Saturday, June 13, 2015

O que significa ser cristão - II

O cristianismo sem autenticidade é como o sal sem sabor, para nada serve, exceto ser pisado pelos homens. É com este sub título que quero iniciar esta segunda abordagem ao tema que tem como base o pensamento de Jesus Cristo sobre a Sua Igreja, o qual ele demonstrou naquilo que se conhece como o sermão do monte. É muito comum nós lermos nos jornais e/ou revistas seculares sobre o estilo de vida das pessoas que se destacam na nossa sociedade hodierna. Aqui, um político importante dá informações sobre sua vida e diz como é o seu dia-a-dia. Ali, um ator bem sucedido, ao explicar sobre como consegue manter sua forma física, tambem diz qual é o seu estilo de vida. Mais além, numa revista cristã, evangelistas ou famosos e bem-sucedidos pastores e/ou pregadores, falam sobre como chegaram ao sucesso. Uns tomam como exemplo a vida de Abraão, outros mencionam José no Egito, outros ainda referem-se a fidelidade de Daniel, ou a vida espartana de Paulo, etc, etc. E, de repente, nos vemos sonhando, nos vemos como um Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, Josué, Davi, Daniel, Elias, Paulo, etc, e esquecemos que Deus, ao criar-nos, fez de nós seres individuais, e nos criou à Sua própria imagem e semelhança, como a dizer-nos que não devemos nos espelhar em homem algum. Um dia, ao folhear um jornal cristão, deparei-me com o seguinte artigo: O ESTILO DE VIDA J.S. (por uma questão de ética deixo de mencionar o nome na íntegra), no qual, aquele pregador mencionava com detalhes sobre o seu estilo de vida, em como era um homem simples e sem luxos, como vivia numa simples mansão de quase uma dezena de quartos, tinha só dois grandes automóveis etc, etc, defendendo-se de acusações assacadas contra si, de que era um perdulário que gastava muito do dinheiro dado ao seu ministério. Embora sua defesa fosse justa para os nossos dias e o padrão do país onde ele vive, fiquei pensando em como um homem de Deus como Paulo, por exemplo, se sentiria ao ler uma defesa daquelas. Ele faria melhor se tivesse ficado em silêncio. Algum tempo depois, esse pregador, de renome internacional, arvorou-se em fiscal da vida alheia, começou a investigar outros colegas e expor publicamente os erros e as falhas deles, mas acabou contaminado pelo seu próprio veneno. Caiu numa armadilha criada por inimigos, e perdeu seu ministério por causa de uma falha moral gravíssima. Quero salientar que nada tenho contra obreiros bem-sucedidos e que são honrados por sua igreja ou pelo seu ministério com boas casas, carros, conforto etc, pois creio que Deus quer que desfrutemos do melhor que a terra possui. Porém o que me causa estranheza é que alguns desses homens, exatamente quando atingem essas posições mais honradas, vêm a fracassar; uns provocando escândalo tal que deitam por terra tudo aquilo que Deus os usou para construirem. Qual seria a razão disso? Talvez porque eles criaram um estilo próprio de vida, o qual foi se distanciando a cada dia do ESTILO DE VIDA DE JESUS. Não quero tão somente fazer uma afirmação dessa natureza e criar preocupações na cabeça do leitor, mas pretendo discorrer sobre este assunto, para que, ao final deste livro, eu e você possamos descobrir se somos cristãos autênticos ou se temos estado a brincar com o nome CRISTÃO, O QUAL NO SENTIDO MAIS ESTRITO SIGNIFICA: “SEGUIDOR DE CRISTO”. Ao estudarmos o que Jesus ensinou no Sermão do Monte, podemos descobrir o Seu estilo de vida, e aquilo que Ele deseja que seja praticado e vivido por nós a cada dia. Se você se der o direito de continuar lendo, creio que ao fim de tudo conseguirá descobrir o que significa na essência ser um cristão segundo o próprio autor do sermão.