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O
ANTICRISTO, SEU GOVERNO E SEU PROPÓSITO
Muitos estudiosos da Bíblia afirmam, pelo
estudo das profecias, que a humanidade está vivendo no
tempo final, na última era, na última dispensação, no último período da
história da Terra. E daí surge uma interrogação: Quem ou o que é o
Anticristo? A Bíblia diz em 1 João 2:18 “Filhinhos, esta é a última hora; e, conforme ouvistes que vem o
anticristo, já muitos anticristos se têm levantado; por onde conhecemos que é a
última hora.”
A palavra original em grego para “anticristo” pode ter dois significados. Pode
significar “contra Cristo”, no
sentido de uma pessoa ou um certo poder estar em oposição ao trabalho de
Cristo. Ou a palavra pode significar “em vez de Cristo”, no sentido de uma
pessoa ou certo poder “tomar o lugar de Cristo”, ou é uma “imitação de Cristo”.
João escreveu que além da vinda de um anticristo em especial, haviam muitos
outros anticristos em existência durante a era da Igreja primitiva. A Bíblia
diz em 1 João 2:19 e 26: “Saíram dentre nós, mas não eram dos nossos;
porque, se fossem dos nossos, teriam permanecido conosco... Estas coisas vos
escrevo a respeito daqueles que vos querem enganar.”
De acordo com a Palavra de Deus, anticristos eram falsos Cristãos que se
haviam separado do grupo dos verdadeiros crentes. Eram mentirosos que afirmavam
que Jesus não era o Messias. A Bíblia diz em 1 João 2:22 “Quem é o
mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Esse mesmo é o
anticristo, esse que nega o Pai e o Filho.” 2 João v.7 “Porque
já muitos enganadores saíram pelo mundo, os quais não confessam que Jesus
Cristo veio em carne. Tal é o enganador e o anticristo.”
Os anticristos no contexto bíblico não podem ser classificados como
ateus. Nem simplesmente como pagãos ou
simplesmente satanistas (embora o possam em verdade ser) que estão lutando
contra Jesus. São cristãos caricatos (falsos na essência) que estão pregando um
evangelho, mas que não é o verdadeiro. É um “evangelho diferente”, talvez
semelhante ao evangelho pregado pelos que se auto denominam pós modernistas, os
quais falam muito de adoração e louvor,
fé, obras, ofertas, prosperidade e cura, mas não falam de salvação, libertação,
santificação interna e externa, pureza, simplicidade e sofrimento; um evangelho
sem a cruz de Cristo, um evangelho sem renúncia e sem compromisso com a Palavra
de Deus, um evangelho que apenas fala, mas não vive o verdadeiro amor de Deus.
A Bíblia diz em 2 Co 11:4, 13-15 “Porque,
se alguém vem e vos prega outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis
outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que não abraçastes, de
boa mente o suportais! Pois os tais são falsos apóstolos, obreiros
fraudulentos, disfarçando-se em apóstolos de Cristo. E não é de admirar,
porquanto o próprio Satanás se disfarça em anjo de luz. Não é muito, pois, que
também os seus ministros se disfarcem em ministros da justiça; o fim dos quais
será conforme as suas obras.”
O Senhor Jesus alertou a Igreja
sobre o trabalho enganador destes falsos profetas. Em Mt 7:15,
21-23 “Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós
disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Nem todo o que
me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade
de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não
profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu
nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos
conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.”
Mais além Jesus advertiu que durante
o período anterior à Sua segunda vinda, a última era da Igreja, os anticristos
tentariam de fato fazer o papel de Cristo, pretendendo ser o Messias
regressado. A Bíblia diz em Mt 24:4-5, 24-26 “Respondeu-lhes
Jesus: Acautelai-vos, que ninguém vos engane. Porque muitos virão em meu nome,
dizendo: Eu sou o Cristo; a muitos enganarão. Porque hão de surgir falsos
cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se
possível fora, enganariam até os escolhidos.
Eis que de antemão vo-lo tenho dito. Portanto, se vos disserem: Eis que
ele está no deserto; não saiais; ou: Eis que ele está no interior da casa; não
acrediteis.”
Antes da segunda vinda de Jesus haverá uma manifestação grandiosa do
anticristo, o tal que ainda “está para vir”. A Bíblia diz em 2 Ts 2:3-4 “Ninguém
de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a
apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, aquele que se
opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, de
sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Deus.”
Que acontecerá a este anticristo, e como o reconheceremos? A Bíblia diz
em 2
Ts 2:8-10 “E então será revelado esse iníquo, a quem o
Senhor Jesus matará como o sopro de sua boca e destruirá com a manifestação da
sua vinda; a esse iníquo cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás com todo o
poder e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os
que perecem, porque não receberam o amor da verdade para serem salvos.”
Vemos aqui neste
versículo que o anticristo não suportará sequer a presença do Senhor Jesus. Com
apenas o poder da Palavra, o verbo vivo que se fez carne, vai usar a palavra Rhema,
a palavra da criação para destruir o inimigo apenas com o sopro da sua boca.
Foi com um sopro que Deus deu vida ao primeiro homem; será com um sopro que o
Senhor Jesus vai destruir a presença física do anticristo na terra. Antes disso
porém, para poder governar a terra com plena satisfação, visto que o seu grande
objetivo é receber a adoração que somente pertence a Deus, Satanás terá de
atrair para si a igreja que vai estar na terra nessa altura, e fique certo de
uma coisa, boa parte dessa igreja vai se deixar atrair e seduzir por ele.
Vejamos como isso pode vir a acontecer.
COMO SATANÁS PODE
SEDUZIR OU ATRAIR A IGREJA DO SENHOR
O
processo de sedução quase sempre tem seu começo em circunstâncias aparentemente
casuais e não intencionais. Mas este não é o caso de Satanás, pois desde o
princípio ele tenta de alguma forma apoderar-se daquilo que é de Deus. Um dia
ouvi um pastor comentando sobre o processo da sedução dizer o seguinte: “Nunca sabemos quando realmente
começa, às vezes num aperto de mão, um cumprimento discreto, uma rápida troca
de olhares, um esbarrão numa calçada, até mesmo no meio de um acidente qualquer
da vida, e de repente, quando acordamos, já fomos laçados e estamos presos a
uma teia quase sempre muito difícil de se romper”.
Essa
sedução começou ainda no Éden quando somente havia um homem e uma mulher, e o
inimigo conseguiu chamar a atenção de Eva para a árvore que produzia o fruto
proibido. Primeiro ele atraiu a atenção dela para árvore: “E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos
olhos, e desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu
também a seu marido, e ele comeu com ela.” (Gn 3.6)
Veja bem caro(a) leitor(a) que não foi a fruta que chamou a atenção de Eva e
sim a árvore.
Depois
que ela ficou seduzida pela aparência, pelo porte, pela beleza daquela árvore,
o resto ficou fácil. Num momento de fraqueza Eva esqueceu o que ouvira de seu
marido acerca do que Deus lhes determinara, e fascinada pela aparência daquela
árvore, que deveria ser muito bela, mas não era a videira verdadeira, e após um
breve diálogo com Satanás, aqui representado pela serpente, apanhou um fruto e
comeu. Após comer do fruto, seu marido que estava próximo a ela, vendo que nada
lhe tinha acontecido, comeu também, e assim a desgraça se abateu sobre os dois
únicos servos de Deus na face da terra.
Você
pode imaginar a cena e dizer: Mas como Eva foi fraca! Por que ela agiu dessa
forma? Deixa-me te dizer algo que vai mexer com a tua vida. Agora mesmo,
milhares de cristãos no mundo todo estão agindo exatamente como Eva agiu;
fascinados pela aparência da árvore satânica chamada conhecimento humano, poder temporal, riquezas
ilimitadas, política etc, deixaram de lado a árvore da vida e estão se
alimentando apenas do conhecimento material, e com isso caminhando para o
inferno.
Havia
milhares de pessoas na terra quando Deus olhou do céu e viu que todos tinham se
corrompido e desviado e somente Noé e sua família andavam retamente segundo o
entendimento divino. A geração pós diluviana se desviou e construiu a torre de
babel.
