Tuesday, December 3, 2019

A REVELAÇÃO ANTI CRISTO, A TECNOLOGIA DA INFORMÁTICA E AS CRIPTO MOEDAS - IX



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O ANTICRISTO, SEU GOVERNO E SEU PROPÓSITO

Muitos estudiosos da Bíblia afirmam, pelo estudo das profecias, que a humanidade está vivendo no tempo final, na última era, na última dispensação, no último período da história da Terra. E daí surge uma interrogação: Quem ou o que é o Anticristo? A Bíblia diz em 1 João 2:18 “Filhinhos, esta é a última hora; e, conforme ouvistes que vem o anticristo, já muitos anticristos se têm levantado; por onde conhecemos que é a última hora.”
A palavra original em grego para “anticristo” pode ter dois  significados.   Pode   significar    “contra Cristo”, no sentido de uma pessoa ou um certo poder estar em oposição ao trabalho de Cristo. Ou a palavra pode significar “em vez de Cristo”, no sentido de uma pessoa ou certo poder “tomar o lugar de Cristo”, ou é uma “imitação de Cristo”. João escreveu que além da vinda de um anticristo em especial, haviam muitos outros anticristos em existência durante a era da Igreja primitiva. A Bíblia diz em 1 João 2:19 e 26: “Saíram dentre nós, mas não eram dos nossos; porque, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco... Estas coisas vos escrevo a respeito daqueles que vos querem enganar.”  
De acordo com a Palavra de Deus, anticristos eram falsos Cristãos que se haviam separado do grupo dos verdadeiros crentes. Eram mentirosos que afirmavam que Jesus não era o Messias. A Bíblia diz em 1 João 2:22 “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Esse mesmo é o anticristo, esse que nega o Pai e o Filho.” 2 João v.7 “Porque já muitos enganadores saíram pelo mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Tal é o enganador e o anticristo.”   

Os anticristos no contexto bíblico não podem ser classificados como ateus. Nem simplesmente como  pagãos ou simplesmente satanistas (embora o possam em verdade ser) que estão lutando contra Jesus. São cristãos caricatos (falsos na essência) que estão pregando um evangelho, mas que não é o verdadeiro. É um “evangelho diferente”, talvez semelhante ao evangelho pregado pelos que se auto denominam pós modernistas, os quais falam  muito de adoração e louvor, fé, obras, ofertas, prosperidade e cura, mas não falam de salvação, libertação, santificação interna e externa, pureza, simplicidade e sofrimento; um evangelho sem a cruz de Cristo, um evangelho sem renúncia e sem compromisso com a Palavra de Deus, um evangelho que apenas fala, mas não vive o verdadeiro amor de Deus.
A Bíblia diz em 2 Co 11:4, 13-15 “Porque, se alguém vem e vos prega outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, de boa mente o suportais! Pois os tais são falsos apóstolos, obreiros fraudulentos, disfarçando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar, porquanto o próprio Satanás se disfarça em anjo de luz. Não é muito, pois, que também os seus ministros se disfarcem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.” 
O Senhor Jesus  alertou a  Igreja  sobre  o  trabalho enganador destes falsos profetas. Em Mt 7:15, 21-23 “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.”  Mais além Jesus advertiu que durante o período anterior à Sua segunda vinda, a última era da Igreja, os anticristos tentariam de fato fazer o papel de Cristo, pretendendo ser o Messias regressado. A Bíblia diz em Mt 24:4-5, 24-26 “Respondeu-lhes Jesus: Acautelai-vos, que ninguém vos engane. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; a muitos enganarão. Porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.  Eis que de antemão vo-lo tenho dito. Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto; não saiais; ou: Eis que ele está no interior da casa; não acrediteis.”
Antes da segunda vinda de Jesus haverá uma manifestação grandiosa do anticristo, o tal que ainda “está para vir”. A Bíblia diz em 2 Ts 2:3-4 “Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Deus.”
Que acontecerá a este anticristo, e como o reconheceremos? A Bíblia diz em 2 Ts 2:8-10 “E então será revelado esse iníquo, a quem o Senhor Jesus matará como o sopro de sua boca e destruirá com a manifestação da sua vinda; a esse iníquo cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás com todo o poder e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para serem salvos.”  
Vemos aqui neste versículo que o anticristo não suportará sequer a presença do Senhor Jesus. Com apenas o poder da Palavra, o verbo vivo que se fez carne, vai usar a palavra Rhema, a palavra da criação para destruir o inimigo apenas com o sopro da sua boca. Foi com um sopro que Deus deu vida ao primeiro homem; será com um sopro que o Senhor Jesus vai destruir a presença física do anticristo na terra. Antes disso porém, para poder governar a terra com plena satisfação, visto que o seu grande objetivo é receber a adoração que somente pertence a Deus, Satanás terá de atrair para si a igreja que vai estar na terra nessa altura, e fique certo de uma coisa, boa parte dessa igreja vai se deixar atrair e seduzir por ele. Vejamos como isso pode vir a acontecer.


