrina foi aceitada também por John Nelson Darby (1800-1882) que em 1830 era ainda oficialmente um ministro de culto da igreja da Irlanda, que em 1831 junto com outros fundou o movimento dos irmãos de Plymouth, e começou a difundir também aquela nova doutrina dando um considerável impulso na sua difusão.
Dave MacPherson escreveu um livro sobre as origens do arrebatamento antes da tribulação. Eis o que ele escreve no livro: “Nós temos visto que uma jovem mulher de nome Margaret Macdonald teve uma revelação privada em Port Glasgow, Escócia, na primeira parte do 1830, segundo a qual, um selecionado grupo de cristãos serião arrebatados para encontrar Cristo no ar antes dos dias do anticristo. Uma testemunha auricular e ocular de nome Robert Norton M.D tem conservado o seu relato escrito a mão da sua revelação sobre o arrebatamento da igreja em dois dos seus livros, e disse que foi a primeira vez que alguém dividiu a segunda vinda de Jesus em duas partes ou fases distintas".  Os seus escritos, junto a muitas outras literaturas da igreja católica apostólica, foram escondidos por muitos anos da corrente principal do pensamento evangélico e foram emergidos somente recentemente. As idéias da Margaret eram bem conhecidas por aqueles que visitavam a sua casa, entre os quais John Darby dos irmãos.” (Dave MacPherson, The Incredible Cover-Up: the true story of the pre-trib rapture[ O incredìvel ocultamento: a verdadeira história do arrebatamento antes da tribulação], Plainfield, NJ: Logos International, 1975, pag 93). O testo em inglês é o seguinte: ‘We have seen that a young Scottish lassie named Margaret Macdonald had a private revelation in Port Glasgow, Scotland, in the early part of 1830 that a select group of Christians would be caught up to meet Christ in the air before  the days of Antichrist. An eye-and-ear witness, Robert Norton M.D., preserved her handwritten account of her pre-trib rapture revelation in two of his books, and said it was the first time anyone ever split the second coming into two distinct parts or stages. His writings, along with much other Catholic Apostolic Church literature, have been hidden many decades from the mainstream of Evangelical thought and only recently surfaced. Margaret’s views were well-known to those who visited her home, among them John Darby of the Brethren’.
Darby influenciou grandemente Cyrus Ingerson Scofield (1843-1921), o qual incorporou esta doutrina nas notas das Sagradas Escrituras com notas e comentos de C.L. Scofield publicada em 1909; Bíblia que contribuiu consideravelmente na difusão desta doutrina nas igrejas, em quanto é muito usada em muitas denominações evangélicas.

NOTA DO REVISOR: É impressionante como Satanás ardilosamente se vale dos genuinos movimentos do Espírito Santo, para criar doutrinas falsas. Tem sido assim desde o princípio da história da Igreja.
De repente, tão somente porque alguém de bom testemunho, declara; "ASSIM DIZ O SENHOR!" Tudo o mais em termos genuinamente bíblicos é posto de lado.

A BÍBLIA NEGA A EXISTÊNCIA DESSE ARREBATAMENTO SECRETO

Para demonstrar que, sobre a luz das Sagradas Escrituras, a doutrina do arrebatamento secreto é falsa, começarei com o citar algumas palavras de Jesus Cristo pronunciadas nos relatos dos evangelhos que falam a respeito do Seu retorno, em resposta à pergunta de alguns dos Seus discípulos:” Respondeu-lhes Jesus: Acautelai-vos, que ninguém vos engane. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; a muitos enganarão. E ouvireis falar de guerras e rumores de guerras; olhai não vos perturbeis; porque forçoso é que assim aconteça; mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino; e haverá fomes e terremotos em vários lugares. Mas todas essas coisas são o princípio das dores. Então sereis entregues à tortura, e vos matarão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. Nesse tempo muitos hão de se escandalizar, e trair-se uns aos outros, e mutuamente se odiarão. Igualmente hão de surgir muitos falsos profetas, e enganarão a muitos; e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo. E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim. Quando, pois, virdes estar no lugar santo a abominação de desolação, predita pelo profeta Daniel (quem lê, entenda), então os que estiverem na Judéia fujam para os montes; quem estiver no eirado não desça para tirar as coisas de sua casa, e quem estiver no campo não volte atrás para apanhar a sua capa. Mas ai das que estiverem grávidas, e das que amamentarem naqueles dias! Orai para que a vossa fuga não suceda no inverno nem no sábado; porque haverá então uma tribulação tão grande, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem jamais haverá. E se aqueles dias não fossem abreviados, ninguém se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias. Se, pois, alguém vos disser: Eis aqui o Cristo! ou: Ei-lo aí! não acrediteis; porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos. Eis que de antemão vo-lo tenho dito. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto; não saiais; ou: Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do filho do homem. Pois onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres. Logo depois da tribulação daqueles dias, escurecerá o sol, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com grande clangor de trombeta, os quais lhe ajuntarão os escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus”(Mt 24:4-31).