Século
após século, geração após geração, os filhos de Deus sempre acabaram atraídos
pelos laços do maligno e se afastaram do propósito divino. Os juizes, os
sacerdotes, os reis, Israel como nação falhou e se afastou das ordenanças de
Deus, todos atraidos por armadilhas que sempre pareceram boas, inovadoras, e
muito promissoras. O Diabo jamais apresentou para o povo de Deus algo que não
tivesse a aparência de coisa boa, por isso o escritor do Livro de Provérbios
assim escreveu: “ Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da
morte” (Pv 14.12).
Sempre
aquilo que ele apresenta vai ter aparência de ser bom, pois o intuito dele,
conhecendo por observação a maneira de pensar e agir do povo de Deus, nunca é
chocar, impactar, contrariar, mas sim criar uma pequena dúvida, e com essa
dúvida, atrair a atenção do homem para aquilo que ele realmente quer fazer;
roubar a alma do homem e levá-la com ele
para o inferno. Lembre-se de algo muito importante: é vendo os erros do passado
que podemos evitá-los no futuro.
Quando
eu olho para a Palavra de Deus, no Novo Testamento e vejo a profecia de Jesus
acerca da Igreja, além da grande alegria que ela traz, posso encontrar também
um tremendo alerta sobre o que a Igreja enfrentaria durante o seu existir. “Pois eu também te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a
minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. (Mt 16.18)
A
isso eu chamo de A Igreja e as Portas do
Inferno, e
pretendo discorrer sobre isso a partir de agora para que você possa
entender que o plano de Satanás com relação a Igreja não vai começar, já
começou a mais de 2000 anos atrás.
Podemos
estabelecer por razões puramente didáticas e cronológicas uma sequência de
portas que o inferno foi abrindo de tempos em tempos diante da Igreja, portas
essas que sempre conseguiram atrair e arrebanhar um grande número de cristãos.
A PORTA DA PERSEGUIÇÃO:
Imediatamente à morte, ressurreição e assunção do Senhor Jesus Cristo aos céus,
o ódio dos governantes romanos, aliado a inveja e medo dos sacerdotes, dos
escribas, dos fariseus, e dos membros do sinédrio, transferiu-se de Israel para a Igreja. Promoveu-se uma perseguição
sistemática feita contra os agora chamados cristãos, ambos; judeus e romanos
produziram um número enorme de mártires, homens e mulheres convictos de que a
salvação não estava nos ídolos romanos, nem nas leis judaicas, mas sim por meio
do sacrifício de Jesus na cruz, foram aprisionados, torturados, chicoteados,
crucificados, espoliados e mortos das formas mais cruéis que a mente humana
conseguia idealizar.
Nas
cartas do apóstolo Paulo, que de perseguidor foi transformado em perseguido,
podemos encontrar um pouco daquilo que a história da Igreja nos revela.”Se como homem, lutei em éfeso contra as feras, que me aproveita isso, se
os mortos não ressucitam?” (1Co 15.32). E
como ele, milhares de outros cristãos foram levados às arenas para servirem de
diversão aos romanos. O mais interessante é que isso não parou a Igreja, ela
continuou a crescer. Quanto mais perseguiam os cristãos, mais eles mudavam de
um lugar para o outro e levavam a mensagem do evangelho de Cristo.
A
porta da perseguição nunca se fechou, a partir daí podemos vê-la aberta em todo
o decorrer da história da Igreja. Primeiro pela
igreja assimilada ou dissimulada, que se instalou com a adesão de
Constantino, no terceiro século da era cristã, a qual perseguiu os verdadeiros
cristãos prolongando-se dali até a Idade Média, com os famosos tribunais da
“Santa Inquisição”, no qual as pessoas eram torturadas para confessar crimes
que não tinham cometido, sob a promessa de serem perdoadas e libertadas, e
depois eram queimadas vivas nas praças condenadas pelos inquisitores por terem
confessado que eram adoradores de demônios.
O
comunismo com sua doutrina de que Deus não existe e que a religião é o ópio do
povo, fechou as igrejas cristãs evangélicas, prendeu, torturou e matou milhares
de pastores e outros cristãos, tanto na antiga União Soviética, Cuba, China e
outros países que adotaram essa ideologia comunista. Eu visitei templos
evangélicos e católicos que foram profanados,
vandalizados e depois transformados em salão de bailes para a juventude.
Nos países de maioria islâmica radical, onde o Islã (alcorão) é a lei maior, o
cristianismo foi banido e milhares de cristãos foram mortos. Essa porta
continua aberta.
Mas
sabe qual é a boa notícia? As igrejas mais avivadas, e aquelas que mais crescem
espiritualmente estão exatamente dentro desses países, onde não se pode ter uma
Bíblia, e muitos cultos são realizados no mais absoluto silêncio. Eu visitei um
país situado dentro da janela 10/40, e fui levado até ao lago de uma pedreira
onde durante o inverno e pela noite os cristãos são batizados. É um lugar muito
perigoso, cheio de pedras e escarpas, mas no meio daquele frio intenso, sem
nenhuma proteção, conforto ou garantia, as pessoas confessam a Jesus Cristo
como senhor e salvador e são batizadas. Pela graça de Deus já morei e trabalhei
por vários anos num país de orientação comunista, onde não se podia
evangelizar, eu era proibido de sair à noite, de ensinar a Palavra de Deus e de
abrir igrejas, mas naquele país, vi Deus realizar as maiores maravilhas,
algumas maiores até do que as que lemos na Biblia Sagrada. A perseguição jamais
conseguiu travar a Igreja. Ela atrapalha, produz muito sofrimento, mas produz
também verdadeiros cristãos.
EI
VOCÊ! PRESTE BEM ATENÇÃO! Essa porta vai ser a mais usada por Satanás no fim
dos tempos para tentar aniquilar a última resistência da verdadeira Igreja do
Senhor Jesus Cristo aqui na terra. Depois de todo o engano que sera pregado,
mostrado e introduzido na Igreja, em lugar do tão propalado AVIVAMENTO do fim
dos tempos, vamos ter duas coisas mais fortes que isso: O grande engano por
meio de sinais e prodígios que se possível enganaria até os escolhidos (Mt
24.24-26), e a grande perseguição, aflição ou tribulação profetizada pelo
Senhor Jesus e registrada por Mateus em Mt 24.21,22. Na verdade a primeira
porta será também a última da qual o Inferno vai se valer para atrair a Igreja
do Senhor.
A PORTA DAS DOUTRINAS FALSAS:
“Tens, porém a teu favor, que odeias as obras dos
nicolaítas, as quais eu também odeio.
Todavia,
tenho algumas coisas contra ti: Tens aí os que seguem a doutrina de Balaão, ...
Assim também tens também alguns que seguem a doutrina dos nicolaítas” (Ap 2:6,14,15 /
AEC).
As heresias ou doutrinas falsas vêm acompanhando a Igreja praticamente
desde o seu nascimento. Depois da perseguição e quando percebeu que a Igreja
perseguida orava e vencia, Satanás abriu
uma porta chamada - doutrinas falsas – para, por meio de falsos ensinos,
produzir heresias e confundir o povo de Deus. O Novo Dicionário Aurélio, 15ª
edição, pg.719, assim define a palavra heresia: Heresia. [
... ] 1. Doutrina contrária ao que foi definido pela
Igreja como sendo matéria de fé.
Nesse
entendimento, que não contraria aquele definido por outros dicionários
seculares ou religiosos, podemos melhor situar aquilo que denominamos de A porta das doutrinas falsas.
Assim
que a Igreja iniciou suas atividades,
surgiram as doutrinas heréticas, heresias ou falsas doutrinas, pois
contrariavam a doutrina que provinha de Cristo e dos apóstolos, eis aqui
algumas delas.
NICOLAÍSMO
- Ensino herético que ampliava a doutrina de Balaão,
dizendo que uma pessoa podia ser cristão e ao mesmo tempo praticar imoralidades
sexuais, prostituição, adultério, poligamia, pedofilia, todas estas coisas eram
comumente praticadas pela sociedade dentro da cultura Greco romana. Se você já
leu o livro As Catacumbas de Roma,
vai encontrar dados históricos que corroboram esta nossa afirmação. Mas o diabo
não dorme nem se contenta com aquilo que já tem, e há algo ainda mais danoso,
que em nossos dias está sendo restaurado; a doutrina de que o homem casado não adultera, desde que o relacionamento seja
com uma pessoa solteira, viúva ou divorciada e para isso invocam a figura da
concubina para justificar sua posição.