 COMO  SATANÁS PODE  SEDUZIR OU ATRAIR A IGREJA DO SENHOR

O processo de sedução quase sempre tem seu começo em circunstâncias aparentemente casuais e não intencionais. Mas este não é o caso de Satanás, pois desde o princípio ele tenta de alguma forma apoderar-se daquilo que é de Deus. Um dia ouvi um pastor comentando sobre o processo da sedução dizer o seguinte: “Nunca sabemos quando realmente começa, às vezes num aperto de mão, um cumprimento discreto, uma rápida troca de olhares, um esbarrão numa calçada, até mesmo no meio de um acidente qualquer da vida, e de repente, quando acordamos, já fomos laçados e estamos presos a uma teia quase sempre muito difícil de se romper”. 
Essa sedução começou ainda no Éden quando somente havia um homem e uma mulher, e o inimigo conseguiu chamar a atenção de Eva para a árvore que produzia o fruto proibido. Primeiro ele atraiu a atenção dela para árvore: “E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.” (Gn 3.6) Veja bem caro(a) leitor(a) que não foi a fruta que chamou a atenção de Eva e sim a árvore.
Depois que ela ficou seduzida pela aparência, pelo porte, pela beleza daquela árvore, o resto ficou fácil. Num momento de fraqueza Eva esqueceu o que ouvira de seu marido acerca do que Deus lhes determinara, e fascinada pela aparência daquela árvore, que deveria ser muito bela, mas não era a videira verdadeira, e após um breve diálogo com Satanás, aqui representado pela serpente, apanhou um fruto e comeu. Após comer do fruto, seu marido que estava próximo a ela, vendo que nada lhe tinha acontecido, comeu também, e assim a desgraça se abateu sobre os dois únicos servos de Deus na face da terra.
Você pode imaginar a cena e dizer: Mas como Eva foi fraca! Por que ela agiu dessa forma? Deixa-me te dizer algo que vai mexer com a tua vida. Agora mesmo, milhares de cristãos no mundo todo estão agindo exatamente como Eva agiu; fascinados pela aparência da árvore satânica chamada  conhecimento humano, poder temporal, riquezas ilimitadas, política etc, deixaram de lado a árvore da vida e estão se alimentando apenas do conhecimento material, e com isso caminhando para o inferno.
Havia milhares de pessoas na terra quando Deus olhou do céu e viu que todos tinham se corrompido e desviado e somente Noé e sua família andavam retamente segundo o entendimento divino. A geração pós diluviana se desviou e construiu a torre de babel.
Século após século, geração após geração, os filhos de Deus sempre acabaram atraídos pelos laços do maligno e se afastaram do propósito divino. Os juizes, os sacerdotes, os reis, Israel como nação falhou e se afastou das ordenanças de Deus, todos atraidos por armadilhas que sempre pareceram boas, inovadoras, e muito promissoras. O Diabo jamais apresentou para o povo de Deus algo que não tivesse a aparência de coisa boa, por isso o escritor do Livro de Provérbios assim escreveu: “ Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte” (Pv 14.12).
Sempre aquilo que ele apresenta vai ter aparência de ser bom, pois o intuito dele, conhecendo por observação a maneira de pensar e agir do povo de Deus, nunca é chocar, impactar, contrariar, mas sim criar uma pequena dúvida, e com essa dúvida, atrair a atenção do homem para aquilo que ele realmente quer fazer; roubar  a alma do homem e levá-la com ele para o inferno. Lembre-se de algo muito importante: é vendo os erros do passado que podemos evitá-los no futuro.
Quando eu olho para a Palavra de Deus, no Novo Testamento e vejo a profecia de Jesus acerca da Igreja, além da grande alegria que ela traz, posso encontrar também um tremendo alerta sobre o que a Igreja enfrentaria durante o seu existir. “Pois eu também te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. (Mt 16.18)
A isso eu chamo de A Igreja e as Portas do Inferno, e  pretendo discorrer sobre isso a partir de agora para que você possa entender que o plano de Satanás com relação a Igreja não vai começar, já começou a mais de 2000 anos atrás.
Podemos estabelecer por razões puramente didáticas e cronológicas uma sequência de portas que o inferno foi abrindo de tempos em tempos diante da Igreja, portas essas que sempre conseguiram atrair e arrebanhar um grande número de cristãos.
A PORTA DA PERSEGUIÇÃO: Imediatamente à morte, ressurreição e assunção do Senhor Jesus Cristo aos céus, o ódio dos governantes romanos, aliado a inveja e medo dos sacerdotes, dos escribas, dos fariseus, e dos membros do sinédrio, transferiu-se de Israel  para a Igreja. Promoveu-se uma perseguição sistemática feita contra os agora chamados cristãos, ambos; judeus e romanos produziram um número enorme de mártires, homens e mulheres convictos de que a salvação não estava nos ídolos romanos, nem nas leis judaicas, mas sim por meio do sacrifício de Jesus na cruz, foram aprisionados, torturados, chicoteados, crucificados, espoliados e mortos das formas mais cruéis que a mente humana conseguia idealizar.
Nas cartas do apóstolo Paulo, que de perseguidor foi transformado em perseguido, podemos encontrar um pouco daquilo que a história da Igreja nos revela.”Se como homem, lutei em éfeso contra as feras, que me aproveita isso, se os mortos não ressucitam?” (1Co 15.32). E como ele, milhares de outros cristãos foram levados às arenas para servirem de diversão aos romanos. O mais interessante é que isso não parou a Igreja, ela continuou a crescer. Quanto mais perseguiam os cristãos, mais eles mudavam de um lugar para o outro e levavam a mensagem do evangelho de Cristo. 
A porta da perseguição nunca se fechou, a partir daí podemos vê-la aberta em todo o decorrer da história da Igreja. Primeiro pela  igreja assimilada ou dissimulada, que se instalou com a adesão de Constantino, no terceiro século da era cristã, a qual perseguiu os verdadeiros cristãos prolongando-se dali até a Idade Média, com os famosos tribunais da “Santa Inquisição”, no qual as pessoas eram torturadas para confessar crimes que não tinham cometido, sob a promessa de serem perdoadas e libertadas, e depois eram queimadas vivas nas praças condenadas pelos inquisitores por terem confessado que eram adoradores de demônios.
O comunismo com sua doutrina de que Deus não existe e que a religião é o ópio do povo, fechou as igrejas cristãs evangélicas, prendeu, torturou e matou milhares de pastores e outros cristãos, tanto na antiga União Soviética, Cuba, China e outros países que adotaram essa ideologia comunista. Eu visitei templos evangélicos e católicos que foram profanados,  vandalizados e depois transformados em salão de bailes para a juventude. Nos países de maioria islâmica radical, onde o Islã (alcorão) é a lei maior, o cristianismo foi banido e milhares de cristãos foram mortos. Essa porta continua aberta.
Mas sabe qual é a boa notícia? As igrejas mais avivadas, e aquelas que mais crescem espiritualmente estão exatamente dentro desses países, onde não se pode ter uma Bíblia, e muitos cultos são realizados no mais absoluto silêncio. Eu visitei um país situado dentro da janela 10/40, e fui levado até ao lago de uma pedreira onde durante o inverno e pela noite os cristãos são batizados. É um lugar muito perigoso, cheio de pedras e escarpas, mas no meio daquele frio intenso, sem nenhuma proteção, conforto ou garantia, as pessoas confessam a Jesus Cristo como senhor e salvador e são batizadas. Pela graça de Deus já morei e trabalhei por vários anos num país de orientação comunista, onde não se podia evangelizar, eu era proibido de sair à noite, de ensinar a Palavra de Deus e de abrir igrejas, mas naquele país, vi Deus realizar as maiores maravilhas, algumas maiores até do que as que lemos na Biblia Sagrada. A perseguição jamais conseguiu travar a Igreja. Ela atrapalha, produz muito sofrimento, mas produz também verdadeiros cristãos.
EI VOCÊ! PRESTE BEM ATENÇÃO! Essa porta vai ser a mais usada por Satanás no fim dos tempos para tentar aniquilar a última resistência da verdadeira Igreja do Senhor Jesus Cristo aqui na terra. Depois de todo o engano que sera pregado, mostrado e introduzido na Igreja, em lugar do tão propalado AVIVAMENTO do fim dos tempos, vamos ter duas coisas mais fortes que isso: O grande engano por meio de sinais e prodígios que se possível enganaria até os escolhidos (Mt 24.24-26), e a grande perseguição, aflição ou tribulação profetizada pelo Senhor Jesus e registrada por Mateus em Mt 24.21,22. Na verdade a primeira porta será também a última da qual o Inferno vai se valer para atrair a Igreja do Senhor.



A PORTA DAS DOUTRINAS FALSAS:
  
“Tens, porém a teu favor, que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio.
 Todavia, tenho algumas coisas contra ti: Tens aí os que seguem a doutrina de Balaão, ... Assim também tens também alguns que seguem a doutrina dos nicolaítas” (Ap 2:6,14,15 / AEC).