Os discípulos fizeram a Jesus uma pergunta clara em propósito do Seu retorno, e Jesus respondeu a eles também de maneira clara. Jesus explicou para eles quais fatos  precederão o Seu retorno, e como vocês podem ver entre tais coisas há uma grande aflição que os eleitos de Deus, ou seja os santos, passarão, de fato Ele disse “porque haverá então uma tribulação tão grande”, imediatamente depois da qual acontecerá o Seu retorno do céu e a reunião dos eleitos no céu, segundo que Ele disse: “Logo depois da tribulação daqueles dias, escurecerá o sol, e a lua não dará a sua luz; as estrelas cairão do céu e os poderes dos céus serão abalados. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com grande clangor de trombeta, os quais lhe ajuntarão os escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus. Como acontecerá o Seu retorno? Será visível a todos, porque todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do homem vir sobre as nuvens do céu com grande poder e glória. E o que fará Jesus quando retornar do céu? Mandará o Seus anjos para reunir os Seus escolhidos. E quem são os Seus escolhidos? São todos os discípulos de Cristo, aqueles que acreditam nele, tendo sidos escolhidos em Cristo para a salvação antes da fundação do mundo como Paulo diz aos Efésios: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestes em Cristo; como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; e nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, para o louvor da glória da sua graça, a qual nos deu gratuitamente no Amado;”(Ef 1:3-6), e aos romanos:”Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica; Quem os condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós;(Rm 8:33-34). Então, todo o mundo verá seja o retorno de Cristo e seja a nossa reunião com Ele nas nuvens do céu. 
Nem mesmo os apóstolos nunca falaram de duas fases no retorno de Cristo, porque eles não acreditavam em semelhantes coisas. E não podia ser de outra forma, porque os apóstolos eram guiados pelo Espírito da Verdade. Tomamos como exemplo o apóstolo Paulo: ele confirmou completamente o ensinamento de Cristo sobre o Seu retorno, ou seja que o retorno de Cristo e a nossa reunião com ele acontecerão no mesmo dia, porque a nossa reunião com Ele acontecerà logo após a Sua vinda do céu, vinda que acontecerá depois da grande tribulação. Eis as suas palavras: “Ora, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, rogamos-vos, irmãos, que não vos movais facilmente do vosso modo de pensar, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola como enviada de nós, como se o dia do Senhor estivesse já perto. Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Deus. Não vos lembrais de que eu vos dizia estas coisas quando ainda estava convosco? E agora vós sabeis o que o detém para que a seu próprio tempo seja revelado. Pois o mistério da iniqüidade já opera; somente há um que agora o detém até que seja posto fora; e então será revelado esse iníquo, a quem o Senhor Jesus matará como o sopro de sua boca e destruirá com a manifestação da sua vinda;”(2 Te 2:1-8) . Agora, gostaria de vos fazer notar que Paulo menciona a vinda de Cristo junto com a nossa reunião com Ele, porque a nossa reunião com Ele faz parte da vinda de Cristo ou é estreitamente ligada a Sua vinda. Como é que Paulo chama estes dois eventos? Os chama ‘o dia do Senhor’, que inclui seja a vinda de Cristo que a nossa reunião com Ele. Os santos de Tessalônica foram perturbados por alguns que faziam passar o retorno de Cristo como um retorno iminente, e então Paulo, tendo sabido sobre isto, os exorta a não se deixarem enganar. Em outras palavras explicou para eles que o dia do Senhor não estava iminente, porque aquele dia acontecerá somente depois que acontecerem duas coisas muito precisas, por isso disse a eles: ”porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração,” ; è evidente, pois, que segundo Paulo, primeiro do retorno de Cristo se devem verificar seja a apostasia que a manifestação do anticristo, isso quer dizer que os crentes passarão a tribulação. Como vocês podem ver, também as palavras de Paulo “à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele” confirmam as palavras de Jesus que temos visto antes: “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão vir o Filho do homem sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória. E ele enviará os seus anjos com grande clangor de trombeta, os quais lhe ajuntarão os escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.(Mt 24:30-34). Porque essas palavras testificam que a nossa reunião acontecerà na vinda de Cristo do céu, e vos lembro que para que se verifique esta reunião no céu é necessário que os mortos em Cristo ressuscitem antes e depois os santos vivos sejam transformados e arrebatados com eles nas nuvens do céu para encontrar o Senhor no ar. (Cfr 1 Te 4:15-17)