Já existem seitas proféticas que adotam a poligamia. Enfim, o cristão, em tese,
poderia fazer tudo o que quisesse, sem com isso perder sua salvação, pois o
próprio Senhor Jesus disse: “Aquele que vem a mim, de maneira nenhuma eu lançarei
fora”. (João 6.37)
Esta porta, apesar dos alertas dos apóstolos (1Tm 1:20; 2 Tm 2:17;
4:10,14; 2 Pe 2:1-3; Jd 11-13) causou grandes males para a Igreja e ainda não
se fechou, pelo contrário, está mais
aberta do que nunca.
Quem foi Balaão? Balaão foi um
falso-profeta-mercenário, que alugou seus serviços ao rei moabita chamado
Balaque, tendo sido o iniciador da doutrina que ensinava, que o povo de Deus
não podia ser amaldiçoado, mas podia ser corrompido. Ele se recusou a receber
dinheiro e recompensas de Balaque para amaldiçoar o povo de Israel, mas as
recebeu na mesma, para ensinar a Balaque como corromper o povo, induzindo os
príncipes [líderes], a prática de cultos estranhos, arrastando com isso a
multidão que os seguia (Nm 22,23,24; Ap 2:14].
Por incrível e mais tenebroso que pareça, entre os cristãos há líderes
que são seguidores das doutrinas de
Balaão, além de falsos cristãos que se servem dela para destruir a vida e a
reputação de outros.
Há alguns anos, ouvimos falar de um
evangelista, cujas mensagens expunham e condenavam aqueles que se servem
da Bíblia para enriquecerem e enganar o povo, esse evagelista tinha um programa
diário sobre a família e foi um dos que mais trouxe pessoas para Cristo na sua
época. Suas mensagens biblicamente corretas e cheias de unção comoviam milhares
e milhares no mundo todo todos os dias. Mas quando começou a mexer com a vida e
os problemas que os seguidores de Balaão dentro da igreja da sua época estavam
provocando, não vigiou e foi levado a queda na área moral, seduzido por
uma mulher, a qual teria sido contratada especialmente para isso, por um
moderno seguidor da doutrina de Balaão, que assim fez, tão somente para
vingar-se daquele evangelista. Ele caiu, levantou, tornou a cair e depois
perdeu quase por completo seu ministério mas os seguidores de Balaão, a maioria
formada por líderes evangélicos que se auto denominam como pós modernistas
continuam a introduzir seu veneno nas veias do cristianismo.
O
apóstolo Paulo fala sobre homens que deixaram o Caminho e passaram a viver
segundo o seu próprio entendimento (1 Tm 1:20; 2Tm 2:17;4:10,14). Aliás, toda a
segunda epístola de Paulo a Timóteo é um último e grande alerta do apóstolo ao
seu discípulo, sobre o problema das heresias que surgiriam no caminho da
Igreja.
GNOSTICISMO
- ecletismo filosófico religioso, que visa conciliar todas as religiões por
meio de ritos e dogmas comuns etc. O gnosticismo, que deriva da
palavra grega [gnosis], a qual
significa conhecimento, sabedoria, e num entendimento mais amplo: Conhecimento esotérico e perfeito da
divindade, e que se transmite por tradição e mediante ritos de iniciação.
Desta
forma, gnosticismo pode ser entendido como um ecletismo filosófico religioso surgido nos primeiros
séculos da Igreja, e que visava conciliar todas as religiões, por meio de
certos dogmas pondo no mesmo nível: a queda do homem, a redenção, cabala,
emanação, contemplação, meditação transcendental etc.
Veja
bem, que isso parece ser extremamente atraente para algumas pessoas, e na
verdade o é, pois estas pessoas, como não estão interessadas num relacionamento
direto e profundo com a pessoa de Jesus, estão sempre abertas e dispostas a
misturar conhecimento e filosofias humanas, com aquilo que provém de Deus para
o homem. O gnosticismo foi mais uma tentativa diabólica em misturar o santo com
o impuro.
Infelizmente
até nos nossos dias, existem no seio da família cristã, pessoas que vivem a
doutrina gnóstica, são cristãos que entraram por essa porta, e por isso mesmo
não estão caminhando para o céu. Esta porta, modernamente, sob o pomposo nome de ECUMENISMO,
foi repaginada e está atraindo muitos
líderes cristãos em todo o mundo, sob a falsa bandeira de que temos
muito em comum uns com os outros, e que Deus é um só, o qual pode ser
encontrado em todas as religiões. Que todos os caminhos levam a Deus. Quanta
coisa boa não é? Que árvore mais bonita é essa! O fruto dela então é uma
maravilha, tão bonito, tão atraente, tão cheio de amor … para que brigar se
podemos estar todos juntos? E a isso se ajuntam outras doutrinas falsas, por
exemplo: Cristo não morreu na cruz, ele desmaiou e pelo fato de ter perdido muito
sangue, desidratou e entrou em estado cataléptico, quando o coração bate muito
lentamente e a respiração fica tão fraca que a pessoa parece realmente morta.
Dessa forma foi colocado no sepulcro aberto numa rocha, onde havia ar
suficiente, e depois de 36 horas de sono profundo, seu organismo reagiu e Ele
tornou de uma espécie de coma! Terrível não é? Mas não foram pessoas ímpias que
criaram esta teoria e sim “teólogos”. Ora se ele não morreu, também não
ressuscitou; se não ressuscitou então a doutrina da ressurreição cai por terra,
e a doutrina da salvação que inclui a morte substitutiva de Cristo como o
Cordeiro de Deus, falece e tudo o mais no que cremos perde seu valor por
completo. A partir desse ponto, um novo personagem vai surgir para dar ao homem
a vida que ele realmente precisa ter. Livre das leis e regulamentos de Deus. O
homem adquire mais uma vez a consciência e o conhecimento e terá de vez seu
destino separado de Deus.
Quão terrível é esta perspectiva, mas é exatamente o que vai acontecer
com todos aqueles que deixarem a doutrina de Cristo e dos apóstolos para
seguirem a doutrina do anjo caído. O primeiro homem foi expulso do paraíso e
teve o caminho da volta barrado por uma espada de fogo que se movimentava – uma
representação da Palavra de Deus, que é uma espada de dois gumes e tão afiada
que penetra na divisão entre as juntas e as medulas. De fogo, pois a Palavra de
Deus é como o fogo que consome todo o mal a sua volta. Essa mesma palavra
impedirá que os heréticos, os gnósticos, os seguidores de Balaão e os
adoradores da besta, encontrem o caminho para o Céu.
Mais recentemente, para além de todos os movimentos e ventos
supostamente provindos do Espírito Santo, como a “bênção de Toronto” e o G-12 (um
movimento surgido na Colômbia no fim do século passado para preservar a igreja
local dos ataques dos guerrilheiros das FARC que sistematicamente atacavam as
igrejas em busca de jovens para torná-los guerrilheiros, o qual foi introduzido
e modificado no Brasil),
mais uma heresia está sendo introduzida com muita força dentro da Igreja, a
qual ensina que Cristo já veio muito tempo atrás, por isso não haverá
arrebatamento, o céu é aqui mesmo, e que o homem viverá eternamente na
terra.Veja quanta desgraça se instala com um começo tão bonito que vem do fruto
que a árvore chamada CONHECIMENTO
HUMANO produz.
A PORTA DA ADESÃO: Esta porta abriu-se quando em
313ad, Constantino, que lutava para ser o Imperador de Roma, aderiu ao
Cristianismo, motivado por uma visão que teria tido em 27/10/0312, as vésperas
da batalha da Ponte Milvia. Segundo a lenda, ou história, ele teria visto a
forma de uma cruz no horizonte, ao entardecer, e ouviu uma voz que lhe dizia:
“sob este símbolo, tu vencerás”. Ele acreditou que aquilo era uma mensagem de
Deus, do Deus dos cristãos para ele, e
apesar de toda a desvantagem venceu a batalha e tornou-se Imperador de
Roma, ao assumir o governo, decretou o fim da perseguição aos cristãos.