As heresias ou doutrinas falsas vêm acompanhando a Igreja praticamente desde o seu nascimento. Depois da perseguição e quando percebeu que a Igreja perseguida orava e vencia, Satanás  abriu uma porta chamada - doutrinas falsas – para, por meio de falsos ensinos, produzir heresias e confundir o povo de Deus. O Novo Dicionário Aurélio, 15ª edição, pg.719, assim define a palavra heresia: Heresia. [ ... ] 1. Doutrina contrária ao que foi definido pela Igreja como sendo matéria de fé. 
         Nesse entendimento, que não contraria aquele definido por outros dicionários seculares ou religiosos, podemos melhor situar aquilo que denominamos de A porta das doutrinas falsas.
         Assim que a Igreja iniciou suas atividades,  surgiram as doutrinas heréticas, heresias ou falsas doutrinas, pois contrariavam a doutrina que provinha de Cristo e dos apóstolos, eis aqui algumas delas.
NICOLAÍSMO - Ensino herético que ampliava a doutrina de Balaão, dizendo que uma pessoa podia ser cristão e ao mesmo tempo praticar imoralidades sexuais, prostituição, adultério, poligamia, pedofilia, todas estas coisas eram comumente praticadas pela sociedade dentro da cultura Greco romana. Se você já leu o livro As Catacumbas de Roma, vai encontrar dados históricos que corroboram esta nossa afirmação. Mas o diabo não dorme nem se contenta com aquilo que já tem, e há algo ainda mais danoso, que em nossos dias está sendo restaurado; a doutrina de que o homem casado  não adultera, desde que o relacionamento seja com uma pessoa solteira, viúva ou divorciada e para isso invocam a figura da concubina para  justificar sua posição. Já existem seitas proféticas que adotam a poligamia. Enfim, o cristão, em tese, poderia fazer tudo o que quisesse, sem com isso perder sua salvação, pois o próprio Senhor Jesus disse: “Aquele que vem a mim, de maneira nenhuma eu lançarei fora”. (João 6.37)
Esta porta, apesar dos alertas dos apóstolos (1Tm 1:20; 2 Tm 2:17; 4:10,14; 2 Pe 2:1-3; Jd 11-13) causou grandes males para a Igreja e ainda não se fechou,  pelo contrário, está mais aberta do que nunca.
Quem foi Balaão? Balaão foi um falso-profeta-mercenário, que alugou seus serviços ao rei moabita chamado Balaque, tendo sido o iniciador da doutrina que ensinava, que o povo de Deus não podia ser amaldiçoado, mas podia ser corrompido. Ele se recusou a receber dinheiro e recompensas de Balaque para amaldiçoar o povo de Israel, mas as recebeu na mesma, para ensinar a Balaque como corromper o povo, induzindo os príncipes [líderes], a prática de cultos estranhos, arrastando com isso a multidão que os seguia (Nm 22,23,24; Ap 2:14].
Por incrível e mais tenebroso que pareça, entre os cristãos há líderes que são  seguidores das doutrinas de Balaão, além de falsos cristãos que se servem dela para destruir a vida e a reputação de outros.
Há alguns anos, ouvimos falar de um  evangelista, cujas mensagens expunham e condenavam aqueles que se servem da Bíblia para enriquecerem e enganar o povo, esse evagelista tinha um programa diário sobre a família e foi um dos que mais trouxe pessoas para Cristo na sua época. Suas mensagens biblicamente corretas e cheias de unção comoviam milhares e milhares no mundo todo todos os dias. Mas quando começou a mexer com a vida e os problemas que os seguidores de Balaão dentro da igreja da sua época estavam provocando, não vigiou e   foi levado a queda na área moral, seduzido por uma mulher, a qual teria sido contratada especialmente para isso, por um moderno seguidor da doutrina de Balaão, que assim fez, tão somente para vingar-se daquele evangelista. Ele caiu, levantou, tornou a cair e depois perdeu quase por completo seu ministério mas os seguidores de Balaão, a maioria formada por líderes evangélicos que se auto denominam como pós modernistas continuam a introduzir seu veneno nas veias do cristianismo.
         O apóstolo Paulo fala sobre homens que deixaram o Caminho e passaram a viver segundo o seu próprio entendimento (1 Tm 1:20; 2Tm 2:17;4:10,14). Aliás, toda a segunda epístola de Paulo a Timóteo é um último e grande alerta do apóstolo ao seu discípulo, sobre o problema das heresias que surgiriam no caminho da Igreja.
 GNOSTICISMO - ecletismo filosófico religioso, que visa conciliar todas as religiões por meio de ritos e dogmas comuns etc. O gnosticismo, que deriva da palavra grega [gnosis], a qual significa conhecimento, sabedoria, e num entendimento mais amplo: Conhecimento esotérico e perfeito da divindade, e que se transmite por tradição e mediante ritos de iniciação.
         Desta forma, gnosticismo pode ser entendido como um ecletismo  filosófico religioso surgido nos primeiros séculos da Igreja, e que visava conciliar todas as religiões, por meio de certos dogmas pondo no mesmo nível: a queda do homem, a redenção, cabala, emanação, contemplação, meditação transcendental etc.
         Veja bem, que isso parece ser extremamente atraente para algumas pessoas, e na verdade o é, pois estas pessoas, como não estão interessadas num relacionamento direto e profundo com a pessoa de Jesus, estão sempre abertas e dispostas a misturar conhecimento e filosofias humanas, com aquilo que provém de Deus para o homem. O gnosticismo foi mais uma tentativa diabólica em misturar o santo com o impuro.
         Infelizmente até nos nossos dias, existem no seio da família cristã, pessoas que vivem a doutrina gnóstica, são cristãos que entraram por essa porta, e por isso mesmo não estão caminhando para o céu. Esta porta, modernamente, sob o pomposo nome de ECUMENISMO, foi repaginada e está atraindo muitos   líderes cristãos em todo o mundo, sob a falsa bandeira de que temos muito em comum uns com os outros, e que Deus é um só, o qual pode ser encontrado em todas as religiões. Que todos os caminhos levam a Deus. Quanta coisa boa não é? Que árvore mais bonita é essa! O fruto dela então é uma maravilha, tão bonito, tão atraente, tão cheio de amor … para que brigar se podemos estar todos juntos? E a isso se ajuntam outras doutrinas falsas, por exemplo: Cristo não morreu na cruz, ele desmaiou e pelo fato de ter perdido muito sangue, desidratou e entrou em estado cataléptico, quando o coração bate muito lentamente e a respiração fica tão fraca que a pessoa parece realmente morta. 
Dessa forma foi colocado no sepulcro aberto numa rocha, onde havia ar suficiente, e depois de 36 horas de sono profundo, seu organismo reagiu e Ele tornou de uma espécie de coma! Terrível não é? Mas não foram pessoas ímpias que criaram esta teoria e sim “teólogos”. Ora se ele não morreu, também não ressuscitou; se não ressuscitou então a doutrina da ressurreição cai por terra, e a doutrina da salvação que inclui a morte substitutiva de Cristo como o Cordeiro de Deus, falece e tudo o mais no que cremos perde seu valor por completo. A partir desse ponto, um novo personagem vai surgir para dar ao homem a vida que ele realmente precisa ter. Livre das leis e regulamentos de Deus. O homem adquire mais uma vez a consciência e o conhecimento e terá de vez seu destino separado de Deus.
Quão terrível é esta perspectiva, mas é exatamente o que vai acontecer com todos aqueles que deixarem a doutrina de Cristo e dos apóstolos para seguirem a doutrina do anjo caído. O primeiro homem foi expulso do paraíso e teve o caminho da volta barrado por uma espada de fogo que se movimentava – uma representação da Palavra de Deus, que é uma espada de dois gumes e tão afiada que penetra na divisão entre as juntas e as medulas. De fogo, pois a Palavra de Deus é como o fogo que consome todo o mal a sua volta. Essa mesma palavra impedirá que os heréticos, os gnósticos, os seguidores de Balaão e os adoradores da besta, encontrem o caminho para o Céu.
Mais recentemente, para além de todos os movimentos e ventos supostamente provindos do Espírito Santo, como a “bênção de Toronto” e o G-12 (um movimento surgido na Colômbia no fim do século passado para preservar a igreja local dos ataques dos guerrilheiros das FARC que sistematicamente atacavam as igrejas em busca de jovens para torná-los guerrilheiros, o qual foi introduzido e modificado no  Brasil), mais uma heresia está sendo introduzida com muita força dentro da Igreja, a qual ensina que Cristo já veio muito tempo atrás, por isso não haverá arrebatamento, o céu é aqui mesmo, e que o homem viverá eternamente na terra.Veja quanta desgraça se instala com um começo tão bonito que vem do fruto que a árvore chamada CONHECIMENTO HUMANO produz.

A PORTA DA ADESÃO:  Esta porta abriu-se quando em 313ad, Constantino, que lutava para ser o Imperador de Roma, aderiu ao Cristianismo, motivado por uma visão que teria tido em 27/10/0312, as vésperas da batalha da Ponte Milvia. Segundo a lenda, ou história, ele teria visto a forma de uma cruz no horizonte, ao entardecer, e ouviu uma voz que lhe dizia: “sob este símbolo, tu vencerás”. Ele acreditou que aquilo era uma mensagem de Deus, do Deus dos cristãos para ele, e  apesar de toda a desvantagem venceu a batalha e tornou-se Imperador de Roma, ao assumir o governo, decretou o fim da perseguição aos cristãos.

