Sunday, June 14, 2015

O QUE SIGNIFICA SER CRISTÃO - IV

Nós temos desenvolvido um estilo de vida pessoal, fruto de circunstâncias, de problemas, de situações, e não paramos para olhar a nossa volta e ver se esse nosso estilo de vida está ajudando ou prejudicando os outros; temos muitos ditados populares e chavões para justificar nossa maneira de viver. Uns dizem: “O mundo é dos mais fortes”, outros dizem: “O mundo é dos mais espertos”, outros ainda acrescentam: “Só os mais fortes e inteligentes é que vencem” e por aí afora. Mas estará esse conceito de vida realmente correto? Pelo menos para nós cristãos, assim chamados por sermos seguidores do Senhor Jesus Cristo, será isso certo? Creio firmemente que não. Jesus Cristo não era fraco, Ele é a Sabedoria de Deus e ainda assim os homens o mataram porque Ele não andava nem vivia de acordo com a vontade e os planos deles. Ele viveu num mundo que precisava Dele, mas não o queria e ainda assim, gastou o seu tempo, parando e ensinando aquele que o queriam escutar. Quando soube que Lázaro estava doente, em vez de sair correndo para socorrer aquela família amiga, Ele preferiu ouvir a voz do Espírito Santo que lhe disse: “Anda devagar, demora um pouco no caminho, pois a obra que vou fazer através de ti é muito maior do que somente curar um enfermo. Tu vais ressuscitar um morto de quatro dias”. Você já parou para pensar um pouco sobre isso, olhando para o episódio da ressurreição de Lázaro (João 11.1-45) por esse ângulo? Ele podia ter ido logo para Betânia e efetuado a cura de Lázaro, provavelmente é isso que nós fariamos na pressa e imediatismo a que nos acostumamos. Mas Ele, por mais que os amasse muito (v.5) “Ouvindo pois que estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde estava” (v.6). Por mais que os amasse, soube por revelação, que Lázaro tinha de morrer para que a operação de maravilha fosse algo assombroso, nunca visto e indiscutível, pois o grande objetivo de Deus naquele milagre era não somente firmar o ministério terreno de Jesus, mas também envergonhar os murmuradores e pregar sobre a fé nele para Marta e Maria. Um pouco antes de ele operar o milagre da ressurreição, ouviu dos murmuradores: “…: Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer também com que este não morresse?” (v. 37) No entanto, ele não parou por causa da murmuração de alguns. Enquanto eles murmuravam ele disse aos murmuradores: “Tirai a pedra...”. Quanta pedra! Quantos embaraços e empecilhos ainda subsistem entre Deus e os milagres que Ele quer realizar no nosso meio. Por causa do imediatismo a que nos acostumamos acabamos por nos tornar incrédulos e murmuradores. Nos acostumamos a ser meros espectadores de milagres, a Igreja vive correndo atrás de milagres, sinais, prodígios e maravilhas, em vez de nos esforçarmos para sermos seguidores do Senhor Jesus; literalmente deixamos de segui-lo porque o amamos, mas corremos atrás Dele somente quando precisamos que Ele faça algo para nós. Muitos usam Deus e seu amado filhoa penas como um meio para conseguir aquilo que precisam, e os espertalhões fantasiados e travestidos de líderes religiosos aproveitam-se disso para explorar a boa ou má fé dos seus seguidores. Quanto mais caminharmos na vontade de Deus, mais poderemos experimentar a variedade do Seu poder em nós e através de nós. Precisamos parar um pouco com a nossa pressa, ela muitas vezes nos atrapalha e nos impede de ver e ouvir aquilo que Deus quer que façamos. É a Palavra de Deus que nos ensina: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.” (Ec 3.1) Aquele era o momento de subir no monte, assentar-se e ensinar algo para aquele povo que vivia distanciado de Deus.