Constantino e o fim da perseguição
Nos primórdios do século IV, Constantino terminara com a
clandestinidade dos cristãos, outorgando-lhes certos privilégios e permitindo a
construção de grandes templos. Em 313, através do Édito de
Milão, o imperador decretara a liberdade de culto para os cristãos e o fim do
paganismo como religião oficial do Império Romano. Constantino
foi o primeiro governante do Império Romano de credo católico, embora não fosse
batizado até pouco antes de falecer. Com ele começava uma nova época para a
igreja, até tornar-se, em 380, através do
Édito de Tessalônica, promulgado por Teodósio, na religião oficial tanto no
Oriente quanto no Ocidente. Dessa forma as pessoas não recebiam nem
confessavam a Jesus como seu Senhor e
Salvador, tornaram-se cristãs por decreto.
De todas esta foi a mais eficiente e produz terríveis efeitos até hoje.
No
entender de Henry H. Halley, esta foi a pior calamidade que já sobreveio à
Igreja. O grande objetivo da Igreja tem
sido alcançar as pessoas com a pregação do evangelho e ver nelas uma mudança de
vida ao aceitarem a Cristo como seu Senhor. Mas pelo édito de Teodósio, as
conversões não eram espontâneas, mas sim praticamente forçadas. Dessa forma, os
templos ficaram cheios de pessoas sem a experiência do novo nascimento.
Esta
intromissão do Império Romano na Igreja
trouxe para dentro dela a força material, mudou a sua natureza simples e pacífica,
tornando-a mais parecida com uma organização política. E fê-la entrar num
período de apostasia, que em muitas partes perdura até os nossos dias. Em princípio, parecia que a Igreja tinha
conquistado o Império Romano, mas o que aconteceu, na verdade, é que a Igreja,
a eleita, a Noiva do Cordeiro, acabou por ser conquistada pelo Império, pois
este imprimiu nela o seu próprio caráter. Longe de ter sido a cristianização
do Império Romano, mais certo seria chamar isso de a
romanização da Igreja Cristã.
UMA PORTA CHAMADA INVERSÃO DE
VALORES
Não satisfeito apenas com todo o dano causado à Igreja, no quarto século
da história do cristianismo, Satanás decidiu plantar uma semente terrível sob a
forma de celebrações, as quais eram tipicamente pagãs e foram introduzidas no
seio da Igreja por meio da porta da adesão. Tomando como base a celebração
judaica da páscoa do Senhor conforme ensina a Palavra de Deus em Êxodo 12.2-11,
os bispos do quarto século introduziram por volta dos anos 325 a 330 A.D, uma
celebração que embora em princípio e como justificativa para a sua implantação
tivesse algo a ver com a morte e ressurreição de Cristo, foi ao longo dos
tempos se deteriorando de tal forma que em nossos dias a maioria somente olha
para a páscoa como um bom tempo para se comer chocolate.
Para melhor explicar como isso aconteceu, tomei a liberdade de coletar
alguns textos, os quais transcrevi e apresento com os devidos créditos aos seus
autores.
A verdadeira
História da Páscoa
Muito
antes de ser considerada a festa da ressurreição de Cristo, a Páscoa anunciava
o fim do inverno e a chegada da primavera. A Páscoa sempre representou a
passagem de um tempo de trevas para outro de luzes, isto muito antes de ser
considerada uma das principais festas da cristandade. A palavra “páscoa” – do
hebreu “peschad”, em grego “paskha” e latim “pache” – significa “passagem”, uma transição anunciada pelo
equinócio de primavera (ou vernal), que no hemisfério norte ocorre a 20 ou 21
de março e, no sul, em 22 ou 23 de setembro.
A páscoa
judaica (em hebraico פסח, ou seja, passagem) é o
nome do sacrifício executado em 14 de Nissan segundo o calendário judaico e que
precede a Festa dos Pães Ázimos (Chag
haMatzot). Geralmente o nome Pessach
é associado a esta festa também, que celebra e recorda a libertação do povo de
Israel do Egito, conforme narrado no livro do Êxodo.
A festa
cristã da Páscoa tem origem na festa judaica, mas tem um significado diferente.
Enquanto para o Judaísmo, Pessach representa
a libertação do povo de Israel no Egito, no Cristianismo a Páscoa representa a
morte e ressurreição de Jesus (que supostamente aconteceu na Pessach) e de que a Páscoa Judaica é
considerada prefiguração, pois em ambos os casos se celebra uma “libertação do
povo de Deus”, a sua passagem da escravidão (do Egito/do pecado) para a
liberdade.
De
fato, para entender o significado da Páscoa cristã é necessário voltar para a
Idade Média e lembrar dos antigos povos pagãos europeus que, nesta época do
ano, homenageavam Ostera, ou Esther – em inglês, Easter quer dizer Páscoa.
Ostera
(ou Ostara) é a Deusa da Primavera, que segura um ovo em sua mão e observa um
coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés nus. A
deusa e o ovo que carrega são símbolos da chegada de uma nova vida. Ostara
equivale, na mitologia grega, a Persephone. Na mitologia romana, é Ceres.
Estes
antigos povos pagãos comemoravam a chegada da primavera decorando ovos. O
próprio costume de decorá-los para dar de presente na Páscoa surgiu na
Inglaterra, no século X, durante o reinado de Eduardo I (900-924), o qual tinha
o hábito de banhar ovos em ouro e ofertá-los para os seus amigos e aliados.
Por que o ovo de
Páscoa?
O ovo é
um destes símbolos que praticamente explica-se por si mesmo. É uma célula que
uma vez fecundada contém o germe, o fruto da vida, que representa o nascimento,
o renascimento, a renovação e a criação cíclica. De um modo simples, podemos
dizer que é o símbolo da vida.
Os
celtas, gregos, egípcios, fenícios, chineses e muitas outras civilizações
acreditavam que o mundo havia nascido de um ovo. Na maioria das tradições, este
“ovo cósmico” aparece depois de um período de caos.
Na
Índia, por exemplo, acredita-se que uma gansa de nome Hamsa (um espírito considerado o “Sopro divino”), chocou o ovo
cósmico na superfície de águas primordiais e, daí, dividido em duas partes, o
ovo deu origem ao Céu e a Terra – simbolicamente é possível ver o Céu como a
parte leve do ovo, a clara, e a Terra como outra mais densa, a gema.
O mito
do ovo cósmico aparece também nas tradições chinesas. Antes do surgimento do
mundo, quando tudo ainda era caos, um ovo semelhante ao de galinha se abriu e,
de seus elementos pesados, surgiu a Terra (Yin) e, de sua parte leve e pura,
nasceu o céu (Yang).
Para os
celtas, o ovo cósmico é assimilado a um ovo de serpente. Para eles, o ovo
contém a representação do Universo: a gema representa o globo terrestre, a
clara o firmamento e a atmosfera, a casca equivale à esfera celeste e aos
astros.
Na
tradição cristã, o ovo aparece como uma renovação periódica da natureza.
Trata-se do mito da criação cíclica. Em muitos países europeus, ainda hoje há a
crença de que comer ovos no Domingo de Páscoa traz saúde e sorte durante todo o
resto do ano. E mais: um ovo posto na sexta-feira santa afasta as doenças.
Por que o Coelho de
Páscoa?
Coelhos
não colocam ovos, isto é fato! A tradição do Coelho da Páscoa foi trazida à
América por imigrantes alemães em meados de 1700. O coelhinho visitava as
crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na manhã de
Páscoa.
Outra
lenda conta que uma mulher pobre coloriu alguns ovos e os escondeu em um ninho
para dá-los a seus filhos como presente de Páscoa. Quando as crianças descobriram
o ninho, um grande coelho passou correndo. Espalhou-se então a história de que
o coelho é que trouxe os ovos. A mais pura verdade, alguém duvida?