Agora, desejo vos fazer notar uma outra coisa: também no capítulo 1 da segunda epístola de Paulo aos tessalonicenses, Paulo fala da vinda de Cristo mas fala de maneira diferente. Eis as suas palavras: “se de fato é justo diante de Deus que ele dê em paga tribulação aos que vos atribulam, e a vós, que sois atribulados, alívio juntamente conosco, quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder em chama de fogo, e tomar vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus; os quais sofrerão, como castigo, a perdição eterna, banidos da face do senhor e da glória do seu poder, quando naquele dia ele vier para ser glorificado nos seus santos e para ser admirado em todos os que tiverem crido (porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós.”(2 Te 1:6-10).
Notais que Paulo aqui também fala ‘daquele dia’ ou ‘dia da vinda de Cristo’; e o que acontecerá aquele dia? Jesus aparecerá no céu, e será glorificado nos Seus santos e admirado por todos aqueles que acreditaram, e fará vingança daqueles que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de Cristo. Pois então, está evidente aqui também que a reunião dos eleitos está colocada em relação com a aparição de Cristo.  
E não somente a doutrina do retorno de Cristo mas também a doutrina da ressureição dos justos. No capítulo 15 da primeira epístola de Paulo aos coríntios, o apóstolo diz: “Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados. Cada um, porém, na sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda.”(1 Co 15:22). Então aqueles que morrem em Cristo ressuscitarão todos na vinda de Cristo. Mas se a vinda de Cristo será dividida em duas fases, nós também deveriamos dividir a ressurreição dos justos em duas fases, ou seja em duas ressurreições, e isto porque segundo a doutrina do arrebatamento secreto, quando Cristo retornar em maneira invisível ressuscitarão aqueles que pertecem a Cristo naquele momento (uma ressureição que o mundo não verá), enquanto quando Cristo retornar em maneira visível no final da tribulação ressuscitarão aqueles que pertecem a Cristo neste outro momento (aqueles que se converterão durante a grande tribulação, ou seja os crentes desviados ou frios que terão uma segunda oportunidade durante este período intermediário, e os hebreus convertidos, que serão poderosos missionários por meio dos quais muitos gentios se converterão a Cristo, que serão mortos pelo anticristo). Então pode se dizer que haverá uma igreja A ( a chamo assim por comodidade) que ressuscitará na primeira fase do retorno de Cristo, e uma igreja B que ressuscitará na segunda fase do retorno de Cristo. Mas se as coisas estivessem assim as Escrituras seriam anuladas, porque Paulo diz que aqueles que são de Cristo ressuscitarão na vinda de Cristo. Então  não pode existir duas ressurreições. O QUE A BÍBLIA DIZ?:”Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante os mil anos.”(Ap 20:6)? Então a ressurreição daqueles que são de Cristo é chamada de primeira ressurreição, e acontecerá ao retorno de Cristo. Ma se aceitássemos a doutrina do arrebatamento secreto deveriamos chegar a conclusão que haverá duas ressurreições daqueles que pertecem a Cristo, a primeira pouco antes do início da tribulação e a segunda no final desta. Mas as Escrituras falam de uma ressurreição só em referência aos justos, como também fala de uma só ressurreição em referência aos injustos, ressurreição essa que acontecerá no final do milênio, segundo que está escrito: “Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se completassem. .”(Ap 20:5) . Então, também por esta razão a doutrina do arrebatamento secreto não pode ser biblica, porque destorce a doutrina da ressurreição dos justos.