 

Constantino e o fim da perseguição

Nos primórdios do século IV, Constantino terminara com a clandestinidade dos cristãos, outorgando-lhes certos privilégios e permitindo a construção de grandes templos. Em 313, através do Édito de Milão, o imperador decretara a liberdade de culto para os cristãos e o fim do paganismo como religião oficial do Império Romano. Constantino foi o primeiro governante do Império Romano de credo católico, embora não fosse batizado até pouco antes de falecer. Com ele começava uma nova época para a igreja, até tornar-se, em 380, através do Édito de Tessalônica, promulgado por Teodósio, na religião oficial tanto no Oriente quanto no Ocidente. Dessa forma as pessoas não recebiam nem confessavam  a Jesus como seu Senhor e Salvador, tornaram-se cristãs por decreto.  
De todas esta foi a mais eficiente e produz terríveis efeitos até hoje.  
No entender de Henry H. Halley, esta foi a pior calamidade que já sobreveio à Igreja.  O grande objetivo da Igreja tem sido alcançar as pessoas com a pregação do evangelho e ver nelas uma mudança de vida ao aceitarem a Cristo como seu Senhor. Mas pelo édito de Teodósio, as conversões não eram espontâneas, mas sim praticamente forçadas. Dessa forma, os templos ficaram cheios de pessoas sem a experiência do novo nascimento.
         Esta intromissão do Império  Romano na Igreja trouxe para dentro dela a força material, mudou a sua natureza simples e pacífica, tornando-a mais parecida com uma organização política. E fê-la entrar num período de apostasia, que em muitas partes perdura até os nossos dias. Em  princípio, parecia que a Igreja tinha conquistado o Império Romano, mas o que aconteceu, na verdade, é que a Igreja, a eleita, a Noiva do Cordeiro, acabou por ser conquistada pelo Império, pois este imprimiu nela o seu próprio caráter. Longe de ter sido a cristianização do Império Romano, mais certo seria chamar isso de a romanização da Igreja Cristã.



UMA PORTA CHAMADA INVERSÃO DE VALORES

Não satisfeito apenas com todo o dano causado à Igreja, no quarto século da história do cristianismo, Satanás decidiu plantar uma semente terrível sob a forma de celebrações, as quais eram tipicamente pagãs e foram introduzidas no seio da Igreja por meio da porta da adesão. Tomando como base a celebração judaica da páscoa do Senhor conforme ensina a Palavra de Deus em Êxodo 12.2-11, os bispos do quarto século introduziram por volta dos anos 325 a 330 A.D, uma celebração que embora em princípio e como justificativa para a sua implantação tivesse algo a ver com a morte e ressurreição de Cristo, foi ao longo dos tempos se deteriorando de tal forma que em nossos dias a maioria somente olha para a páscoa como um bom tempo para se comer chocolate. 
Para melhor explicar como isso aconteceu, tomei a liberdade de coletar alguns textos, os quais transcrevi e apresento com os devidos créditos aos seus autores.

A verdadeira História da Páscoa 
Muito antes de ser considerada a festa da ressurreição de Cristo, a Páscoa anunciava o fim do inverno e a chegada da primavera. A Páscoa sempre representou a passagem de um tempo de trevas para outro de luzes, isto muito antes de ser considerada uma das principais festas da cristandade. A palavra “páscoa” – do hebreu “peschad”, em grego “paskha” e latim “pache” – significa “passagem”, uma transição anunciada pelo equinócio de primavera (ou vernal), que no hemisfério norte ocorre a 20 ou 21 de março e, no sul, em 22 ou 23 de setembro.
A páscoa judaica (em hebraico פסח, ou seja, passagem) é o nome do sacrifício executado em 14 de Nissan segundo o calendário judaico e que precede a Festa dos Pães Ázimos (Chag haMatzot). Geralmente o nome Pessach é associado a esta festa também, que celebra e recorda a libertação do povo de Israel do Egito, conforme narrado no livro do Êxodo.
A festa cristã da Páscoa tem origem na festa judaica, mas tem um significado diferente. Enquanto para o Judaísmo, Pessach representa a libertação do povo de Israel no Egito, no Cristianismo a Páscoa representa a morte e ressurreição de Jesus (que supostamente aconteceu na Pessach) e de que a Páscoa Judaica é considerada prefiguração, pois em ambos os casos se celebra uma “libertação do povo de Deus”, a sua passagem da escravidão (do Egito/do pecado) para a liberdade.
De fato, para entender o significado da Páscoa cristã é necessário voltar para a Idade Média e lembrar dos antigos povos pagãos europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther – em inglês, Easter quer dizer Páscoa. 
Ostera (ou Ostara) é a Deusa da Primavera, que segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés nus. A deusa e o ovo que carrega são símbolos da chegada de uma nova vida. Ostara equivale, na mitologia grega, a Persephone. Na mitologia romana, é Ceres.
Estes antigos povos pagãos comemoravam a chegada da primavera decorando ovos. O próprio costume de decorá-los para dar de presente na Páscoa surgiu na Inglaterra, no século X, durante o reinado de Eduardo I (900-924), o qual tinha o hábito de banhar ovos em ouro e ofertá-los para os seus amigos e aliados.
Por que o ovo de Páscoa?
O ovo é um destes símbolos que praticamente explica-se por si mesmo. É uma célula que uma vez fecundada contém o germe, o fruto da vida, que representa o nascimento, o renascimento, a renovação e a criação cíclica. De um modo simples, podemos dizer que é o símbolo da vida.
Os celtas, gregos, egípcios, fenícios, chineses e muitas outras civilizações acreditavam que o mundo havia nascido de um ovo. Na maioria das tradições, este “ovo cósmico” aparece depois de um período de caos.
Na Índia, por exemplo, acredita-se que uma gansa de nome Hamsa (um espírito considerado o “Sopro divino”), chocou o ovo cósmico na superfície de águas primordiais e, daí, dividido em duas partes, o ovo deu origem ao Céu e a Terra – simbolicamente é possível ver o Céu como a parte leve do ovo, a clara, e a Terra como outra mais densa, a gema.
O mito do ovo cósmico aparece também nas tradições chinesas. Antes do surgimento do mundo, quando tudo ainda era caos, um ovo semelhante ao de galinha se abriu e, de seus elementos pesados, surgiu a Terra (Yin) e, de sua parte leve e pura, nasceu o céu (Yang).
Para os celtas, o ovo cósmico é assimilado a um ovo de serpente. Para eles, o ovo contém a representação do Universo: a gema representa o globo terrestre, a clara o firmamento e a atmosfera, a casca equivale à esfera celeste e aos astros. 
Na tradição cristã, o ovo aparece como uma renovação periódica da natureza. Trata-se do mito da criação cíclica. Em muitos países europeus, ainda hoje há a crença de que comer ovos no Domingo de Páscoa traz saúde e sorte durante todo o resto do ano. E mais: um ovo posto na sexta-feira santa afasta as doenças.
Por que o Coelho de Páscoa?
Coelhos não colocam ovos, isto é fato! A tradição do Coelho da Páscoa foi trazida à América por imigrantes alemães em meados de 1700. O coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na manhã de Páscoa.
Outra lenda conta que uma mulher pobre coloriu alguns ovos e os escondeu em um ninho para dá-los a seus filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram o ninho, um grande coelho passou correndo. Espalhou-se então a história de que o coelho é que trouxe os ovos. A mais pura verdade, alguém duvida?
No antigo Egito, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. Alguns povos da Antiguidade o consideravam o símbolo da Lua. É possível que ele se tenha tornado símbolo pascal devido ao fato de a Lua determinar a data da Páscoa.
Mas o certo mesmo é que a origem da imagem do coelho na Páscoa está na fertilidade que os coelhos possuem. Geram grandes ninhadas! Assim, os coelhos são vistos como símbolos de renovação e início de uma nova vida. Em união com o mito dos Ovos de Páscoa, o Coelho da Páscoa representa a renovação de uma vida que trará boas novas e novos e melhores dias, segundo as tradições.
Por que a Páscoa não acontece no mesmo dia todos os anos?
O dia da Páscoa é o primeiro domingo depois da Lua Cheia que ocorre no dia ou depois de 21 março (a data do equinócio). Entretanto, a data da Lua Cheia não é a real, mas a definida nas Tabelas Eclesiásticas. (A igreja, para obter consistência na data da Páscoa decidiu, no Concílio de Niceia em 325 D.C, definir a Páscoa relacionada a uma Lua imaginária – conhecida como a “lua eclesiástica”).
A Quarta-Feira de Cinzas ocorre 46 dias antes da Páscoa, e portanto a Terça-Feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa. Esse é o período da quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas.
Com esta definição, a data da Páscoa pode ser determinada sem grande conhecimento astronômico. Mas a sequência de datas varia de ano para ano, sendo no mínimo em 22 de março e no máximo em 24 de abril, transformando a Páscoa numa festa “móvel”.
{coletado no site: ceticismo.net}
A origem do coelho e do ovo de páscoa
A páscoa comemorada hoje
Em consonância com a palavra de Deus, a páscoa que se comemora hoje é nada mais que uma simples festa pagã, pois não possui vínculo algum com a Páscoa instituída por Deus ao povo Judeu, em comemoração a libertação da escravidão do Egito. Também não se relaciona com a santidade da ceia que foi por Cristo, estabelecida em honra a sua memória.
O que o povo comemora então, se não uma festa de idolatria, paganismo e simbolismo sem fundamento algum, como a aparição do coelho e do ovo de páscoa, algo puramente direcionado para fins comerciais, e ainda usando o santo nome do Senhor em vão.  
É preciso ter cuidado com essas coisas que não sabemos a origem, coisas que tem aparência de santidade, mas que subliminarmente são exaltação e veneração ao reino de satanás. Vamos conhecer um pouco dessa história:  

