Tuesday, January 14, 2020

ARREBATAMENTO DA IGREJA: COMO SERÁ?

Acerca deste importante tema, especialmente nos ultimos 180 a 200 anos, a Igreja tem se debatido em apaixonados mas nem sempre tão bíblicos debates. A verdade é que até os idos de 1830 aproximadamente, não havia, pelo menos daquilo que se conhece como parte da história da Igreja, qualquer duvida acerca do retorno do Senhor Jesus a este mundo para vir buscar sua Igreja, conforme Ele mesmo assim o prometeu, um pouco ante de ascender ao céu.

Mas por volta de 1580, um padre jesuita de nacionalidade chilena, de origem judaica, cuja família tinha sido convertida a força pela "santa inquisição", escreveu um livro que timidamente lançou as raizes para essa doutrina, o que podemos ver no artigo que transcrevo a seguir, com os devidos créditos ao seu autor.

As raízes da teoria do arrebatamento secreto (Gerhard Pfandl )


As raízes desta teoria podem ser traçadas desde o tempo da Contra-Reforma. Os reformadores Protestantes do décimo sexto século identificaram o papado como o anticristo da profecia.2 Vários estudiosos Jesuítas se incumbiram da tarefa de defender o papado contra estes ataques. O cardeal Robert Bellarmine (1542-1621), diretor da Universidade Jesuíta em Roma, procurou anular o princípio profético dia-ano como prova para os 1.260 anos do regime papal.3 O Jesuíta Espanhol, Francisco Ribera (1537-1591) projetou as profecias sobre o anticristo para o futuro (futurismo), e outro Espanhol, Luis de Alcazar (1554-1613), argumentava que estas profecias já foram cumpridas no tempo do Império Romano (preterismo).
O preterismo de Alcazar logo foi adotado pelo Calvinista Hugo Grotius (1583-1645) na Holanda, e com o tempo se tornou o método favorito para a interpretação da profecia bíblica entre os teólogos liberais.
 Durante aproximadamente três séculos o futurismo esteve grandemente confinado na Igreja Católica Romana, até que em 1826 Samuel R. Maitland (1792-1866), bibliotecário do Arcebispo de Canterbury, publicou um panfleto de 72 páginas 5 no qual ele promoveu a ideia de Ribera de um anticristo futuro. Logo outro clérigo Protestante se voltou para o futurismo e começou a propaga-lo em todo o redor. Entre eles estavam John Henry Newman, líder do movimento de Oxford, que mais tarde se tornou um cardeal Católico Romano e Edward Irving, o famoso ministro Presbiteriano Escocês.

Aqui não se trata de perquirir, ou inquirir, acerca de doutrina denominacionalista, mas tão somente de ir buscar na própria história da Igreja as origens desse ensinamento. Dentro da história vamos encontrar origens e fundamentos de tudo, tanto do que é certo, como também daquilo que é errado.

No livro A FARSA DO ARREBATAMENTO SECRETO - RETORNANDO A SÃ DOUTRINA APOSTÓLICA, lançado pela Editora Saraiva, o autor, Zelio Cabral, nos apresenta o assunto de maneira resumida, como transcrevo a seguir:

A Igreja passa pela Grande Tribulação? Os pré-tribulacionistas afirmam que Deus não permitirá que a Igreja sofra no período da Grande Tribulação. Mas, não existe nenhum versículo bíblico que ensine que a Igreja não passará pela Grande Tribulação e nada existe também na Bíblia sobre uma Segunda Vinda de Cristo em duas fases ou etapas, separadas por sete anos de Grande Tribulação, e também não há nada sobre um arrebatamento “secreto”, pois não há nada de secreto e silencioso nos relatos que descrevem o arrebatamento daIgreja (1 Tessalonicenses 4.16-17; Mateus 24.31).Outra incongruência deste ponto de vista é a ideia de um arrebatamento para tirar a Igreja e o Espírito Santo da Terra antes da manifestação do anticristo. Se este fosse o caso, o anticristo seria anti o quê? Isto de remover a Igreja e o Espírito Santo e aí, sim, termos a conversão de Israel num período curto de 7 anos, é uma ofensa ao ministério da Igreja e do Espírito Santo; Um reducionismo da Missão da Igreja e do Espírito que promove escapismo e alienação, além deferir o bom senso. Neste livro, passarei a expor o ensino das Escrituras Sagradas a respeito deste assunto. Começarei mostrando que tanto Jesus como seus apóstolos advertem que a Igreja passará por muitas tribulações, inclusive pela chamada Grande Tribulação e que isto não é sinal de abandono ou derrota. Depois estudaremos os sinais que precedem a Segunda Vinda de Cristo. Demonstrando que o ensino bíblico é que o Arrebatamento da Igreja acontecerá após a Grande Tribulação, sendo parte integrante da Segunda Vinda de Cristo que é um evento único e visível para todos os habitantes da terra. Jesus destruirá o anticristo com o sopro de sua boca por ocasião da sua vinda. Por fim, depois de demonstrar a falta de base bíblica do ponto de vista pré tribulacionista, tecerei algumas considerações sobre a preocupante origem de tal doutrina, que não tem a Bíblia com sua fonte de inspiração, mas uma visão profética de uma pessoa do século XIX. A Igreja, a perseguição e o martírio cristão. Jesus deixou claro que o primeiro requerimento para se tornar cristão é “tomar a cruz”(Marcos 8.34). Jesus disse também que “não é o servo maior do que seu Senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros” (João 15.20), devendo o discípulo sempre ter a consciência de que, seguir o Servo Sofredor, que na cruz morreu, é se identificar com ele em todos os sentidos, não somente na glória da sua ressurreição, mas também na dor de seu sofrimento na cruz. E Paulo deixa bem claro que o cristão possui uma sina de sofrimento quando diz: “Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo, e não somente de crerdes nEle” (Filipenses 1.29).

Como você pode perceber apenas pela apresentação do tema, o autor se propõe não somente esclarecer e desvendar, mas também desmascarar os criadores dessa doutrina.
Nas postagens posteriores vou repassar outras informações sobre este assunto.