Mas vejamos uma outra razão porque a doutrina do arrebatamento secreto não é biblica e por isso deve ser rejeitada. Em qual lugar está escrito na Bíblia que para aqueles que não serão encontrados prontos no retorno de Cristo haverá uma segunda oportunidade de se converterem depois do Seu retorno? Vocês já leram a parábola das dez virgens? Eis o que ela diz: “ Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo. Cinco delas eram insensatas, e cinco prudentes. Ora, as insensatas, tomando as lâmpadas, não levaram azeite consigo. As prudentes, porém, levaram azeite em suas vasilhas, juntamente com as lâmpadas. E tardando o noivo, cochilaram todas, e dormiram. Mas à meia-noite ouviu-se um grito: Eis o noivo! saí-lhe ao encontro! Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas. E as insensatas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão se apagando. Mas as prudentes responderam: não; pois de certo não chegaria para nós e para vós; ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós. E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o noivo; e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta. Depois vieram também as outras virgens, e disseram: Senhor, Senhor, abre-nos a porta. Ele, porém, respondeu: Em verdade vos digo, não vos conheço. Vigiai pois, porque não sabeis nem o dia nem a hora. (Mt 25:1-13). Não é bastante clara esta parábola?  Não haverá nenhuma segunda oportunidade para os crentes desviados ou frios depois do retorno de Cristo. Vos confirmo ainda mais com estas palavras de Cristo: “ Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o senhor pôs sobre os seus serviçais, para a tempo dar-lhes o sustento? Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar assim fazendo. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens. Mas se aquele outro, o mau servo, disser no seu coração: Meu senhor tarda em vir, e começar a espancar os seus conservos, e a comer e beber com os ébrios, virá o senhor daquele servo, num dia em que não o espera, e numa hora de que não sabe, e cortá-lo-á pelo meio, e lhe dará a sua parte com os hipócritas; ali haverá choro e ranger de dentes.”(Mt 24:45-51). Qual segunda oportunidade dará Jesus, quando voltar, para àqueles servos maus e infiéis? Nenhuma. 
Irmãos amados no Senhor, julgai vós mesmos como pessoas inteligentes aquilo que estou dizendo. Estes tais mudaram a graça de Deus em devassidão! Vos exorto, irmãos, a rejeitar e repelir estas fábulas; estas coisas são fermento nocivo.
{FIM DA PRIMEIRA PARTE}

Wednesday, January 15, 2020

ARREBATAMENTO EM DUAS ETAPAS: VERDADE OU FICÇÃO?

Continuando com esta série de estudos sobre este assunto, quero hoje mostrar mais evidências de que TODA A MINHA VIDA COMO CRISTÃO EVANGÉLICO pentecostal fui guiado da maneira errada nessa área.
Para isso vou me valer de estudos publicados por diferentes pessoas que pesquisaram o assunto assim como eu, e tiveram seus olhos abertos para o que a Bíblia realmente diz sobre isso.

A origem da doutrina do arrebatamento secreto 
Quem já viu um carro com a frase “Em caso de arrebatamento esse carro ficará desgovernado” deve entender o tamanho da influência da doutrina do arrebatamento pré-tribulacional. O que poucos perguntam ou ao menos já ouviram falar é, de onde veio essa doutrina. De um modo geral, os defensores da doutrina do arrebatamento se esforçam para justificar biblicamente tal posição, mesmo que, para tal, seja necessário tomar emprestado textos bíblicos dos lugares mais inusitados e colocar no contexto do arrebatamento. Vamos explicar neste artigo a origem da doutrina do arrebatamento pré-tribulacional.
Não há referência a um arrebatamento secreto na Bíblia 
Em todos os textos que se referem à volta de Jesus na Bíblia, a explicação é de uma vinda literal e visível. A cena, segundo o próprio Jesus é narrada da seguinte forma:
“Então aparecerá no céu o sinal do filho do homem, e todas as nações da terra se lamentarão e verão o filho do homem vindo na nuvens do céu como poder e grande glória. e ele enviará os seus anjos como grande clangor de trombeta, e estes reunirão os seus eleitos dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus” Mateus 24:30-31 
Somente um trecho deste já seria suficiente para colocar em xeque toda doutrina do arrebatamento secreto. Observe as palavras em negrito. Não tem espaço para supor que a vinda jesus seria algo secreto e silencioso. Os demais textos sobre o assunto parecem uma continuação do primeiro. Apocalipse 1:7, (E todo o olho o verá); I Tess 4:16 e 17(trombetas novamente e ressurreição de mortos); Atos 1:11(volta literal do mesmo modo como subiu) e todos os demais que se referem à volta de Jesus fala de uma volta literal, visível e audível.