A ORIGEM DO COELHO E DO OVO COMO SÍMBOLOS DA PÁSCOA
Os celtas utilizavam o ovo nos rituais, pintavam os ovos e os enterravam, pois consideravam o ovo símbolo de renascimento. Daí veio a lenda dos ovos da páscoa, que graças ao capitalismo se tornou uma forma de comércio com os ovos de chocolate. E utilizava o coelho, como representação da fertilidade, originando-se o reconhecido coelho da páscoa.
O cristianismo (só de aparência) fez com a páscoa exatamente como inventou com o Natal, apanhou uma data onde já existia uma celebração, e criou uma nova história para que a antiga fosse esquecida.

Atualmente até hoje Ostara, assim como os outros 7 sabbahs, é praticada pelos Wiccans e seguidores do antigo paganismo.  
Segundo historiadores, a civilização Celta teve sua origem numa área da Áustria, próximo ao sul da Alemanha, donde se expandiu por toda a Europa, influenciando toda em região através da cultura, das artes e da linguística.  
Outra versão para a origem dos Celtas, diz que eles teriam vindo do continente perdido de Atlântida, migrando para a parte ocidental da Europa onde se desenvolveram.
A religião celta era rica em simbolismos e rituais e baseava-se no culto a natureza e a deusa mãe, o que fez com que a sociedade celta fosse esotérico-religiosa e matriarcal.
Justamente esse povo celta que criou a fantasia do coelhinho e do ovo de páscoa pelo simbolismo e rituais a deuses estranhos.
{coletado do site; www.advilaboa.com.br}
De tudo o que acima lemos podemos inferir é que os homens substituíram o CORDEIRO, um animal limpo e um tipo do Senhor Jesus Cristo pelo coelho que é um animal imundo; O PÃO ASMO, sem fermento que é um tipo de pecado, pelo ovo, um símbolo pagão da fertilidade e da origem da vida; e o sangue do cordeiro, que limpa e tira todo o pecado do mundo, pelo chocolate, que curiosamente vem de uma fruta chamada cacau, a qual em muito se assemelha a um ovo. Como alimento e em pequenas porções é muito bom, mas para nada além disso serve, pois no campo espiritual nenhum valor possui.

A VERDADEIRA IDENTIDADE DE PAPAI NOEL E AS ORIGENS DA CELEBRAÇÃO DO NATAL


O Papai Noel ou Santa Klaus como é conhecido nos EUA, tem um passado muito  mais distante do que você pode imaginar. Seu verdadeiro nome é São Nicolau ou Saint Nicholas, mais próximo do Santa Claus americano.

Trata-se de um santo católico dos anos 300 da era cristã. Nascido em Patera na Turquia, Nicholas foi o filho de uma família rica que sonhava em ter um menino, mas sua mãe tinha dificuldades em engravidar. Após o nascimento do menino, diz a tradição católica, a criança sempre foi cercada de milagres e graças especiais.
         Logo se tornou monge, padre e aos 30 anos Bispo em Mira. Se tornou conhecido por seu senso de justiça em proteger os inocentes. Quando sabia de uma família passando por necessidades, jogava moedas de ouro embrulhadas em algum pano, pela janela das casas; como as pessoas costumavam secar as meias nas janelas, as moedas acabavam caindo dentro das meias, vindo daí o costume dos presentes dentro das meias no natal.
Entregava presentes escondidos e gostava de satisfazer os desejos das pessoas pobres. No Concílio de Nicéia em 334, esbofeteou um bispo ariano por discordar da divindade de Jesus. Morreu em 06 de Dezembro de 343 em Mira, e do seu túmulo escorria um líquido viscoso que curava enfermos e paralíticos.
Tornou-se um Santo popular, embora nunca fosse canonizado oficialmente pela igreja católica; muito popular entre os comerciantes e marinheiros da idade média. Mas é padroeiro das crianças também, depois do relato de um milagre de ressuscitar 3 crianças que teriam sido esquartejadas, e depositadas em tonel de conservas, por um dono de pensão. Diz a tradição que São Nicolau apareceu na pensão e deu ordem para as crianças saírem do tonel, e verificou-se estarem vivas e intactas. Depois de esse relato ser espalhado pela Europa antiga, o Bispo se tornou muito popular com as crianças. Freiras francesas passaram a distribuir doces para as crianças no dia 6 de dezembro em comemoração ao dia do padroeiro. Em 1082 marinheiros italianos roubaram da capela de Mira o corpo do padroeiro e levaram para Bari na Itália, onde até hoje está o corpo e há comemorações anuais. Com a ajuda dos marinheiros italianos em difundir seus milagres durante as viagens, São Nicolau se tornou o santo mais conhecido da Europa. Na idade média havia mais igrejas e catedrais batizadas com o nome deste santo, do que de todos os apóstolos juntos!