No
antigo Egito, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. Alguns povos da
Antiguidade o consideravam o símbolo da Lua. É possível que ele se tenha
tornado símbolo pascal devido ao fato de a Lua determinar a data da Páscoa.
Mas o
certo mesmo é que a origem da imagem do coelho na Páscoa está na fertilidade
que os coelhos possuem. Geram grandes ninhadas! Assim, os coelhos são vistos
como símbolos de renovação e início de uma nova vida. Em união com o mito dos
Ovos de Páscoa, o Coelho da Páscoa representa a renovação de uma vida que trará
boas novas e novos e melhores dias, segundo as tradições.
Por que a Páscoa
não acontece no mesmo dia todos os anos?
O dia
da Páscoa é o primeiro domingo depois da Lua Cheia que ocorre no dia ou depois
de 21 março (a data do equinócio). Entretanto, a data da Lua Cheia não é a
real, mas a definida nas Tabelas Eclesiásticas. (A igreja, para obter consistência na data da Páscoa decidiu, no
Concílio de Niceia em 325 D.C, definir a Páscoa relacionada a uma Lua
imaginária – conhecida como a “lua eclesiástica”).
A Quarta-Feira de Cinzas
ocorre 46 dias antes da Páscoa, e portanto a Terça-Feira de Carnaval ocorre 47
dias antes da Páscoa. Esse é o período da quaresma, que começa na quarta-feira
de cinzas.
Com esta definição, a data
da Páscoa pode ser determinada sem grande conhecimento astronômico. Mas a sequência
de datas varia de ano para ano, sendo no mínimo em 22 de março e no máximo em
24 de abril, transformando a Páscoa numa festa “móvel”.
{coletado no site:
ceticismo.net}
A origem do coelho e do ovo de páscoa
A páscoa comemorada hoje
Em consonância com a
palavra de Deus, a páscoa que se comemora hoje é nada mais que uma simples
festa pagã, pois não possui vínculo algum com a Páscoa instituída por Deus ao
povo Judeu, em comemoração a libertação da escravidão do Egito. Também não se
relaciona com a santidade da ceia que foi por Cristo, estabelecida em honra a
sua memória.
O que o povo comemora
então, se não uma festa de idolatria, paganismo e simbolismo sem fundamento
algum, como a aparição do coelho e do ovo de páscoa, algo puramente direcionado
para fins comerciais, e ainda usando o santo nome do Senhor em vão.
É preciso ter cuidado com
essas coisas que não sabemos a origem, coisas que tem aparência de santidade,
mas que subliminarmente são exaltação e veneração ao reino de satanás. Vamos
conhecer um pouco dessa história:
A ORIGEM DO COELHO E DO OVO COMO SÍMBOLOS DA PÁSCOA
A ORIGEM DO COELHO E DO OVO COMO SÍMBOLOS DA PÁSCOA
Os celtas utilizavam o ovo
nos rituais, pintavam os ovos e os enterravam, pois consideravam o ovo símbolo
de renascimento. Daí veio a lenda dos ovos da páscoa, que graças ao capitalismo
se tornou uma forma de comércio com os ovos de chocolate. E utilizava o coelho,
como representação da fertilidade, originando-se o reconhecido coelho da
páscoa.
O cristianismo (só de
aparência) fez com a páscoa exatamente como inventou com o Natal, apanhou uma
data onde já existia uma celebração, e criou uma nova história para que a
antiga fosse esquecida.
Atualmente até hoje Ostara,
assim como os outros 7 sabbahs, é praticada pelos Wiccans e seguidores do
antigo paganismo.
Segundo historiadores, a
civilização Celta teve sua origem numa área da Áustria, próximo ao sul da
Alemanha, donde se expandiu por toda a Europa, influenciando toda em região
através da cultura, das artes e da linguística.
Outra versão para a origem
dos Celtas, diz que eles teriam vindo do continente perdido de Atlântida,
migrando para a parte ocidental da Europa onde se desenvolveram.
A religião celta era rica
em simbolismos e rituais e baseava-se no culto a natureza e a deusa mãe, o que
fez com que a sociedade celta fosse esotérico-religiosa e matriarcal.
Justamente esse povo celta
que criou a fantasia do coelhinho e do ovo de páscoa pelo simbolismo e rituais
a deuses estranhos.
De tudo
o que acima lemos podemos inferir é que os homens substituíram o CORDEIRO, um
animal limpo e um tipo do Senhor Jesus Cristo pelo coelho que é um animal
imundo; O PÃO ASMO, sem fermento que é um tipo de pecado, pelo ovo, um símbolo
pagão da fertilidade e da origem da vida; e o sangue do cordeiro, que limpa e
tira todo o pecado do mundo, pelo chocolate, que curiosamente vem de uma fruta
chamada cacau, a qual em muito se assemelha a um ovo. Como alimento e em
pequenas porções é muito bom, mas para nada além disso serve, pois no campo
espiritual nenhum valor possui.
A VERDADEIRA IDENTIDADE DE PAPAI NOEL E AS ORIGENS DA CELEBRAÇÃO DO
NATAL
O
Papai Noel ou Santa Klaus como é
conhecido nos EUA, tem um passado muito mais distante do que você pode imaginar. Seu
verdadeiro nome é São Nicolau ou Saint Nicholas, mais próximo do Santa Claus americano.
Trata-se de um santo católico dos anos 300 da era cristã. Nascido em Patera na Turquia, Nicholas foi o filho de uma família rica que sonhava em ter um menino, mas sua mãe tinha dificuldades em engravidar. Após o nascimento do menino, diz a tradição católica, a criança sempre foi cercada de milagres e graças especiais.
Logo
se tornou monge, padre e aos 30 anos Bispo em Mira. Se tornou conhecido por seu
senso de justiça em proteger os inocentes. Quando sabia de uma família passando
por necessidades, jogava moedas de ouro embrulhadas em algum pano, pela janela
das casas; como as pessoas costumavam secar as meias nas janelas, as moedas
acabavam caindo dentro das meias, vindo daí o costume dos presentes dentro das
meias no natal.
Entregava
presentes escondidos e gostava de satisfazer os desejos das pessoas pobres. No
Concílio de Nicéia em 334, esbofeteou um bispo ariano por discordar da
divindade de Jesus. Morreu em 06 de Dezembro de 343 em Mira, e do seu túmulo
escorria um líquido viscoso que curava enfermos e paralíticos.
Tornou-se
um Santo popular, embora nunca fosse canonizado oficialmente pela igreja
católica; muito popular entre os comerciantes e marinheiros da idade média. Mas
é padroeiro das crianças também, depois do relato de um milagre de ressuscitar
3 crianças que teriam sido esquartejadas, e depositadas em tonel de conservas,
por um dono de pensão. Diz a tradição que São Nicolau apareceu na pensão e deu
ordem para as crianças saírem do tonel, e verificou-se estarem vivas e
intactas. Depois de esse relato ser espalhado pela Europa antiga, o Bispo se
tornou muito popular com as crianças. Freiras francesas passaram a distribuir
doces para as crianças no dia 6 de dezembro em comemoração ao dia do padroeiro.
Em 1082 marinheiros italianos roubaram da capela de Mira o corpo do padroeiro e
levaram para Bari na Itália, onde até hoje está o corpo e há comemorações
anuais. Com a ajuda dos marinheiros italianos em difundir seus milagres durante
as viagens, São Nicolau se tornou o santo mais conhecido da Europa. Na idade
média havia mais igrejas e catedrais batizadas com o nome deste santo, do que
de todos os apóstolos juntos!
Sua popularidade só era superada pelo menino Jesus e a virgem Maria.
Após isso
foram inseridas em suas histórias e milagres outros elementos pagãos. A figura
do deus alemão Voldan que voava pelo céu em uma biga ( espécie de carro de
guerra romano), e observava se as pessoas eram boas ou más, foi mesclada a de
São Nicolau; daí deriva o elemento da história de Santa Klaus, ou do Papai Noel, que voa em um trenó de renas e
observa as crianças com um telescópio, fazendo uma lista das crianças boas e
más.