Para justificar a enxurrada de verdade que existe nesses textos, os dispensacionalistas criaram uma terceira vinda após os chamados sete anos de tribulação. Mas parece que não há textos para justificar a ideia.
Então como crer em uma doutrina sobre a qual não há referência na bíblia, nunca foi pregada por um apóstolo ou pai da igreja e que até meados do século XIX ninguém jamais havia ouvido falar sobre ela?
Isso mesmo! Até 1830 não havia nenhum livro, nenhum grupo religioso que pregasse essa doutrina. É como se ela tivesse surgido do nada.
  As visões de Margaret Macdonald 
 A primeira propagadora da doutrina de um arrebatamento pré-tribulacional foi a jovem Irlandesa Margaret Macdonald, em meados do ano de 1830. Ela não era teóloga nem pesquisadora bíblica, mas membro de uma igreja Irvingita (Igreja Católica Apostólica – não confundir com Romana), ligada ao pregador Edward Irving.
Sua visões eram conhecidas dos que visitavam sua casa. O jornalista cristão Dave MacPherson escreveu sobre o assunto:
“Temos visto que uma jovem escocesa chamada Margaret Macdonald teve uma revelação particular em Port Glasgow, Escócia, no começo de 1830.”  – Dave MacPherson, The Incredible Cover-Up: The True Story of the Pre-Trib Rapture (Plainfield, NJ: Logos International, 1975), p. 93. citado em “Is
the Pretribulation Rapture Biblical?”, de Brian Schwertley. Tradução de Felipe Sabino de Araújo Neto.
 O fato da doutrina ter surgido a partir de uma visão não a torna em si uma heresia. O que se deve levar em consideração é se a tal visão é corroborada pelas escrituras, que deve ser a base de toda doutrina.
Segundo o citado artigo, Margaret pregava que apenas uma parte dos crentes seriam arrebatados antes da grande tribulação. Foi o pregador John Nelson Darby,  que reorganizou sua doutrina e dedicou a vida a propagar esse pensamento. John foi o fundador do grupo denominado “os irmãos” e suas doutrinas em relação ao arrebatamento foram pregadas em setembro de 1830, na primeira assembleia dos irmãos em Plymouth, Inglaterra.
A contribuição de John Darby
John Nelson Darby é considerado o pai do dispensacionalismo e futurismo modernos. Sua influência vai desde suas pregações e livros até a tradução da Bíblia, conhecida como Bíblia Darby. A principal contribuição para a doutrina do arrebatamento pré-tribulacional foi a de que todos os crentes, e não apenas alguns deles, como pregava a jovem Margaret, deveriam ser arrebatados por ocasião da primeira parte da segunda vinda. Lembrando que foi Margaret Macdonald a primeira pessoa a dividir a vinda de Jesus em duas partes, uma antes da tribulação e outra depois.
Outro grande adendo à doutrina foi a ideia de uma segunda chance aos que ficariam na terra durante a estada do Anticristo. Lembrando que até Darby fazer sua interpretação da Bíblia, praticamente todos o grupos reformistas do século XVIII atribuíam ao papado, o título de anticristo.
Um pouco de pesquisa ajudará
Não cabe a mim ou a ninguém se apropriar da verdade. Desafio a você, que porventura leia este artigo, a fazer uma pesquisa cuidadosa do tema e verificar por você mesmo onde tal doutrina tem fundamento bíblico. Verifique os textos usados pelos defensores da doutrina e veja se estão de acordo com o ensinado nas escrituras ou se foram “encaixados” dentro de um esquema.
Eu, que gosto de estudar, fui desafiado a fazer isso há quase 20 anos atrás e fiquei surpreso com a quantidade de irmãos que realmente acreditam nessa doutrina. O mais interessante é que a grande maioria deles não conseguiria fazer uma explicação lógica como textos Bíblicos sobre o tema. Cabe a cada um ser humilde e buscar a verdade da escritura.
Como você mesmo pode ver e concluir, a doutrina sobre um arrebatamento secreto e antecedendo a grande tribulação, não faz parte do ensino bíblico.