Sua popularidade só era superada pelo menino Jesus e a virgem Maria.
Após isso foram inseridas em suas histórias e milagres outros elementos pagãos. A figura do deus alemão Voldan que voava pelo céu em uma biga ( espécie de carro de guerra romano), e observava se as pessoas eram boas ou más, foi mesclada a de São Nicolau; daí deriva o elemento da história de Santa Klaus, ou do Papai Noel, que voa em um trenó de renas e observa as crianças com um telescópio, fazendo uma lista das crianças boas e más.
A associação do Santa Klaus, ou São Nicolau ao natal foi feita a partir do hábito pagão de se presentear as pessoas no natal cristão. Inicialmente uma festa religiosa, os elementos pagãos foram sendo introduzidos com o passar do tempo e popularidade da festa. Outros elementos como a árvore e oferendas (presentes) debaixo dela, foram introduzidos. A partir daí a literatura e a mídia do século 19 foram associando vários outros elementos como os duendes, o polo norte, as renas mágicas etc. Mas a figura do Bispo vestido do vermelho característico do vaticano permaneceu, com alguns detalhes pagãos acrescidos ao modelo da roupa.
Ainda no século 19 as lojas americanas associaram essa imagem do velhinho que dava presentes, às vendas nas lojas, quase que obrigando os pais a manterem a tradição de se dar presentes às crianças – o vínculo comercial estava feito.
Em 1930 a Coca-Cola contratou um figurinista que desenhou o papai Noel que você conhece: gordo, corado, com barbas brancas e muito alegre. O sucesso foi explosivo. Papai Noel ou São Nicolau estava no mercado de tudo e de todos definitivamente. Não pense que a figura de um santo católico, justamente em cima da figura do menino Jesus no natal, seja mera coincidência... as crianças não sabem mais quem foi Jesus, mas certamente sabem que é o Papai Noel. Só ignoram que isso é uma tradição católica reavivada no mais alto estilo capitalista. Não há nada de cristão nesses símbolos ou costumes; papai Noel não se trata de cultura, mas sim de tradição católica. Apesar de ter sido um bispo, Nicolau foi católico e seguia as tradições de sua igreja, da qual os protestantes e evangélicos se separaram.

         Como você mesmo pode ver, não foi algo que surgiu do dia para a noite, mas sim plantado e regado com muitos sinais e prodígios da mentira ao longo de séculos até chegar aos nossos dias com a roupagem que hoje conhecemos. Mas são mentiras tão bem articuladas que levam muitos cristãos em toda a face da terra a olharem para a páscoa e para o natal de uma maneira completamente dissociada do contexto bíblico.
Enquanto que na páscoa o cordeiro virou coelho, no natal Jesus se transformou no “bom velhinho”, o famoso papai Noel ou o “pai natal” dos portugueses. É desta forma que pouco a pouco Satanás vai invertendo os valores dentro da Igreja, até ao ponto em que ela deixará de reconhecer a Jesus Cristo como o filho de Deus e receberá o anticristo como sendo o verdadeiro Cristo de Deus.
A propósito do natal de Jesus e do costume que muitos cristãos tem de colocarem no seu jardim ou mesmo dentro de suas casas uma árvore chamada pinheiro ou uma imitação enfeitada como bolas coloridas e lâmpadas eu me sinto na obrigação de te contar uma experiência pela qual eu passei em Dezembro de 2003 na cidade de Johannesburg na África do Sul.
Cerca de oito anos antes, em 1995 eu fui morar numa casa que tinha ao lado uma árvore chamada de cedro do Líbano, muito semelhante ao pinheiro por ser uma conífera, daquela árvora caiu uma semente no meu jardim e se formou numa muda muito pequena e frágil. Eu cuidei dela sempre mudando de um lugar para o outro a fim de que pudesse crescer e se tornar numa linda árvore.
Em 2003 já tinha mais de dois metros de altura e bem formada como um verdadeiro pinheiro desses que a gente vê nos filmes e nas propagandas de natal. O que eu fiz? Peguei naquela árvore, coloquei bem no pátio da minha casa e enfeitei com muitas lâmpadas coloridas e de noite acendi. Ficou muito bonito. Já faziam anos, desde que eu fora para o campo missionário que deixara de lado esse hábito embora por ignorância espiritual e falta de conhecimento e vigilância não me desse conta do erro que antes praticava. Naquela noite, por volta de duas da manhã veio um anjo ao meu quarto e me chamou, sentei na cama meio atordoado com aquela presença santa pois cada vez que isso tinha acontecido algo muito sério iria suceder. Ainda de olhos fechados eu ouvi a voz daquele ser que me falava muito triste assim dizendo: “POR TODOS ESTES ANOS, DESDE QUE ENTREGASTES A TUA VIDA EM MINHAS MÃOS EU TENHO CUIDADO PESSOALMENTE DE TI E DA TUA FAMÍLIA. NUNCA HOUVE UMA SÓ NOITE EM QUE EU NÃO ESTIVESSE A PORTA DA TUA CASA TE GUARDANDO E PROTEGENDO DE TODO O MAL. MAS HOJE, POR CAUSA DAQUILO QUE COLOCASTE ALÍ NA TUA PORTA EU NÃO PUDE FICAR LÁ E FAZER O QUE SEMPRE TENHO FEITO. POR QUE TU FIZESTES ISSO? TU TENS IDÉIA DO QUE PUSESTE NA ENTRADA DA TUA CASA? NÃO SABES QUE AQUILO NÃO VEM DE MIM E QUE EU NÃO ME AGRADO DISSO?” Depois de assim falar aquele ser santo se foi e eu fiquei alí no escuro e de joelhos e passei algum tempo me arrependendo e pedindo a Deus que me perdoasse e prometendo que nunca mais eu faria aquilo. Na mesma hora acordei toda a minha família e contei a eles o que me acontecera, juntos fomos até a entrada da casa e retiramos aquele símbolo pagão da nossa porta. Algum tempo depois eu levei aquela árvore dei ao meu filho que a plantou no seu jardim, mas seja pela razão que for a árvore morreu pouco tempo depois.
Hoje me doi ver nossas igrejas “enfeitadas para o natal”, “árvores de natal” na entrada e até mesmo no púlpito das igrejas. Cultos natalinos nos quais obreiros se vestem de papai noel e dão presentes para as crianças. Imagina você, se isso ofendeu ao Senhor do lado de fora da minha casa, como Ele deve se sentir vendo isso dentro da Casa Dele?

VOCÊ NÃO ACHA QUE JÁ É TEMPO DE ACORDARMOS DESSA LETARGIA RELIGIOSA QUE NOS ACOMODOU E NOS FEZ ADORMECER?