A
associação do Santa Klaus, ou São
Nicolau ao natal foi feita a partir do hábito pagão de se presentear as pessoas
no natal cristão. Inicialmente uma festa religiosa, os elementos pagãos foram
sendo introduzidos com o passar do tempo e popularidade da festa. Outros
elementos como a árvore e oferendas (presentes) debaixo dela, foram
introduzidos. A partir daí a literatura e a mídia do século 19 foram associando
vários outros elementos como os duendes, o polo norte, as renas mágicas etc.
Mas a figura do Bispo vestido do vermelho característico do vaticano
permaneceu, com alguns detalhes pagãos acrescidos ao modelo da roupa.
Ainda
no século 19 as lojas americanas associaram essa imagem do velhinho que dava
presentes, às vendas nas lojas, quase que obrigando os pais a manterem a
tradição de se dar presentes às crianças – o vínculo comercial estava feito.
Em
1930 a Coca-Cola contratou um figurinista que desenhou o papai Noel que você
conhece: gordo, corado, com barbas brancas e muito alegre. O sucesso foi
explosivo. Papai Noel ou São Nicolau estava no mercado de tudo e de todos
definitivamente. Não pense que a figura de um santo católico, justamente em
cima da figura do menino Jesus no natal, seja mera coincidência... as crianças
não sabem mais quem foi Jesus, mas certamente sabem que é o Papai Noel. Só
ignoram que isso é uma tradição católica reavivada no mais alto estilo
capitalista. Não há nada de cristão nesses símbolos ou costumes; papai Noel não
se trata de cultura, mas sim de tradição católica. Apesar de ter sido um bispo,
Nicolau foi católico e seguia as tradições de sua igreja, da qual os
protestantes e evangélicos se separaram.
Como
você mesmo pode ver, não foi algo que surgiu do dia para a noite, mas sim
plantado e regado com muitos sinais e prodígios da mentira ao longo de séculos
até chegar aos nossos dias com a roupagem que hoje conhecemos. Mas são mentiras
tão bem articuladas que levam muitos cristãos em toda a face da terra a olharem
para a páscoa e para o natal de uma maneira completamente dissociada do
contexto bíblico.
Enquanto
que na páscoa o cordeiro virou coelho, no natal Jesus se transformou no “bom
velhinho”, o famoso papai Noel ou o “pai natal” dos portugueses. É desta forma
que pouco a pouco Satanás vai invertendo os valores dentro da Igreja, até ao
ponto em que ela deixará de reconhecer a Jesus Cristo como o filho de Deus e
receberá o anticristo como sendo o verdadeiro Cristo de Deus.
A
propósito do natal de Jesus e do costume que muitos cristãos tem de colocarem
no seu jardim ou mesmo dentro de suas casas uma árvore chamada pinheiro ou uma
imitação enfeitada como bolas coloridas e lâmpadas eu me sinto na obrigação de
te contar uma experiência pela qual eu passei em Dezembro de 2003 na cidade de
Johannesburg na África do Sul.
Cerca
de oito anos antes, em 1995 eu fui morar numa casa que tinha ao lado uma árvore
chamada de cedro do Líbano, muito semelhante ao pinheiro por ser uma conífera,
daquela árvora caiu uma semente no meu jardim e se formou numa muda muito
pequena e frágil. Eu cuidei dela sempre mudando de um lugar para o outro a fim
de que pudesse crescer e se tornar numa linda árvore.
Em
2003 já tinha mais de dois metros de altura e bem formada como um verdadeiro
pinheiro desses que a gente vê nos filmes e nas propagandas de natal. O que eu
fiz? Peguei naquela árvore, coloquei bem no pátio da minha casa e enfeitei com
muitas lâmpadas coloridas e de noite acendi. Ficou muito bonito. Já faziam
anos, desde que eu fora para o campo missionário que deixara de lado esse
hábito embora por ignorância espiritual e falta de conhecimento e vigilância
não me desse conta do erro que antes praticava. Naquela noite, por volta de
duas da manhã veio um anjo ao meu quarto e me chamou, sentei na cama meio
atordoado com aquela presença santa pois cada vez que isso tinha acontecido
algo muito sério iria suceder. Ainda de olhos fechados eu ouvi a voz daquele
ser que me falava muito triste assim dizendo: “POR TODOS
ESTES ANOS, DESDE QUE ENTREGASTES A TUA VIDA EM MINHAS MÃOS EU TENHO CUIDADO
PESSOALMENTE DE TI E DA TUA FAMÍLIA. NUNCA HOUVE UMA SÓ NOITE EM QUE EU NÃO
ESTIVESSE A PORTA DA TUA CASA TE GUARDANDO E PROTEGENDO DE TODO O MAL. MAS
HOJE, POR CAUSA DAQUILO QUE COLOCASTE ALÍ NA TUA PORTA EU NÃO PUDE FICAR LÁ E
FAZER O QUE SEMPRE TENHO FEITO. POR QUE TU FIZESTES ISSO? TU TENS IDÉIA DO QUE
PUSESTE NA ENTRADA DA TUA CASA? NÃO SABES QUE AQUILO NÃO VEM DE MIM E QUE EU
NÃO ME AGRADO DISSO?” Depois de assim falar aquele ser
santo se foi e eu fiquei alí no escuro e de joelhos e passei algum tempo me
arrependendo e pedindo a Deus que me perdoasse e prometendo que nunca mais eu
faria aquilo. Na mesma hora acordei toda a minha família e contei a eles o que
me acontecera, juntos fomos até a entrada da casa e retiramos aquele símbolo
pagão da nossa porta. Algum tempo depois eu levei aquela árvore dei ao meu
filho que a plantou no seu jardim, mas seja pela razão que for a árvore morreu
pouco tempo depois.
Hoje
me doi ver nossas igrejas “enfeitadas para o natal”, “árvores de natal” na
entrada e até mesmo no púlpito das igrejas. Cultos natalinos nos quais obreiros
se vestem de papai noel e dão presentes para as crianças. Imagina você, se isso
ofendeu ao Senhor do lado de fora da minha casa, como Ele deve se sentir vendo
isso dentro da Casa Dele?
VOCÊ NÃO
ACHA QUE JÁ É TEMPO DE ACORDARMOS DESSA LETARGIA RELIGIOSA QUE NOS ACOMODOU E
NOS FEZ ADORMECER?
A PORTA DA ACOMODAÇÃO
Esta
porta causou mais danos à obra do evangelho do que as outras que mencionamos.
Primeiramente os judeus-cristãos se acomodaram e mais tarde os demais cristãos
também entraram por essa porta, pois diferentemente da primeira, ela não
parecia uma porta infernal, parecia mais um tempo de refrigério e bênçãos, no
qual todos estavam muito acomodadinhos em suas casa ou cenáculos, partindo
convenientemente o seu pãozinho-de-cada-dia. Cada novo convertido (vindo do
judaísmo) repartindo com outro, recebendo o poder do Espírito Santo, fechando-se
numa caixa muito bonita chamada “filhos da promessa”, e negando aos outros a
oportunidade de também conhecerem a Cristo.
A
porta da acomodação é aberta quase sempre após um período de perseguição (que é
quando a Igreja mais ora), pois deixando de haver luta, deixando de haver
perseguição, o povo quase que naturalmente se acomoda, e um dos primeiros
sinais de acomodação é falta de oração, ou abrir mão da necessidade de estar na
presença de Deus.
Na
primeira vez, o inimigo usou como artifício o judaísmo, pondo na cabeça dos
primeiros cristãos que a salvação era somente para os judeus, com isso eles se
acomodaram principalmente em Jerusalém, ficaram gordinhos espiritualmente
falando e com isso se criou um grande obstáculo para que o evangelho fosse levado
até aos gentios.
Depois
da primeira fase da Igreja, nos séculos seguintes, a acomodação foi parte do
dia-a-dia da Igreja. E hoje ela está mais forte do que em qualquer outra época,
especialmente nas nações do ocidente, e naquelas que vivem em regimes politicamente
mais abertos.