A PORTA DA ACOMODAÇÃO

         Esta porta causou mais danos à obra do evangelho do que as outras que mencionamos. Primeiramente os judeus-cristãos se acomodaram e mais tarde os demais cristãos também entraram por essa porta, pois diferentemente da primeira, ela não parecia uma porta infernal, parecia mais um tempo de refrigério e bênçãos, no qual todos estavam muito acomodadinhos em suas casa ou cenáculos, partindo convenientemente o seu pãozinho-de-cada-dia. Cada novo convertido (vindo do judaísmo) repartindo com outro, recebendo o poder do Espírito Santo, fechando-se numa caixa muito bonita chamada “filhos da promessa”, e negando aos outros a oportunidade de também conhecerem a Cristo.
         A porta da acomodação é aberta quase sempre após um período de perseguição (que é quando a Igreja mais ora), pois deixando de haver luta, deixando de haver perseguição, o povo quase que naturalmente se acomoda, e um dos primeiros sinais de acomodação é falta de oração, ou abrir mão da necessidade de estar na presença de Deus.
         Na primeira vez, o inimigo usou como artifício o judaísmo, pondo na cabeça dos primeiros cristãos que a salvação era somente para os judeus, com isso eles se acomodaram principalmente em Jerusalém, ficaram gordinhos espiritualmente falando e com isso se criou um grande obstáculo para que o evangelho fosse levado até aos gentios.
         Depois da primeira fase da Igreja, nos séculos seguintes, a acomodação foi parte do dia-a-dia da Igreja. E hoje ela está mais forte do que em qualquer outra época, especialmente nas nações do ocidente, e naquelas que vivem em regimes politicamente mais abertos.
         É com tristeza que sou levado a afirmar que esta porta tem produzido melhores resultados contra a Igreja do que qualquer outra, pois  os cristãos acomodados oram pouco, evangelizam menos ainda, contribuem com miserabilidade no coração, são murmuradores, divisionistas, legalistas, seguem mais o farisaísmo e o saduceísmo modernos do que o cristianismo autêntico. Não querem saber de jejuar, relegam sempre o trabalho de evangelismo e missão externa a último plano, embora na aparência defendam e falem muito sobre isso na Igreja. Estão muito mais inclinados a investir na construção de templos monumentais do que investir verdadeira missão da Igreja. A maioria está mais preocupada em reunir um grande patrimônio, físico e financeiro [templos, escolas, centros diversos, granjas, chácaras, recreamento, emissoras, canais de TV, veículos etc], do que investir seriamente em evangelismo e missões.  
Há nas igrejas hoje dinheiro para tudo, menos para financiar a pregação e propagação do Evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Uma das maiores denominações evangélicas em todo o mundo, nos Estados Unidos, que no século passado trabalhou muito na evangelização mundial,  reduziu drasticamente nos últimos 15 anos o número de missionários espalhados pelas nações. Essa grande organização algum tempo atrás, usou todo o dinheiro que tinha recebido das igrejas e dos doadores para investir na obra missionária e gastou  renovando toda a estrutura física da sua sede mundial de missões, a qual tinha mais de 400 funcionários ( mas  no campo não chegava a ter 500 missionários), incluindo mobília, computadores, equipamentos diversos, automóveis etc, desperdiçando milhões de dólares, que poderiam ter sido investidos em mais  trabalho missionário ao redor do mundo.
Essa mesma organização, quando consultada por um obreiro bem formado, que já pastoreava uma igreja, mas cujo coração ardia em participar do desafio de fazer missão externa,   respondeu que o seu orçamento não lhe permitia financiar mais pessoas para o campo missionário. Mas na mesma altura,  “reverendos” recém formados nas faculdades e seminários teológicos, todos com pós graduação e alguns com doutorado, porém sem nenhuma experiência do viver com Cristo, foram contratados com altos salários, para chefiar novos departamentos que tinham sido criados. Estes são os chamados missionários-teóricos, pois “sabem muito” sobre missões (atrás de uma mesa), porém,  nada contribuem em efetivo para o crescimento da obra missionária.
Isso nada mais é do que ACOMODAÇÃO, quando o clamor do apóstolo Paulo na carta aos romanos foi: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. (Rm 12.1,2)

Na acomodação deixa de haver investimento em evangelismo. Os desafios da Igreja passam a ser subjetivos e não objetivos. Ela começa a olhar para dentro de si mesma e a imobilização torna-se a maior opção. É terrível o que essa porta causa em termos de perda de visão e alcance na vida da Igreja.

Além destas que foram mencionadas, muitas outras portas têm sido abertas pelo inferno na direção da Igreja com a intenção de atraí-la para suas ciladas. Estas portas, na verdade, têm atraído muitos e causado danos enormes à obra que a Igreja realiza na terra.
         As que mencionamos até agora, com detalhes, foram as principais, mas há muitas outras que também existem: as portas do mundanismo ou do liberalismo cristão, em que a Igreja perde a sua característica de santidade e separação do mundo, ficando mais identificada com o mundo do que com Cristo. Para exemplificar bem como essa porta está bem aberta e atuando de maneira muito forte dentro da Igreja, vou te apresentar agora uma pequena alegoria que preparei para comparar o estado de parte da Igreja de nossos dias com a lenda do cavalo de Troia.

A IGREJA E O CAVALO DE TROIA

Em Ct 6.10; lemos: Quem é esta que aparece como a alva do dia, Formosa como a lua, brilhante como o sol, formidável como um exército com bandeiras? Este versículo, trás um conteúdo profético de extraordinária semelhança e aplicação à Igreja, assim como às diferentes fases que ela tem vivido.
         A primeira parte: “Quem é  esta que aparece como a alva do dia” podemos identificar com a primeira fase da Igreja. Desde a gloriosa  revelação de Deus a Moisés no Monte Sinai, quando as leis foram dadas ao povo de Israel, para que pela obediência delas a humanidade um dia pudesse ser alcançada pelo favor de Deus, e ocorreu exatamente o contrário; Israel se afastou de tal maneira da vontade do Senhor que tornou-se apenas mais uma nação escravizada pelo poderio de Roma. O culto ao Senhor em Israel era apenas uma caricatura do que a lei prescrevia, pelo fato de o povo viver oprimido pelo Imperador Romano, o qual era tido como um deus, e exigia que seu busto e seus estandartes tivessem lugar no Templo do Senhor.  
Após 400 anos de silêncio, chamado período interbíblico, que vai de Malaquias a Mateus, num belo dia, uma virgem na pequena cidade de Nazaré da Galiléia recebe a visita de um anjo, o qual diz que ela tinha sido escolhida para abrigar em seu ventre aquele que seria o Salvador da humanidade (Lc 1.26-38). Um pouco antes, Deus visitara também sua prima Isabel que era estéril e lhe dissera que do ventre dela sairia um com o mesmo espírito, chamado e convicção de Elias, o qual seria o precursor do Messias (Lc 1.13-17; 39-45).  
Aproximadamente 33 anos depois, nasce a Igreja, gerada pelo poder do sangue derramado no calvário, gerada pelo poder da ressurreição do Cristo de Deus, e pelo poder do Espírito Santo do Deus Todo Poderoso. E após quase 450 anos de total escuridão e total silêncio,  como o dia que nasce, em tempo de inverno, quando o sol custa um pouco mais a aparecer, NASCE A IGREJA, surge como a alva do dia. No meio de toda a obscuridade político religiosa dos tempos de Jesus Cristo, com o grande final na cruz, a Igreja nasce, entre o céu e a terra, no cimo do monte calvário, tendo regada a sua semente pelo precioso sangue do Cordeiro de Deus.   
A partir daqui começa a cumprir-se nela a profecia do Senhor Jesus em Mt 16.18, assunto sobre o qual nos reportamos com mais detalhes anteriormente. Isso vai até ao ano 313, quando o Imperador Constantino, segundo conta a história, teria aceitado o Deus dos cristãos e “professado” uma adesão ao cristianismo. O certo é que a Igreja ficou tão entusiasmada com a adesão de Roma, que acabou se romanizando, aceitando todos os ritos e costumes dos romanos, como parte da liturgia da igreja. Os cristãos verdadeiros não aceitaram isso, uma parte da Igreja fica romanizada, a outra vai de volta as catacumbas e permanece  fiel ao Senhor Jesus. Aqui ela deixa de ser aquela que aparece como a alva do dia e se torna naquela que aparece Formosa como a lua. Pois assim como a luz da lua só pode ser realmente vista e apreciada quando a noite está mais escura, assim também a Igreja daquele período.  
Perseguida em todas as partes do mundo pelos Papas e pelo clero romano, ela sobrevive milagrosamente por mais de 1200 anos, até que em 1517, um monge alemão, Martin Luther, inicia um movimento chamado de reforma protestante, que rapidamente espalhou-se pela Europa, pois havia muitos corações, mesmo dentro do clero romano, ansiosos por algo que os ajudasse a se libertar da opressão dos dogmas e viverem a Palavra de Deus. Nesses 1200 anos de história, produziram-se os maiores mártires da Igreja. Mas agora, embalada pelo cântico do hino CASTELO FORTE, escrito por Martinho Lutero, com base nos salmos 46 e 91, a Igreja aparece brilhante como o sol, no esplendor de sua força, após a longa noite de 1200 anos, como o sol no verão, quando o dia surge mais cedo.
Fortalecida na Graça e no Poder do Senhor e do seu Espírito Santo, ela rompe as cadeias impostas pelo Império Romano Religioso e se lança pelo mundo em busca das almas perdidas. Esse é o período em que vivemos, mas hoje, infelizmente, nichos de escravidão se podem ainda encontrar, de forma sutil, inteligente, labiosa mesmo, o nosso inimigo tem conseguido laçar, aprisionar e desviar parte da Igreja protestante. Para que possas entender isso, preciso te contar uma história: A história do Cavalo de Troia.
De acordo com a lenda associada à conquista de Tróia pela Grécia, na chamada Guerra de Tróia, um grande cavalo foi deixado junto às muralhas de Tróia. Construído em madeira e oco, no seu interior, o cavalo abrigava alguns soldados gregos dentro da sua barriga. Deixado à porta da cidade pelos gregos, os Troianos acreditaram que ele seria um presente como sinal de rendição do exército inimigo. Assim, o presente entrou na cidade e os troianos muito alegres, festejaram com muita bebida a “vitória” pelo fato de acreditarem que os gregos tinham abandonado a luta.
Durante a noite, os soldados gregos que estavam dentro do cavalo, aproveitando-se do fato dos troianos estarem embriagados e dormindo, deixaram o artefato e abriram os portões da cidade. O exército grego pôde assim entrar sem esforço em Tróia, tomar a cidade, destruí-la e incendiá-la.
O que isso tem a ver com a Igreja? 
Durante mais de quatro séculos a Igreja fortalecida pela reforma, resistiu tenazmente as investidas do mundo e de Roma, que pela perseguição, intimidação, poder econômico, poder político, sociedades secretas etc, tentou de todas as formas penetrar, influenciar e deter o crescimento da Igreja do Senhor Jesus Cristo. Mas sem sucesso, pois fortalecida pela Palavra de Deus, a Igreja resistiu bravamente aos ataques frontais do adversário.
No entanto, ao meio dos anos 50 do século 20, num triste dia, a Igreja vê, bem na sua porta o animal mais estranho que jamais tinha visto, estranhíssimo  de fato. Tinha uma aparência completamente fora do comum. E de acordo com o ângulo, a visão, ou a perspectiva do interessado podia ter aparência, de leão, touro, ou até mesmo cordeiro. Se pudéssemos descrevê-lo como um cavalo, ele seria mais ou menos assim: grande o bastante para impressionar pelo tamanho, belo e branco, mas olhando bem, parecia ser Moreno, muito estranho isso! Com uma linda crina dourada, ou preta, frisada e trançada, a cauda também loura ou preta, e trançada, com pendentes, brincos ou pingentes nas orelhas, alguns tendo a forma de uma cruz de cabeça para baixo,  colares, pulseiras em todas as patas, lábios bem torneados e pintados, cílios alongados e pintados, ora usava terno e gravata, ora saias curtíssimas, ora calças femininas bem ajustadas ao corpo, e o mais estranho de tudo é que esse animal parece ser hermafrodita, pois numa hora fala como homem e noutra fala como mulher.
Falando muito bem das coisas de Deus, pregando sobre fé, prosperidade, cura divina, bem estar na terra, sobre o imenso amor de Deus que jamais mandará o homem para o inferno, e principalmente que Deus quer somente o coração, e utilizando o versículo que diz: “Aquele que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora”(Jo 6.37) para afirmar que ninguém perde a sua salvação e que uma vez salvo, salvo para sempre. Cantando e dançando como homem ou como mulher em ritmos bem mundanos; falando em línguas e profetizando e até mesmo realizando alguns sinais, prodígios e maravilhas da mentira. (2Ts 2.9,10), afora outras coisas impressionantes que esse animal pode fazer.

Vendo isso, uma parte da Igreja ficou feliz e acreditou que o inimigo tinha desistido da perseguição, e que o tempo de cantar havia chegado,  abriu suas portas para que esse animal [espírito imundo] mitológico pudesse entrar, e ele entrou. Entrou no púlpito influenciando toda a liturgia dos cultos, entrou na música, trazendo para a Igreja ritmos que não condizem com o ambiente do culto a Deus, entrou nas mensagens propagando um evangelho sem a cruz de Cristo, entrou na vida dos cristãos mudando seu modo de falar, agir e até de se vestir, entrou nos gabinetes pastorais e na administração eclesiástica, decretando novos rumos para a igreja. Quando o cavalo entrou, tudo começou a mudar e por causa disso  uma parte da Igreja perdeu sua identidade.
O problema maior a ser resolvido é que, a Igreja  identifica-se e alimenta-se com a Palavra de Deus; que em  Ex 12.5-9, nos mostra qual o tipo de animal que deve ser parte de nossa vida; O Cordeiro de Deus, não o cavalo do mundo. O versículo 9 nos diz que devemos comer a cabeça, as pernas e as entranhas do cordeiro para termos comunhão plena com Deus e a salvação que Ele nos oferece. Mas não é isso que sai do interior do cavalo. Enquanto o cordeiro é um animal limpo, o cavalo é animal imundo. Ao permitir que o cavalo entre na nossa vida, passamos a pensar como ele, andar como ele e viver como ele, mas não é isso que Deus quer para a Sua Igreja. É com tristeza que vemos muitos cristãos mundo afora enganados por essa artimanha de Satanás e andando pela vontade do cavalo e não pelo coração  do cordeiro.
A Igreja tem permitido que o mundo entre nela, e em vez dela influenciar o mundo, na verdade está sendo influenciada cada dia mais pelo mundo. Qual o remédio para isso? Creio que dentro deste livro a resposta virá.

         De acordo com o nível cultural ou tradições de cada povo, o inferno tem providenciado uma porta para atrair os cristãos.
Originária da África e com penetração em todo o mundo, especialmente nas Américas do Sul e Central, temos a porta chamada sincretismo religioso;onde os ídolos e deuses pagãos, na maioria demônios que são adorados por povos mais primitivos, tem sido introduzidos no meio da Igreja cristã de credo romano. A propósito disso, causou muita confusão um fato ocorrido uns dois anos atrás, no estado da Bahia, quando um sacerdote católico participou de uma romaria dedicado a um deus africano e em seguida oficiou uma missa vestido como se fosse um “pai de santo” e tendo a cooperação de vários representantes da religião chamada “Candomblé”.
Nesse contexto se enquadram  as feitiçarias, bruxarias de modo geral, o voodoo, os “santos” da umbanda brasileira, a adoração prestada a Yemanjá, que no ritual sincretista é comparada a Maria [o que é uma tremenda heresia], Yara, a rainha das águas, etc. A história sempre nos mostra como estas coisas vêm a acontecer. Isto se deu desta forma: no afã de conquistar os povos de raça negra, os missionários cristãos, tanto católicos como evangélicos, permitiram e admitiram uma série de concessões, ao que eles chamaram de inclusão cultural, e dentro dessas concessões a aceitação de ídolos, símbolos e ritos de natureza pagã. O mesmo aconteceu com aqueles que foram trazidos da África como escravos, os quais pouco a pouco foram introduzindo suas crenças, ritos e ritmos no meio das sociedades tidas como “brancas”. E como para os escravagistas o negro não tinha alma, ficou bem mais fácil para o Diabo usar isso como uma porta, na direção dos cristãos, a qual está tão em moda hoje, como estava a um século atrás.
Eu tive sérios problemas com alguns missionários que me disseram que eu não tinha o direito de interferir na cultura do povo africano, por que eu sempre ministrei e ensinei contra o adultério e a poligamia, prática muito comum entre os homens africanos que se permitem o direito de ter tantas esposas quantas queiram. Alguns deles, quando questionados por alunos de nossa escola bíblica, chegaram ao absurdo de dizer que Abraão teve Sara e Hagar, Moisés teve duas esposas, Davi, Salomão, etc.
Para as culturas tidas como “mais” evoluídas existem as formas deturpadas do cristianismo, as quais se  constituem na verdade em portas que acabam atraindo pessoas, que querem ser cristãs, mas  não entraram pela porta que se chama Cristo. Por exemplo, o esoterismo-cristão,  cientologia, Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (a igreja mórmon), Testemunhas de Jeová, todas são apenas seitas-falsas, que se auto-proclamam  cristãs autênticas.