É
com tristeza que sou levado a afirmar que esta porta tem produzido melhores
resultados contra a Igreja do que qualquer outra, pois os cristãos acomodados oram pouco,
evangelizam menos ainda, contribuem com miserabilidade no coração, são
murmuradores, divisionistas, legalistas, seguem mais o farisaísmo e o saduceísmo
modernos do que o cristianismo autêntico. Não querem saber de jejuar, relegam
sempre o trabalho de evangelismo e missão externa a último plano, embora na
aparência defendam e falem muito sobre isso na Igreja. Estão muito mais
inclinados a investir na construção de templos monumentais do que investir
verdadeira missão da Igreja. A maioria está mais preocupada em reunir um grande
patrimônio, físico e financeiro [templos, escolas, centros diversos, granjas,
chácaras, recreamento, emissoras, canais de TV, veículos etc], do que investir
seriamente em evangelismo e missões.
Há nas igrejas hoje dinheiro para tudo, menos para financiar a pregação
e propagação do Evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Uma das
maiores denominações evangélicas em todo o mundo, nos Estados Unidos, que no
século passado trabalhou muito na evangelização mundial, reduziu drasticamente nos últimos 15 anos o
número de missionários espalhados pelas nações. Essa grande organização algum
tempo atrás, usou todo o dinheiro que tinha recebido das igrejas e dos doadores
para investir na obra missionária e gastou
renovando toda a estrutura física da sua sede mundial de missões, a qual
tinha mais de 400 funcionários ( mas no
campo não chegava a ter 500 missionários), incluindo mobília, computadores,
equipamentos diversos, automóveis etc, desperdiçando milhões de dólares, que
poderiam ter sido investidos em mais
trabalho missionário ao redor do mundo.
Essa mesma organização, quando consultada por um obreiro bem formado,
que já pastoreava uma igreja, mas cujo coração ardia em participar do desafio
de fazer missão externa, respondeu que
o seu orçamento não lhe permitia financiar mais pessoas para o campo
missionário. Mas na mesma altura,
“reverendos” recém formados nas faculdades e seminários teológicos,
todos com pós graduação e alguns com doutorado, porém sem nenhuma experiência
do viver com Cristo, foram contratados com altos salários, para chefiar novos
departamentos que tinham sido criados. Estes são os chamados
missionários-teóricos, pois “sabem muito” sobre missões (atrás de uma mesa),
porém, nada contribuem em efetivo para o
crescimento da obra missionária.
Isso nada mais é do que ACOMODAÇÃO,
quando o clamor do apóstolo Paulo na carta aos romanos foi: “Rogo-vos, pois,
irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício
vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto racional. E não vos
conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso
entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita
vontade de Deus”. (Rm 12.1,2)
Na acomodação deixa de haver investimento em evangelismo. Os desafios da
Igreja passam a ser subjetivos e não objetivos. Ela começa a olhar para dentro
de si mesma e a imobilização torna-se a maior opção. É terrível o que essa
porta causa em termos de perda de visão e alcance na vida da Igreja.
Além destas que foram mencionadas, muitas outras portas têm sido abertas
pelo inferno na direção da Igreja com a intenção de atraí-la para suas ciladas.
Estas portas, na verdade, têm atraído muitos e causado danos enormes à obra que
a Igreja realiza na terra.
As
que mencionamos até agora, com detalhes, foram as principais, mas há muitas
outras que também existem: as portas
do mundanismo ou do liberalismo cristão, em que a Igreja perde a sua
característica de santidade e separação do mundo, ficando mais identificada com
o mundo do que com Cristo. Para exemplificar bem como essa porta está bem
aberta e atuando de maneira muito forte dentro da Igreja, vou te apresentar
agora uma pequena alegoria que preparei para comparar
o estado de parte da Igreja de nossos dias com a lenda do cavalo de Troia.
A IGREJA E
O CAVALO DE TROIA
Em Ct 6.10; lemos: Quem é esta que aparece como a alva do dia, Formosa
como a lua, brilhante como o sol, formidável como um exército com bandeiras?
Este versículo, trás um conteúdo profético de
extraordinária semelhança e aplicação à Igreja, assim como às diferentes fases
que ela tem vivido.
A
primeira parte: “Quem é
esta que aparece como a alva do dia” podemos
identificar com a primeira fase da Igreja. Desde a gloriosa revelação de Deus a Moisés no Monte Sinai,
quando as leis foram dadas ao povo de Israel, para que pela obediência delas a
humanidade um dia pudesse ser alcançada pelo favor de Deus, e ocorreu
exatamente o contrário; Israel se afastou de tal maneira da vontade do Senhor
que tornou-se apenas mais uma nação escravizada pelo poderio de Roma. O culto
ao Senhor em Israel era apenas uma caricatura do que a lei prescrevia, pelo
fato de o povo viver oprimido pelo Imperador Romano, o qual era tido como um
deus, e exigia que seu busto e seus estandartes tivessem lugar no Templo do
Senhor.
Após 400 anos de silêncio, chamado período interbíblico, que vai de
Malaquias a Mateus, num belo dia, uma virgem na pequena cidade de Nazaré da
Galiléia recebe a visita de um anjo, o qual diz que ela tinha sido escolhida
para abrigar em seu ventre aquele que seria o Salvador da humanidade (Lc
1.26-38). Um pouco antes, Deus visitara também sua prima Isabel que era estéril
e lhe dissera que do ventre dela sairia um com o mesmo espírito, chamado e
convicção de Elias, o qual seria o precursor do Messias (Lc 1.13-17; 39-45).
Aproximadamente 33 anos depois,
nasce a Igreja, gerada pelo poder do sangue derramado no calvário, gerada pelo
poder da ressurreição do Cristo de Deus, e pelo poder do Espírito Santo do Deus
Todo Poderoso. E após quase 450 anos de total escuridão e total silêncio, como o dia que
nasce, em tempo de inverno, quando o sol custa um pouco mais a aparecer, NASCE
A IGREJA, surge como a alva do dia. No meio de toda a obscuridade político
religiosa dos tempos de Jesus Cristo, com o grande final na cruz, a Igreja
nasce, entre o céu e a terra, no cimo do monte calvário, tendo regada a sua
semente pelo precioso sangue do Cordeiro de Deus.
A partir daqui começa a cumprir-se
nela a profecia do Senhor Jesus em Mt 16.18, assunto sobre o qual nos reportamos
com mais detalhes anteriormente. Isso vai até ao ano 313, quando o Imperador
Constantino, segundo conta a história, teria aceitado o Deus dos cristãos e
“professado” uma adesão ao cristianismo. O certo é que a Igreja ficou tão
entusiasmada com a adesão de Roma, que acabou se romanizando, aceitando todos
os ritos e costumes dos romanos, como parte da liturgia da igreja. Os cristãos
verdadeiros não aceitaram isso, uma parte da Igreja fica romanizada, a outra
vai de volta as catacumbas e permanece
fiel ao Senhor Jesus. Aqui ela deixa de ser aquela que aparece como a alva
do dia e se torna naquela que aparece Formosa como a lua.
Pois assim como a luz da lua só pode ser realmente
vista e apreciada quando a noite está mais escura, assim também a Igreja daquele
período.
Perseguida em todas as partes do
mundo pelos Papas e pelo clero romano, ela sobrevive milagrosamente por mais de
1200 anos, até que em 1517, um monge alemão, Martin Luther, inicia um movimento
chamado de reforma protestante, que rapidamente espalhou-se pela Europa, pois
havia muitos corações, mesmo dentro do clero romano, ansiosos por algo que os
ajudasse a se libertar da opressão dos dogmas e viverem a Palavra de Deus.
Nesses 1200 anos de história, produziram-se os maiores mártires da Igreja. Mas
agora, embalada pelo cântico do hino CASTELO FORTE,
escrito por Martinho Lutero, com base nos salmos 46 e 91, a
Igreja aparece brilhante como o sol, no esplendor de sua força, após
a longa noite de 1200 anos, como o sol no verão, quando o dia surge mais
cedo.
Fortalecida na Graça e no Poder do
Senhor e do seu Espírito Santo, ela rompe as cadeias impostas pelo Império
Romano Religioso e se lança pelo mundo em busca das almas perdidas. Esse é o
período em que vivemos, mas hoje, infelizmente, nichos de escravidão se podem
ainda encontrar, de forma sutil, inteligente, labiosa mesmo, o nosso inimigo
tem conseguido laçar, aprisionar e desviar parte da Igreja protestante. Para
que possas entender isso, preciso te contar uma história: A história do
Cavalo de Troia.
De acordo com a
lenda associada à conquista de Tróia pela Grécia, na chamada Guerra de Tróia, um grande
cavalo foi deixado junto às muralhas de Tróia. Construído em madeira e oco, no
seu interior, o cavalo abrigava alguns soldados gregos dentro da sua barriga.
Deixado à porta da cidade pelos gregos, os Troianos acreditaram que ele seria
um presente como sinal de rendição do exército inimigo. Assim, o presente
entrou na cidade e os troianos muito alegres, festejaram com muita bebida a
“vitória” pelo fato de acreditarem que os gregos tinham abandonado a luta.
Durante a noite, os soldados
gregos que estavam dentro do cavalo, aproveitando-se do fato dos troianos
estarem embriagados e dormindo, deixaram o artefato e abriram os portões da
cidade. O exército grego pôde assim entrar sem esforço em Tróia, tomar a
cidade, destruí-la e incendiá-la.
O
que isso tem a ver com a Igreja?
Durante mais de quatro séculos a Igreja fortalecida pela reforma,
resistiu tenazmente as investidas do mundo e de Roma, que pela perseguição,
intimidação, poder econômico, poder político, sociedades secretas etc, tentou
de todas as formas penetrar, influenciar e deter o crescimento da Igreja do
Senhor Jesus Cristo. Mas sem sucesso, pois fortalecida pela Palavra de Deus, a
Igreja resistiu bravamente aos ataques frontais do adversário.
No entanto, ao meio dos anos 50 do século 20, num triste dia, a Igreja
vê, bem na sua porta o animal mais estranho que jamais tinha visto,
estranhíssimo de fato. Tinha uma
aparência completamente fora do comum. E de acordo com o ângulo, a visão, ou a
perspectiva do interessado podia ter aparência, de leão, touro, ou até mesmo
cordeiro. Se pudéssemos descrevê-lo como um cavalo, ele seria mais ou menos
assim: grande o bastante para impressionar pelo tamanho, belo e branco, mas
olhando bem, parecia ser Moreno, muito estranho isso! Com uma linda crina
dourada, ou preta, frisada e trançada, a cauda também loura ou preta, e
trançada, com pendentes, brincos ou pingentes nas orelhas, alguns tendo a forma
de uma cruz de cabeça para baixo,
colares, pulseiras em todas as patas, lábios bem torneados e pintados,
cílios alongados e pintados, ora usava terno e gravata, ora saias curtíssimas,
ora calças femininas bem ajustadas ao corpo, e o mais estranho de tudo é que
esse animal parece ser hermafrodita, pois numa hora fala como homem e noutra
fala como mulher.
Falando muito bem das coisas de Deus, pregando sobre fé, prosperidade,
cura divina, bem estar na terra, sobre o imenso amor de Deus que jamais mandará
o homem para o inferno, e principalmente que Deus quer somente o coração, e
utilizando o versículo que diz: “Aquele que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei
fora”(Jo 6.37) para afirmar que ninguém perde a
sua salvação e que uma vez salvo, salvo para sempre. Cantando e dançando como homem
ou como mulher em ritmos bem mundanos; falando em línguas e profetizando e até
mesmo realizando alguns sinais, prodígios e maravilhas da mentira. (2Ts
2.9,10), afora outras coisas impressionantes que esse animal pode fazer.
Vendo isso, uma parte da Igreja ficou feliz e acreditou que o inimigo
tinha desistido da perseguição, e que o tempo de cantar havia chegado, abriu suas portas para que esse animal
[espírito imundo] mitológico pudesse entrar, e ele entrou. Entrou no púlpito
influenciando toda a liturgia dos cultos, entrou na música, trazendo para a
Igreja ritmos que não condizem com o ambiente do culto a Deus, entrou nas
mensagens propagando um evangelho sem a cruz de Cristo, entrou na vida dos
cristãos mudando seu modo de falar, agir e até de se vestir, entrou nos
gabinetes pastorais e na administração eclesiástica, decretando novos rumos
para a igreja. Quando o cavalo entrou, tudo começou a mudar e por causa
disso uma parte da Igreja perdeu sua
identidade.
O
problema maior a ser resolvido é que, a Igreja
identifica-se e alimenta-se com a Palavra de Deus; que em Ex 12.5-9, nos mostra qual o tipo de animal
que deve ser parte de nossa vida; O Cordeiro de Deus, não o cavalo do mundo. O
versículo 9 nos diz que devemos comer a cabeça, as pernas e as entranhas do
cordeiro para termos comunhão plena com Deus e a salvação que Ele nos oferece.
Mas não é isso que sai do interior do cavalo. Enquanto o cordeiro é um animal
limpo, o cavalo é animal imundo. Ao permitir que o cavalo entre na nossa vida,
passamos a pensar como ele, andar como ele e viver como ele, mas não é isso que
Deus quer para a Sua Igreja. É com tristeza que vemos muitos cristãos mundo
afora enganados por essa artimanha de Satanás e andando pela vontade do cavalo
e não pelo coração do cordeiro.
A Igreja tem permitido que o mundo entre nela, e em vez dela influenciar
o mundo, na verdade está sendo influenciada cada dia mais pelo mundo. Qual o
remédio para isso? Creio que dentro deste livro a resposta virá.
De
acordo com o nível cultural ou tradições de cada povo, o inferno tem
providenciado uma porta para atrair os cristãos.
Originária da África e com
penetração em todo o mundo, especialmente nas Américas do Sul e Central, temos
a porta chamada sincretismo religioso;onde os ídolos e deuses
pagãos, na maioria demônios que são adorados por povos mais primitivos, tem
sido introduzidos no meio da Igreja cristã de credo romano. A propósito disso,
causou muita confusão um fato ocorrido uns dois anos atrás, no estado da Bahia,
quando um sacerdote católico participou de uma romaria dedicado a um deus
africano e em seguida oficiou uma missa vestido como se fosse um “pai de santo”
e tendo a cooperação de vários representantes da religião chamada “Candomblé”.
Nesse contexto se enquadram as feitiçarias, bruxarias de modo geral, o
voodoo, os “santos” da umbanda brasileira, a adoração prestada a Yemanjá, que
no ritual sincretista é comparada a Maria [o que é uma tremenda heresia], Yara,
a rainha das águas, etc. A história sempre nos mostra como estas coisas vêm a
acontecer. Isto se deu desta forma: no afã de
conquistar os povos de raça negra, os missionários cristãos, tanto católicos
como evangélicos, permitiram e admitiram uma série de concessões, ao que eles
chamaram de inclusão cultural, e dentro dessas concessões a aceitação de
ídolos, símbolos e ritos de natureza pagã. O mesmo aconteceu com aqueles que
foram trazidos da África como escravos, os quais pouco a pouco foram
introduzindo suas crenças, ritos e ritmos no meio das sociedades tidas como “brancas”.
E como para os escravagistas o negro não tinha alma, ficou bem mais fácil para
o Diabo usar isso como uma porta, na direção dos cristãos, a qual está tão em
moda hoje, como estava a um século atrás.
Eu
tive sérios problemas com alguns missionários que me disseram que eu não tinha
o direito de interferir na cultura do povo africano, por que eu sempre
ministrei e ensinei contra o adultério e a poligamia, prática muito comum entre
os homens africanos que se permitem o direito de ter tantas esposas quantas
queiram. Alguns deles, quando questionados por alunos de nossa escola bíblica,
chegaram ao absurdo de dizer que Abraão teve Sara e Hagar, Moisés teve duas
esposas, Davi, Salomão, etc.
Para as culturas tidas como “mais” evoluídas existem as formas deturpadas
do cristianismo, as quais se constituem
na verdade em portas que acabam atraindo pessoas, que querem ser cristãs,
mas não entraram pela porta que se chama
Cristo. Por exemplo, o esoterismo-cristão,
cientologia, Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (a
igreja mórmon), Testemunhas de Jeová, todas são apenas seitas-falsas, que se
auto-proclamam cristãs autênticas.